Programa de Recuperação Econômica completa um ano

Duas iniciativas apoiadas pelo edital de Recuperação Econômica mudam a vida de empreendedoras e empreendedores e das pessoas ao redor delas  

Por Wagner Prado

Transformar (verbo transitivo). Significado: alterar, variar, tornar diferente do que era. Uma jornada de transformação depende de alguns fatores. Alguns deles, internos, pois dependem de vontade pessoal. Outros, externos, pois parte da disposição de outro, pessoa física ou jurídica, que propicia ferramentas de apoio ao  desenvolvimento de quem está precisando. 

Vamos abordar aqui exemplos de trajetórias de transformação. Transformação que atingiu não só aquelas e aqueles que querem empreender no Brasil, mas também todos os que são impactados pelas ações desses empreendedores. 

O momento de transformação, para muitos, teve início quando o Fundo Baobá para Equidade Racial lançou o edital Programa de Recuperação Econômica de Pequenos Negócios de  Empreendedores Negros e Negras, em novembro de 2020. A Coca-Cola Foundation, o Instituto Coca-Cola Brasil, o Banco BV e o Instituto Votorantim foram parceiros do Baobá nessa iniciativa, cujo objetivo foi apoiar pequenos empreendimentos liderados por pessoas negras, priorizando aqueles que fossem localizados em comunidades periféricas ou territórios em contexto de vulnerabilidade socioeconômica.

O Programa de Recuperação Econômica de Pequenos Negócios de Empreendedores Negros e Negras beneficiou 46 iniciativas, cada uma delas compostas por três parceiras ou parceiros. Não era necessário possuir o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), e cada uma das iniciativas recebeu R$ 30 mil (R$ 10 mil para cada empreendedor/empreendedora). Como premissa, o fato de não ser apenas um edital de transferência de recursos e sim uma oportunidade para promover também uma trajetória de aprendizado para que essas empreendedoras e esses empreendedores pudessem melhorar a gestão de seus negócios. 

Uma das 46 iniciativas beneficiadas pelo edital foi a Pescadoras Artesanais Beneficiárias e lntegradas, do Rio de Janeiro. As parceiras Luciana Oliveira Machado, Dayanna Barros de Souza Oliveira e Erlineia Barros de Souza Oliveira Viana decidiram promover ações que agregassem outras pescadoras como elas e, com isso, batalharem pela valorização do produto que vendem: o peixe. 

A primeira iniciativa do trio, conta Luciana Machado, foi dividir o aprendizado obtido no curso de formação realizado pela ong Fa.Vela e oferecido aos 137 empreendedores e empreendedoras que tiveram seus negócios selecionados  para esse edital. Segundo Luciana, o compartilhamento de informações e de aprendizado chegou a um número de 40 pessoas dos seguintes perfis:  adultos de 30 a 59 anos; idosos (60 ou +); negros (pretos e pardos); homens; mulheres; pessoas transgêneres; travestis e pessoas não binárias (que não se identificam nem como homem nem como mulher). 

A superação de desafios não foi esquecida. Fazer a melhor gestão do tempo e a falta do conhecimento tecnológico tiveram que ser superados. “Ter tempo para estarmos juntas e desenvolver nosso trabalho, além do domínio tecnológico, foi muito difícil para nós três. Superamos isso com as aulas do Fa.Vela e com as teorias passadas pelo Fundo Baobá”, afirmou Luciana. 

Para Dayanna Oliveira, parceira de Luciana Machado, incrementar a potencialidade de seu negócio era primordial. Para isso, um item se fazia muito necessário: um carro. Com ele, a possibilidade de, literalmente, alcançar outros públicos seria real. O recurso de R$ 10 mil recebido por ela tornou isso possível. “Além de ter investido na aquisição de computador, instalação de internet, um novo aparelho celular, mesa de trabalho para investir em atividades de publicidade, comunicação, divulgação, marketing e vendas, investi na compra de um carro para fazer as entregas do quiosque que mantenho. Antes, eu fazia as entregas de bicicleta”, disse. 

A terceira componente do Pescadoras Artesanais Beneficiárias e Integradas é Erlineia Barros de Souza Oliveira Viana. Ela conta que junto com Luciana e Dayana estão pensando em uma virada nos negócios. “Estou pensando em me juntar com as meninas em um só quiosque para trabalhar juntas. Eu aprendi a não ver os outros como concorrentes. A melhorar a união entre a gente para nos ajudar cada vez mais”, afirmou. 

