Fundo Baobá divulga a Avaliação do Programa de Recuperação Econômica  de Pequenos Negócios de Empreendedores(as) Negros(as)

Por Jessica Moreira

A população negra sempre empreendeu. Diante de tantos desafios e do próprio racismo estrutural, precisou aprender na prática como criar seus próprios negócios, mesmo sem incentivos ou políticas públicas que dessem conta de tantas necessidades.

Negros e negras são protagonistas quando o assunto é inovação e jeito de empreender. Com modelos de negócios que realmente impactam as comunidades onde estão inseridos, fazem a diferença com formatos mais circulares e comunitários que fogem da lógica capitalista tradicional.

Mas será que, em meio à pandemia, esses empreendedores conseguiram manter seus negócios ativos? Quais foram os maiores desafios? Quais foram as políticas de incentivo criadas ou não para apoiar esses líderes de negócios que atuam nas comunidades que foram as mais impactadas pela pandemia?

Pensando nos mais diversos desafios que se apresentavam e que ainda se estendem em todo o país, o Fundo Baobá para Equidade Racial, em parceria com Coca Cola Foundation, Instituto Coca Cola Brasil, BV e Instituto Votorantim, lançou em novembro de 2020 o Programa de Recuperação Econômica de Pequenos Negócios de Empreendedores(as) Negros(as).

Junto ao Fa.vela — um hub de educação e aprendizagem empreendedora, inovadora, digital e inclusiva — acompanhamos 46 iniciativas e 137 empreendedores de todo o Brasil durante todo o ano de 2021, e as mesmas receberam o apoio financeiro de R$30 mil por iniciativa.

Com consultorias, oficinas e processos de troca e aprendizagem de modo virtual, entendemos a potência de apoiar financeiramente esses empreendimentos, chegando ao fim de 2021 celebrando a permanência desses pequenos negócios, que não só fortalecem o ecossistema do afroempreendedorismo no Brasil, como também de todas as territorialidades onde atuam.

Por que apoiar empreendimentos negros?

Com uma vasta diversidade de negócios, podemos notar mais uma vez as potências criativas que vêm das bordas, tanto das cidades quanto do campo, entendendo que apoiá-las e incentivá-las a crescer também é uma forma de pensar a autonomia financeira da população negra, que ainda sofre com o racismo em nosso país.

Mais da metade da população brasileira é negra, composta por cerca de 56% de pretos e pardos. Desses, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que, pelo menos, 14 milhões sejam empreendedores. Um mercado que chega a movimentar anualmente até 1,73 trilhão da economia do país.

Com a pandemia, todo o ecossistema de negócios foi abalado. A Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2020), realizada no Brasil em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o IBPQ (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade),  mostrou que, de 2019 para 2020, o número de empreendedores no Brasil caiu de 53,4 milhões para 43,9 milhões.

Mas se tem um nicho que sofreu ainda mais, esse com certeza foi o dos pequenos empreendedores, principalmente negros e periféricos:

A pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, desenvolvida pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 7.403 empresários, em junho de 2020, mostra que os negócios liderados pela população negra foram os mais impactados, principalmente por atenderem essencialmente de modo presencial (45%). Entre os brancos, a proporção foi de 36%.

De todos os entrevistados, 70% dos negócios eram conduzidos por negros que moravam em municípios onde ocorreram o fechamento parcial ou total dos estabelecimentos. Neste cenário, a maioria era jovem, mulheres e com baixo nível de escolaridade.

O necessário isolamento para frear o novo coronavírus veio cheio de dificuldades para a manutenção dos próprios negócios. A mesma pesquisa aponta que 46% dos empreendimentos conduzidos por negros tiveram que interromper temporariamente seu funcionamento.

Em meio a um cenário de crise, empreendedores negros ainda tiveram mais recusa na hora de pedir empréstimo (61%) quando comparado aos brancos (55%), mesmo o valor solicitado por negros (R$28 mil) sendo 26% mais baixo do que de brancos (R$37 mil).

Levando todo esse cenário em consideração, nosso objetivo com o Programa de Recuperação Econômica foi apoiar empreendedoras e empreendedores negros das periferias a atravessar esse momento de crise causado pela pandemia da Covid-19.

Ao final do programa, realizamos um processo de avaliação de resultados, com objetivo de contar como essas mulheres e homens, distribuídos por todos os cantos do Brasil, estão fazendo a diferença em seus territórios. Mesmo diante de uma crise também econômica, eles continuam girando a economia local, além de multiplicarem seus saberes e serviços a outros e novos empreendedores.

Caminhos da avaliação

Para chegar aos resultados do programa, contamos com o apoio de uma consultoria externa, a Janela 8, e percorremos alguns caminhos em conjunto com apoiadores, executores e participantes do programa. O primeiro passo foi a análise de informações e documentos coletados durante o programa, como o levantamento das inscrições e demais bases de dados de participantes nos processos produtivos, relatórios narrativos e prestação de contas elaboradas pelos próprios empreendedores e empreendedoras.

