Devemos celebrar o dia 13 de maio?

132 anos depois de uma lei que deveria criar as condições para que a população negra pudesse ter um tipo de inserção mais digna na sociedade, inúmeros indicadores evidenciam o racismo estrutural que conferem ao Brasil o titulo de um dos países mais desigual do mundo.

Mesmo representando 55,8% do total de brasileiros, os negros são maioria entre os desempregados do país (64%), entre aqueles que têm a mão de obra subutilizada (66,1%), os que vivem abaixo da linha da pobreza (41,7% contra 19% de brancos) e entre os que têm menos acesso a saneamento básico em seu domicílio (44,5%).

Na educação: embora praticamente não exista diferença percentual significativa entre crianças brancas e negras de 6 a 10 anos cursando o ensino fundamental (96,5% e 95,8%, respectivamente), jovens brancos de 18 a 24 anos que frequentam ou concluem o ensino superior são quase o dobro do percentual de jovens pretos e pardos na mesma faixa etária (36,1% versus 18,3%), segundo dados IBGE referentes a 2018.

Na saúde: 67% dos cidadãos brasileiros que dependem exclusivamente do SUS são negros (pretos e pardos) e, entre aqueles que declaram ter se sentido tratado de modo discriminatório ou degradante nos serviços de saúde, a maioria também é negra.

No mercado de trabalho: em 2019 a renda média mensal dos pretos equivalia a 55,8% da dos brancos.

Na segurança: as taxas de homicídio são maiores entre os pretos e pardos na faixa entre 15 e 29 anos. Entre brancos, a proporção de vítimas é de 34% enquanto para negros é de 98,5%.

É por isso que o Fundo Baobá existe: para contribuir no enfrentamento ao racismo e com a promoção da equidade racial que já deveria ter sido estabelecida.

Juntos podemos mudar esta realidade: https://bit.ly/2T4cXeF