Ao ser perguntada se recomendaria a outras pessoas que fizessem suas inscrições em editais promovidos pelo Fundo Baobá, Erlineia Barros de Souza Oliveira Viana é taxativa: “Sim, porque no Brasil temos muitas pessoas negras e mulheres que estão precisando só de uma oportunidade pra poder mostrar o seu talento e trabalhar”. 

Tijolos sustentáveis para mudar realidades 

A transformação do negócio e seu fortalecimento foram as respostas mais dadas pelos empreendedores quando questionados sobre os motivos que os levaram a participar do  edital Programa de Recuperação Econômica de Pequenos Negócios de Empreendedores Negros e Negras. Essas também foram as motivações de três amigos do estado do Rio, que decidiram investir em algo que possa facilitar o sonho de uma gama infinita de brasileiros: ter a casa própria.  Além disso, eles também não esqueceram de algo importante para o país e para o mundo: as mudanças climáticas. Moradias sustentáveis podem, e muito, contribuir para que o clima não sofra as interferência do Homem. 

Na recente COP 26 (Conferência das Partes para Discussão das Mudanças Climáticas), realizada na primeira quinzena de novembro em Glasgow (Escócia), um dos principais temas foi o das construções sustentáveis. Os edifícios residenciais e comerciais espalhados pelo mundo são responsáveis pela emissão de 40% da emissão de gases estufa no planeta, além de, infelizmente, contribuírem com o consumo de 50% de toda energia produzida no planeta. Soluções sustentáveis têm que ser buscadas. 

Embora dados de 2019 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontem que a maioria dos brasileiros residam em imóveis próprios (85,6%), dados de pesquisa realizada feita pela Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais,  indicam um déficit habitacional de aproximadamente 6 milhões (5,876 milhões) de moradias no país. 

Com o objetivo de construir casas populares sustentáveis e com baixo custo,  três pequenos empresários se juntaram. Gilberto Muniz, Ronaldo Rodrigues e Igor Fernandes de Souza encabeçam o projeto Casas Populares e Sustentáveis. “Nossa Iniciativa visa facilitar o acesso a casas através do método de construção com bloco solo cimento. Pretendemos atuar nas seguintes frentes: treinamento de pessoal para uso do bloco, fabricação e venda do bloco, execução e venda de projetos para uso deste bloco e construção e venda de casas”, afirma Gilberto Muniz.  “Somos uma iniciativa para movimentar a construção civil, atendo as classes de baixa renda”, afirma Igor Fernandes de Souza. 

Igor (à esquerda), Gilberto (no meio) e Ronaldo (à direita)

O principal desafio apontado por Ronaldo Rodrigues para alavancar o projeto do Casas Populares e Sustentáveis estava nas vendas do produto que fabricam: os blocos de tijolos. 

O desafio de incrementá-las está sendo vencido com o aprendizado de itens estudados nos cursos de formação do edital, como planejamento e gestão do negócio; planejamento financeiro; gestão e controle financeiro;  comunicação e marketing; precificação e vendas on line e offline. “O Programa abriu meus olhos para as redes sociais, mostrando que temos que fazer delas uma ferramenta forte para divulgação do nosso projeto”, afirma Ronaldo Rodrigues. 

A importância de fazer doações para o Fundo Baobá

Doação é uma ação transformadora para quem faz e para quem a recebe

Por Wagner Prado

Você já ouviu falar no conceito de sociedade co-responsável? Nela, o fundamento primordial no pensamento e atitude das pessoas é: Necessariamente, eu não vivo essa situação. Mas não posso ignorá-la. Ela me diz respeito, pois atinge outras pessoas e isso me incomoda a ponto de me fazer um agente de transformação. 

Uma forma de contribuir para a transformação e fazer parte da sociedade co-responsável é exercendo a doação. Dos mais favorecidos economicamente aos não tão bem favorecidos assim, todos podem doar. 