Os relatórios elaborados pelo Hub Fa.vela também foram importantes referências para chegarmos ao detalhamento da avaliação, e também para definir os principais pontos de transformação desejados pelo programa por meio de uma Teoria da Mudança.

A Teoria da Mudança permitiu delimitar o impacto desejado do programa: a promoção de uma vida digna a sujeitos e famílias negras por meio da melhoria de suas condições financeiras. Além disso, foram destacados os principais resultados, produtos, intervenções e público-alvo, bem como as premissas da realização do Programa.

A partir daí, foram realizadas entrevistas com stakeholders e grupos de escutas com participantes do programa. Os dados e informações coletados foram analisados e consolidados em um relatório completo e em um resumo executivo (disponível para download aqui).

Perfil dos participantes

“Não existem editais que apoiam o nordeste e a população negra”, foi uma frase recorrente no processo de avaliação do programa.

Entendendo a importância da diversidade geográfica e a realidade das iniciativas localizadas na região norte e nordeste, com apoio aquém do que necessitam, o Programa de Recuperação Econômica priorizou essas regiões na seleção de empreendedores(as).

O Nordeste é o local onde estão concentradas a maioria das iniciativas selecionadas, com destaque para a Bahia (37%). Falar em território neste momento de pandemia é lembrar que a Covid-19 não afetou as populações apenas nos mais altos picos da doença, mas também economicamente, inclusive na pós-primeira onda da doença.

Com o desemprego batendo recordes em 2021, muitas pessoas precisaram recorrer a trabalhos informais ou, então, erguer seus próprios meios de sobrevivência e sustentabilidade. O programa foi importante por apoiar negócios de pessoas que trabalham principalmente sozinhas (44%) ou com suas famílias (31%). Além disso, mais de 60% dos empreendimentos apoiados empregavam pelo menos 1 (uma) pessoa na sua atividade (de maneira informal ou formal) ao longo da execução do Programa.

Mulheres negras: lideranças de negócios

Selecionamos 46 iniciativas compostas por três empreendedores e empreendedoras negras em todo o Brasil, contemplando ao todo 137 empreendedores(as). A principal faixa etária de participação está entre 25 e 35 anos (43%), seguida de pessoas que têm entre 36 e 50 anos (36%). Mais da metade dos empreendimentos (56%) é formado unicamente por mulheres, mostrando como o programa impactou principalmente as mulheres negras.

Já em relação à escolaridade houve uma distribuição importante entre pessoas com diferentes níveis de formação: 25% possui ensino médio completo, 24% superior incompleto e 26% superior completo.

Empreendedorismo a partir das periferias

Dentre os negócios apoiados pelo programa, a maioria se enquadra em quatro segmentos:

alimentação (19%), artesanato (13%), agricultura (12%), costura (12%) e beleza (8%). O Programa também apoiou iniciativas nas áreas de moda e vestuário, turismo, saúde, comunicação, cultura e eventos, educação, pesca e prestação de serviços.

As iniciativas contempladas estão localizadas essencialmente em áreas urbanas (73%) e nas periferias (77%), mostrando a importância, mais uma vez, dos negócios locais.

Estar nas periferias também simbolizou um desafio, diante das longas distâncias, já que algumas iniciativas optaram pelo formato de delivery, exigindo pensar meios de transporte para essas entregas, como podemos ver neste depoimento.

“A gente já tinha dado início ao empreendimento e o projeto deu um incentivo pra gente dar continuidade. Nesse tempo de pandemia tivemos que dar uma pausa no atendimento por conta das aglomerações. A gente teve que pausar 1 ano e meio. Surgiu outra ideia que a gente teve pra não ficar totalmente parada. A gente teve a ideia de entregar bolo, mas a cidade fica a 13 km da nossa comunidade. O projeto surgiu em uma hora de um grande desafio, aprimorou a iniciativa.

O impacto nas comunidades

Os empreendedores se relacionaram com suas comunidades das mais diferentes formas, seja pela disseminação de conteúdo, pelo compartilhamento dos aprendizados adquiridos ao longo do programa ou, então, apoiando a doação de cestas básicas diante da insegurança alimentar que se impôs em todo o território brasileiro em meio à crise sanitária.

Segundo os relatos dos empreendedores, ao menos 16% afirmam que suas comunidades são um importante público consumidor. Além disso, 27% dos negócios geram empregos no território, como podemos notar ao ouvir alguns relatos como este: “Conseguimos dar mais visibilidade, aumentar a mão de obra e aumentar o espaço. Com o espaço maior, deu mais visibilidade e atraiu mais público. Fez muita diferença. Hoje nossa iniciativa tem mais condições de receber o público que a gente tá recebendo hoje. Conseguimos também ajudar mais gente na comunidade”, apontam.

