FUNDO BAOBÁ DIVULGA SEGUNDA LISTA DE PROJETOS SELECIONADOS PELO EDITAL DE APOIO EMERGENCIAL CONTRA O CORONAVÍRUS
O Fundo Baobá para Equidade Racial divulga hoje (30 de abril) a segunda lista de iniciativas de combate à infecção pelo coronavírus em comunidades vulneráveis que foram selecionados pelo edital de doações emergenciais. São projetos de 70 indivíduos e 50 organizações que receberão repasses de R$ 2,5 mil em até cinco dias úteis.
Em apenas doze dias, o edital do Fundo Baobá recebeu 1037 solicitações de apoio a projetos de combate ao coronavírus em comunidades vulneráveis. Desse total, 387 são de organizações e 650 de indivíduos. Ao todo, foram selecionados 220 projetos – sendo 130 pessoas e 90 organizações. Lançado em 5 de abril, o edital (relembre aqui) visa apoiar um amplo espectro de populações em situação de risco.
O total de projetos recebidos até agora superou nossas expectativas. Para dar conta de avaliar e acompanhar os projetos selecionados, suspenderemos temporariamente este edital. Sua reabertura será comunicada por meio de nossas redes sociais.
Conheça a seguir os selecionados da segunda lista:
Nome da pessoa proponente | Cidade/Município | Estado | Onde as ações serão realizadas – Cidade, Bairro, Comunidade/Território e UF |
1 – Adaildo Caetano | Tururu | CE | Comunidade Rural de Remanescentes de Quilombolas Conceição dos Caetanos |
2 – Ana Claudia dos Santos Lima | Santarém | PA | Santarém e Quilombo de Saracura |
3 – Anna Paula de Albuquerque Sales | Itaguaí | RJ | Comunidade do Engenho e do Carvão |
4 – Antonia Aparecida Rosa | Uberlândia | MG | Residencial Pequis |
5 – Antônia Marta de Souza | Senador Pompeu | CE | Comunidades Rurais de Patu e Lima dos Marcelinos |
6 – Antonio Cláudio Martins Guterres | Guimarães | MA | Quilombo Cumum |
7 – Bartolina Ramalho Catanante | Campo Grande | MS | Diferentes bairros |
8 – Carlos Alberto Ferreira Guimarães | Itaboraí | RJ | Alcantara, Mutondo e Praça Zé Garoto (São Gonçalo) |
9 – Cláudio Pascoal Macario de Oliveira | Natal | RN | Pajuçara |
10 – Cris Medeiros | Porto Alegre | RS | Bairro Bom Jesus (Vila Pinto e Vila Nossa Senhora de Fátima), Bairro Morro Santana (Vila Laranjeiras, Vila Pedreira e Vila da Nova Chocolatão), Bairro Jardim Carvalho (Vila Ipê 2, Vila da Colina e Vila Joana D’Arc) |
11 – Diego Fabio Santos de jesus | Duque de Caxias | RJ | Favela da Magueirinha |
12 – Diene Carvalho Silva | Rio de Janeiro | RJ | Complexo do Chapadão |
13 – Eliane Silva Lima | Salvador | BA | Bairro 2 de Julho, Comunidade da Preguiça. |
14 – Elisângela Maranhão dos Santos | Olinda | PE | Peixinho, Alto Sol Nascente, Salgadinho, Alto da Conquista, Rio Doce e Passarinho. |
15 – Fabiana da Silva | Duque de Caxias | RJ | Favela Parque das Missões |
16 – Fatima Aparecida Barbosa | Votuporanga | SP | Região Periférica |
17 – Francilene do Carmo Cardoso | São Luís | MA | Bairros do Novo Angelim e Vila Embratel |
18 – Francisca Luciene da Silva | Natal | RN | Bairro Nossa Senhora da Apresentação, Loteamento Jardim Progresso |
19 – Francisca Regilma de Santana Santos | Imperatriz | MA | Na associação Mãos que cuidam (doação das mascaras e estes farão as entregas às familias de acordo com a demanda que já possuem); Na sede da Ascamari (onde a diretoria fará as entregas as catadoras e catadores); Na casa do MST (será o preparo da alimentação) e a distribuição no calçadão da cidade onde concentra maior numero de pessoas em situação de rua; |
20 – Franklin Douglas Ferreira | São Luís | MA | Vila Embratel, área Itaqui-Bacanga |
21 – Genilda Maria da Penha | Niterói | RJ | Favelas da Coreia, Brasília, Vila Ipiranga, Santo Cristo, Coronel Leôncio e Otto |
22 – Gerlan Pereira de Melo | Peixoto de Azevedo | MT | Bairro Mãe de Deus |
23 – Gisele Alves dos Santos | Sobradinho | DF | Sobradinho I e II DF |
24 – Gláucio Pereira de Lima | Jõao Pessoa | PB | Nas comunidades de João Pessoa |
25 – Guilherme da Costa Maciel | Duque de Caxias | RJ | Duque de Caxias |
26 – Maria Rosilene Silva Santana | Fortaleza | CE | Barra do Ceara, Pirambu. Comunidade Campos Novos, Goiabeiras, Jardim Iracema e Planalto Pici |
27 – Iane Gonzaga dos Santos | Salvador | BA | Comunidade da Portelinha |
28 – Jamile da Silva Novaes | Cachoeira | BA | Bairro Cucuí de Caboclo |
29 – Janete Lainha Coelho | Ilhéus | BA | Comunidade dos Indígenas Tupinambás, Olivença |