O Fundo Baobá para Equidade Racial, primeiro e único fundo dedicado,  exclusivamente, à promoção da equidade racial para a população negra no Brasil, vem realizando seu trabalho de captação de recursos há 10 anos. Tem encontrado, principalmente entre fundações ed institutos, parceiros que têm dado importante suporte financeiro propiciando, ao longo dessa jornada, o investimento de mais de R$ 14 milhões por meio de  16 editais e alguns apoios pontuais, financiados por 21 importantes parceiros. 

Agora, o Fundo Baobá está voltado também para um outro segmento: o das pessoas físicas. O Fundo já conta com pessoas físicas que decidiram doar e fazer parte da sociedade co-responsável, mas esse número precisa crescer significativamente. Juntar  muito mais gente que considere que, com a força delas, o Brasil será um país justo. Daí a promoção da filantropia para a equidade racial. 

Os mais diversos sentimentos levam as pessoas a praticar o ato da doação. Nos depoimentos aqui, por questões de confidencialidade e segurança, não serão divulgados nomes de doadoras e doadores. O objetivo dos contatos foi saber o que os move a fazer doações para o Fundo Baobá, como disse um doador de sexo masculino,  de São Paulo.  

Ao longo dos últimos anos, as questões de equidade racial vêm ganhando força em diversos âmbitos: nas empresas, na educação e na sociedade em geral. O Fundo Baobá tem um importante papel no desenvolvimento e na maturação dessa conversa. Especialmente porque a visão da organização vai além da inclusão. O Fundo Baobá dialoga com questões mais profundas da população negra, como racismo estrutural, cultura negra e ancestralidade”

Mulher com forte perfil como ativista política. Esse ativismo a fez despertar para as causas sociais. 

 “Trabalho no Terceiro Setor em defesa das causas feministas. Acredito na igualdade de direitos em todos os sentidos. Esse meu ativismo me levou também a ser doadora do Fundo Baobá. Quero contribuir para uma sociedade plural e igualitária” 

Homem de São Paulo afirmou que sua contribuição foi pequena, mas quando acompanha as notícias sobre os editais lançados pelo Fundo Baobá, sente que seu ato de doação foi transformador. 

“Saber que o pouco que eu coloquei no Fundo Baobá pode ter ajudado uma criança, uma mulher negra mãe, empreendedora, quilombola, um jovem negro ou uma jovem negra estudante que sonha chegar ao ensino superior público, isso dá uma grande satisfação. O que coloquei lá foi pouco, mas sei que foi muito bem empregado” 

Os depoimentos acima corroboram o que falou o professor Helio Santos, doutor em Administração e Mestre em Finanças, um dos fundadores do Baobá. Para ele, a grande transformação da sociedade brasileira está na filantropia para a equidade racial. 

“A filantropia racial hoje é o tema da sociedade brasileira. O Fundo Baobá tem muito a ver com isso, porque ele é o primeiro Fundo criado com essa vertente e organização. A missão dele é exatamente transferir e fomentar recursos para as organizações negras”  

Helio Santos, doutor em Administração, mestre em Finanças e professor convidado na Universidade do Estado da Bahia (Uneb)

No Dia de Doar (30 de novembro), o Fundo Baobá lança seu primeiro Círculo de Doação.   Motivar e estimular  lideranças negras em prol da filantropia e apoio à doação pela equidade racial no Brasil é o que os dois primeiros embaixadores, Rita Oliveira, Head de Diversidade e Inclusão LatAm da Walt Disney Company, e Gilberto Costa, Diretor Executivo do Pacto pela Equidade Racial e Diretor Executivo do JP Morgan irão iniciar. Caberá a ambos motivar suas redes de relacionamento para que elas agreguem mais pessoas, formando uma grande onda de apoio financeiro pela equidade racial. Em paralelo, o Baobá coloca nas redes sociais sua primeira campanha com propagandas motivacionais sobre equidade racial, batizada de Equidade Racial: Conhecer e Sensibilizar para Doar. 

General Mills é parceira do Baobá no edital Negros, Negócios e Alimentação

Região Metropolitana de Recife teve negócios na área de alimentação muito impactados. Edital surge para apoiar esses empreendedores e empreendedoras

Por Ingrid Ferreira 

A pandemia da Covid-19 trouxe muito mais do que uma crise sanitária, em 2020.   Na esteira dela, foi instalada uma crise financeira que abalou fortemente a população brasileira. Nano e pequenos(as)  empreendedores(as), em especial, presenciaram a forte queda em seus negócios e, nos piores casos, algumas e alguns enfrentaram a falência o que desestabilizou, além de suas famílias, as de seus colaboradores e colaboradoras.  Muito da cadeia econômica trabalha, neste momento, em busca da recuperação. 