O programa foi um grande fomentador do sentimento de pertencimento em relação à comunidade, uma vez que havia incentivo para olhar ao redor e pensar o negócio por meio da população local, além de fortalecer os próprios territórios, como diz uma das empreendedoras: “Para nós, é importante o impacto das nossas atividades e empreendimentos para a comunidade, pois acreditamos que podemos crescer juntas. Sendo assim, realizamos oficinas, formações, rodas de conversa aprimorando as técnicas de cada empreendedora e dialogando o saber com a comunidade.”

Achados e potências do programa

Da chegada ao programa até o processo de avaliação, os empreendedores negros e negras foram adquirindo diversos aprendizados, capazes de garantir a sobrevida de seus negócios e também ampliar o impacto que já tinham em seus locais.

Segundo as próprias lideranças dos negócios, 3.020 pessoas que vivem nas comunidades próximas aos projetos foram indiretamente beneficiadas, já que o programa fomentou positivamente o espírito de pertencimento às comunidades onde estão inseridos e incentivou a realização de ações locais.

De todo o programa, os processos formativos foram o coração da jornada. No total, foram 447 horas dedicadas a aprender, sendo 282 dessas dedicadas às mentorias customizadas a cada negócio.

Sendo as periferias espaços já conhecidos de partilha de conhecimento – prática herdada pela experiência vivida em comunidade por quilombos e territórios indígenas –, no programa essa experiência de dividir os aprendizados também ficou evidente nos depoimentos colhidos.

Empreendedores narraram a realização de ações de disseminação de conteúdo e recursos para as comunidades onde estão inseridas, o que colaborou nessa ampliação em maior escala do programa, fortalecendo também os laços dos negócios, especialmente entre as mulheres negras.

As mentorias também foram benéficas para ampliar o entendimento sobre os projetos, definir prioridades, tirar dúvidas e também realizar planejamentos de mais longo prazo, já que o programa muniu essas pessoas de ferramentas sobre a prática empreendedora.

De acordo com relatos dos participantes, 69% declaram que superaram os principais desafios que tinham no início do programa. Além disso, houve um aumento de em 22% na formalização de negócios.

Tudo isso se deu a partir da ampliação da consciência sobre a importância de elementos-chave para a manutenção e continuação do negócio, como documentação, prestação de contas e planejamento de comunicação.

Muito além do programa: subjetividades em construção

Se há um elemento que atravessou toda a sociedade brasileira em meio à pandemia, isso com certeza foi o acesso à internet. Seja para estar próximo da família ou dos amigos ou, então, para acessar direitos básicos, como o Auxílio Emergencial, a internet se mostrou fundamental.

O país, no entanto, ainda possui um grande desafio quando falamos em acesso, principalmente em territórios mais afastados das regiões centrais. Esse cenário não foi diferente quando olhamos para a realidade dos empreendedores contemplados no programa.

Pelo menos 82% deles afirmam que, com o programa, conseguiram superar os desafios e inseriram seu negócio no universo virtual, fazendo da inclusão digital um dos grandes ganhos do programa, já que era permitido investir em compra de computadores ou pontos de internet.

É possível entender a importância do programa ao ouvir os próprios empreendedores. “Não tínhamos perspectiva de nada. Tínhamos um negócio que começava aos poucos. Com o edital eu fiquei um tempão sem acreditar no que tinha acontecido. Compramos matéria prima, equipamentos que tínhamos necessidade”.

Os desafios das mulheres negras que empreendem

Quando falamos em empreendedorismo, é importante lembrar que, mesmo cheia de criatividade e ótimas ideias, a população negra ainda enfrenta desafios estruturais para acessar o mercado do empreendedorismo.

Esse fato também pôde ser notado durante a realização do projeto, diante do fato de que muitas pessoas não conseguiam se dedicar integralmente ao seu negócio, pois precisavam complementar a renda das mais diversas formas, não sobrando tempo para focar no seu projeto pessoal. Dos empreendedores e empreendedoras apoiados, 53% tinham no empreendimento uma fonte de renda complementar e para 47% o negócio era a principal fonte de renda. De alguma forma, o programa também conseguiu apoiar essas pessoas, que em alguns casos estavam quase desistindo de investir tempo em suas ideias.

Sobre isso, elas refletem a respeito das dificuldades de viver do próprio negócio. “A gente sabe que mulheres negras empreendendo, muitas vezes a gente tá ali tentando fazer com que nosso negócio se torne nossa fonte de renda principal, mas a gente tem outras relações empregatícias para conseguir complementar a renda”.

Saúde Mental e Autoestima da população negra

A saúde mental e a autoestima das mulheres negras também são impactos não mensurados que valem nota, pois dizem sobre o fortalecimento pessoal dessas lideranças e a possibilidade de darem continuidade aos seus projetos com autonomia.