Desde o início do período pandêmico, o Fundo Baobá para Equidade Racial  realizou cinco editais emergenciais visando  proporcionar um caminho de fortalecimento comunitário, reequilíbrio e reestruturação econômica. 

Em novembro, foi lançado o Edital Negros, Negócios e Alimentação, exclusivo para negócios localizados em Recife e em sua região metropolitana, do setor alimentação. As inscrições serão até 15 de dezembro. A instituição parceira do Fundo Baobá nesse edital é a General Mills, empresa do segmento alimentício. 

Em entrevista para o Fundo Baobá, a gerente sênior de Relações Externas da General Mills no Brasil, Patrícia Zebele, afirma que o edital foi  planejado considerando que o ramo alimentício está entre as dez áreas de maior presença no mercado entre as pessoas negras que empreendem. “Porém, com a crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19, muitos pontos de venda fixos foram impactados negativamente, em especial, negócios cujos donos eram mulheres.”

Patrícia Zebele, Gerente sênior de Relações Externas da General Mills no Brasil

A General Mills tem representações nos cinco continentes, com presença em mais de 100 países, sendo responsável pelas marcas Yoki, Kitano,  Häagen-Dazs e Mais Vita. Patrícia Zebele explica que desde novembro do ano passado, a General Mills assumiu publicamente o compromisso de ser um instrumento importante de mudança, reforçando um quarto pilar em suas prioridades sociais: “Avançar e promover iniciativas para equidade racial e, por meio de ações afirmativas, criar oportunidades para o surgimento de lideranças negras e mais geração de renda e empregos”.

Além disso, Patrícia conta que o projeto no Brasil é pioneiro: “Nos Estados Unidos, assumimos o compromisso de dobrar o número de negros ocupando cargos de gerência; os gastos com fornecedores negros ou que façam parte de minorias, além de aumentar em 25% a representatividade de minorias internamente”. 

O Edital Negros, Negócios e Alimentação é pioneiro, mas já apresenta ótimos sinais. Ele tem como intuito financiar doze empreendimentos que contarão com o apoio financeiro de R$ 30 mil, além de assessoria e suporte técnico. Os empreendimentos selecionados terão o prazo de nove meses para realizar as ações propostas.

Ainda no campo de atividades para promoção da equidade racial, a gerente sênior de Relações Externas da General Mills afirmou que a empresa está em processo de conscientização e promoveu durante o mês de novembro, dedicado à Consciência Negra, uma série de eventos internos, que tem o intuito de educar, sensibilizar e gerar reflexões sobre o combate ao racismo no ambiente de trabalho e em situações diversas do dia a dia.

Patrícia também fala a respeito da parceria com o Fundo Baobá. “Acreditamos que ter parceiros que tenham conhecimento legítimo da causa, como é o caso do Fundo Baobá para Equidade Racial, primeiro e único fundo dedicado exclusivamente à promoção da equidade racial para a população negra no Brasil, é fundamental e faz toda a diferença, desde o desenho do projeto até a execução. Com essa parceria, temos certeza de que estamos sendo orientados para atingir os resultados esperados para o enfrentamento ao racismo e promoção da justiça social que o nosso país tanto precisa.” 

Para Patrícia Zebele,  o Edital Negros, Negócios e Alimentação é um projeto que atende todas as expectativas da General Mills, levando em consideração as suas atuais propostas de impacto social, e mesmo ele sendo realizado exclusivamente na Região Metropolitana de Recife, a expectativa é,  futuramente,  expandir o programa para outras localidades do Brasil. 

Fundo Baobá na impresa em outubro

Os editais organizados pelo Fundo Baobá para Equidade Racial foram destaques na imprensa no mês de outubro

Por Ingrid Ferreira

O Programa Já É: Educação e Equidade Racial, lançado em julho de 2020 tem o intuito de apoiar jovens negros, residentes em bairros periféricos de São Paulo e outros municípios da região metropolitana, a acessarem o ensino de nível superior, foi matéria especial na edição impressa do Estadão, no dia 19 de outubro. A reportagem Bolsas ajudam jovens negros a entrar e – a permanecer – na universidade, entrevistou a jovem apoiada Anna Beatriz Garcia, 19 anos, e a diretora de programa do Fundo Baobá, Fernanda Lopes. Moradora da região de São Miguel Paulista, Anna Beatriz mostrou-se  muito grata à oportunidade dada pela organização através do Programa Já É. A jovem ressaltou que: “A experiência tem ajudado muito a continuar estudando nesse momento caótico da pandemia.”

Anna Beatriz Garcia, aluna apoiada do Programa Já É  | Foto: Taba Benedicto / Estadão

Em sua fala, Fernanda Lopes reiterou a importância das atividades propostas pelo Programa Já É, que além de custear a mensalidade do curso pré-vestibular, alimentação e transporte, conta com  mentorias, coach e apoio psicossocial para enfrentar os efeitos do racismo: “As estratégias para superar alguns desafios também podem ser coletivas”. A reportagem também foi compartilhada no site da Revista Istoé e também nos portais Dom Total, Fundacred e Jornal de Brasília.

Outro edital que ganhou destaque na imprensa foi o Vidas Negras: Dignidade e Justiça, que teve a sua lista final das iniciativas selecionadas divulgada no mês de setembro, mas que ainda segue reverberando e gerando matérias, como foi o caso do portal A Serviço do Bem, que divulgou os selecionados. Por outro lado, a reta final das inscrições do Edital Quilombolas em Defesa: Vidas, Direitos e Justiça foi destaque no portal da Agência Brasil, repercutindo em mais de 20 veículos regionais, entre eles: BH de Fato (MG), Repórter Maceió (AL), Norte Play (Região Norte), 3 de Julho (AC), Portal Mato Grosso (MT), Midia News (MS), entre outros.

O Edital Quilombolas em Defesa também foi destaque no site da Revista Raça e nos portais do Gife, ABCR, Filantropia, Pernambuco Transparente e Observatório do Terceiro Setor.

Apoiados do Fundo Baobá

No campo das iniciativas apoiadas pelo Fundo Baobá que ganharam destaques na imprensa no mês de outubro, temos o lançamento do livro “Voz Imune: 18 anos em movimento”, que narra os 18 anos de trajetória do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune), grupo apoiado no Programa de Aceleração e Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco. A divulgação do lançamento de “Voz Imune” foi destaque no portal RD News, do Mato Grosso.

Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune) | Foto: Divulgação

Ainda sobre as apoiadas do Programa Marielle Franco, a mestre em Psicologia Social, coordenadora da Rede de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Doméstica e Sexual de Suzano (SP) e ganhadora do Prêmio Viva, promovido na parceria entre o Instituto Avon e a Revista Marie Claire, Magna Barboza Damaceno, escreveu um artigo na Folha de S.Paulo intitulado O cenário caótico x saúde mental = potência na resistência.

Enquanto a doutora em História, professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e escritora Giovana Xavier escreveu um artigo sobre a compositora e musicista Chiquinha Gonzaga, com o título “Escrevendo na Lua Branca: Mulheres na Primeira República”, que foi publicado no portal do Itaú Cultural e replicado no site da Prefeitura de Curitiba.

Coletiva Negras que movem

Enquanto isso, a tradicional coluna Coletiva Negras que Movem,  publicada no portal do Instituto Geledés da Mulher Negra, com as lideranças apoiadas do Programa de Aceleração e Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, trouxe o texto O sonho cresceu! Livro “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho” chega a sua segunda edição, de autoria da escritora, jornalista e finalista do Prêmio Jabuti 2020, Jaqueline Fraga.

A assistente social e especialista em gestão pública, Brígida Rocha dos Santos, escreveu o artigo É de nós para Nós.

Por fim, a psicóloga doutoranda e mestre em Psicologia, gestora de Políticas Públicas de Juventude, Gênero e Raça e integrante da atual gestão do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG), Larissa Amorim Borges, escreveu o texto O que pode acontecer com a chegada de pessoas negras, periféricas, não heterossexuais nas universidades? O que a presença negra e favelada gera ou pode gerar na universidade?