“Não acreditávamos que um projeto poderia visar pessoas negras e pobres sem querer nada em troca. Não acreditávamos que teríamos visibilidade”, é o que diz uma das empreendedoras ouvidas.

Ao ouvirmos o público apoiado pelo projeto, a questão racial também esteve em evidência. Para eles e elas, o programa foi um modo de, mais uma vez, refletir sobre os preconceitos raciais que vivenciam enquanto pessoas negras inclusive para empreender, tornando-se um limitador do próprio trabalho.

Para uma delas, se existe um jeito de “bater na cara do sistema” é quando mulheres negras conseguem mostrar suas capacidades. “É quando a gente coloca a cara a tapa e prova que é possível, principalmente nós, mulheres, negras, jovens, rurais, quilombolas. Tem toda uma bagagem que está fora do padrão de uma sociedade preconceituosa do jeito que é a nossa”, aponta.

Impacto e processo de aprendizagem contínua

Mais do que recursos financeiros, fica confirmada a importância de munir os empreendedores de ferramentas que os possibilitem continuar seus negócios, mesmo depois do fim de recursos iguais aos do programa.

“O edital não dava só o dinheiro, ensinava também como seguir, mostrava outros caminhos”, apontaram alguns dos empreendedores ouvidos e ouvidas.

Mostrar caminhos de autonomia, principalmente financeira, e formas de empreender que deem continuidade à ideia central é um jeito de continuar impactando tanto os empreendimentos, quanto as próprias comunidades. Dentre os cursos preferidos, estão aqueles ligados a questões financeiras, além de vendas e marketing digital. Pelo menos 68% dos participantes declararam ter aprendido com o programa.

“O dinheiro era uma coisa que nos faltava. Ter um edital que nos possibilitasse  movimentar de alguma forma era muito bom. Quando descobrimos que ainda ia ter os processos formativos, isso casava muito com aquilo que a gente já vinha conversando. O projeto já veio com um pacote completo. Foram os três percursos ideais que a gente nem esperava, mas vinha no pacote.

Reflexões finais

O programa atendeu uma demanda real de aumento de vulnerabilidade do pequeno e nano empreendedor, causada pelo agravamento da pandemia, podendo perceber que, mesmo o objetivo sendo a recuperação econômica, o projeto também teve impactos indiretos e pessoais para cada pessoa selecionada.

Mesmo não sendo possível mensurar como os recursos financeiros irão continuar colaborando para a manutenção dos negócios, com o fim do programa, é possível dizer que as mentorias e consultorias fortaleceram principalmente os empreendedores e empreendedoras com conhecimentos essenciais para continuarem seguindo com seus empreendimentos.

Destacamos que é sempre importante considerar os aspectos de desenvolvimento de capacidades e habilidades pessoais, pois esses se mostram os maiores destaques ao final do projeto, influenciando também na continuidade das atividades empreendedoras pós intervenção.

Destacamos alguns dos maiores resultados:

# 46 iniciativas e 137 empreendedores(as)  impactados diretamente

# 3.020 pessoas ligadas às comunidades dos empreendimentos foram impactadas indiretamente, com 77% das iniciativas concentradas nas periferias.

# 88% dos empreendedores afirmaram utilizar parte do recurso para aquisição de equipamentos eletrônicos para participação nas atividades virtuais do programa

# 40% dos gastos incluídos na categoria outras despesas estão relacionados a cursos e/ou consultorias técnicas para apoio aos negócios, o que demonstra como esses e essas empreendedoras estão pensando em seus negócios também a médio e longo prazo.

# Pelo menos 68% dos participantes declararam ter aprendido com o programa. Foram 447 horas de formação, sendo 282 dessas dedicadas às mentorias customizadas a cada negócio.

# 69% dos(as) empreendedores(as) superaram os principais desafios que tinham no início do programa.

# Houve um aumento de em 22% na formalização de negócios.

# Pelo menos 82% deles contaram que, com o programa, conseguiram superar os desafios e inseriram seus negócios no universo virtual.

# 78% adquiriram matéria-prima e realizaram aquisição ou manutenção de equipamentos.

# 75% compraram de fornecedores(as) da comunidade e 57% declararam  que a clientela aumentou consideravelmente.

# O Edital do Fundo Baobá foi, para muitos, a primeira oportunidade de mobilização de recursos externos, impactando na autoconfiança dos participantes.

# As falas de fortalecimento entre mulheres negras apareceram espontaneamente no processo de avaliação, mostrando a importância de ações de ampliação de autoestima e autoconfiança.

# A criação de redes de networking entre empreendedores de diferentes locais neste momento de crise pode ser encarada como um dos maiores ganhos subjetivos e qualitativos do projeto.