30 – Jardson Gregorio Silva | Jaboatão dos Guararapes | PE | Favela Bola de Ouro |
31 – Jenifer de Paula Ferreira | Santo André | SP | Recreio da Borda do Campo e Grande Vila Luzita em Santo André |
32 – Jessicalen conceição de oliveira | Campina Grande | PB | Favela do Pedregal |
33 – Jirlania dos Santos Almeida | Água Fria | BA | Comunidade Remanescente Quilombola Curral de Fora, Territorio Portal do Sertão |
34 – José Paulo Ribeiro | Nova Lima | MG | Favela do Moro do Papagoio, Zona Sul de Belo Horizonte e adjacênciaas |
35 – Juliana Bueno de Moraes | Porto Alegre | RS | Comunidade da Serraria |
36 – Karina Lopes | Venâncio Aires | RS | Município de Venâncio Aires |
37 – Kelly Oliveira de Jesus | Salvador | BA | Periperi |
38 – Kwame Yonatan Poli dos Santos | São Paulo | SP | Zona Sul, São Paulo -SP |
39 – Laura Ferreira da Silva | Nossa Senhora do Livramento | MT | Mutuca e outras comunidades quilombolas dos Municípios de Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Barra do Bugre, Chapada dos Guimarães, Cáceres, Porto Estrela, Várzea Grande, Santo Antônio, Vila Bela da Santíssima Trindade. |
40 – Lia Maria Marcello da Motta | Duque de Caxias | RJ | Jardim Gramacho |
41 – Livia Lopes Correa | Campo Grande | MS | Favelas Cidade de Deus, José Teruel Filho, Só Por Deus, Homex, Samambaia e Morro do Mandela |
42 – Maria Aparecida de Matos | Arraias | TO | Algumas Comunidade Quilombolas do Tocantins |
43 – Maria Carmencita Pinto Almeida | Manaus | AM | Comunidade dos Buritis |
44 – Maria Clareth Gonçalves Reis | Campos dos Goytacazes | RJ | Comunidade Donana |
45 – Maria das Graças Barbosa Moura | Macaíba | RN | Comunidade de Quilombola de Capoeiras |
46 – Maria Eduarda Correia de Santana | Duque de Caxias | RJ | Nas favelas de Duque de Caxias |
47 – Maria Rosilda Pereira de Azevedo Moreira | Rio de Janeiro | RJ | Comunidade de Praia da Rosa, Ilha do Governador |
48 – Maricéia Meirelles Guedes | Porto Seguro | BA | Comunidade Indígena Pataxó Aldeia Velha |
49 – Monique Barbosa da Silva | Laranjal do Jari | AP | Agreste |
50 – Nádia Batista da Silva | Ilhéus | BA | Aldeia Tukum – Território Indígena Tupinambá de Olivença |
51 – Natan Carlos Raposo Duarte | Salvador | BA | Bairro Baixa do Fiscal |
52 – Natercia Wellen Ramos Navegante | Manaus | AM | Manaus, Centro Histórico, Nossa Senhora dos Remédios/ Amazonas |
53 – Patricia Borges da Silva | São Paulo | SP | Região Central de São Paulo |
54 – Patricia lopes de lima | São João de Meriti | RJ | Pontos de atuação das profissionais do sexo e locais onde se abrigam pessoas em situação de rua |
55 – Prof. Roberto Carlos de Oliveira | Governador Valadares | MG | Terra Indígena Maxakali: municípios de Bertópolis e Santa Helena de Minas |
56 – Rafael Cícero de Oliveira | Itapecerica da Serra | SP | Jd
Jacira (Paróquia Santíssima Trindade) Jd. Ângela Jd Sonia Regina – Jd Vera Cruz /CEU Vila do Sol Vila Gilda/Cidade Ipava Jardim Ângela – São Paulo |
57 – Rafaela Sousa do Nascimento Affonso | Magé | RJ | Bairro Maria Conga |
58 – Raiana Venâncio de Souza | Sobral | CE | Bairros Terrenos Novos, Vila União e Residencial Nova Caiçara |
59 – Raimundo Muniz Carvalho | Santa Rita | MA | Comunidades quilombolas Nossa Senhora da Conceição, Recurso e Fogoso |
60 – Roberto de Jesus dos Santos | Salvador | BA | Bairros: Pituaçu/Boca do Rio nas comunidades do Baite Facho, Alto do São João, Jardim Imperial, Recanto dos Coqueiros e Barreiro |
61 – Romário Bezerra Dionísio | Boa Vista | RR | Comunidades indígenas da Região Murupu :Morcego, Serra da moça, Truaru da cabeceira , Truaru da serra e anzol e da Região Tabaio: Barata , Boqueirão , Sucuba, Raimundão um e dois , Mangueira, Pium. |
62 – Rosana do Socorro Pimentel de Freitas | Rio de Janeiro | RJ | Comunidade do Itacolomi- Vila Juaniza |
63 – Samilly Valadares Soares | Ananindeua | PA | Comunidade Remanescente de Quilombo Oxalá de Jacunday localizada no Território Quilombola de Jambuaçu, Zona Rural, Moju |
64 – Senhorinha Joana Alves da Silva | Recife | PE | Peixinhos (Olinda) e Brasília Teimosa (Recife). |
65 – Sheila Castro Queiroz | Belo Horizonte | MG | Bairro Paulo VI, e Ribeiro de Abreu |
66 – Tânia Marisa da Silva Vitola | Porto Alegre | RS | Santa Tereza |
67 – Valeria Gercina das Neves Carvalho | Crato | CE | Setor Boa Vista (Zona Rural) e Comunidade de Refugiados Venezuelanos (Zona Urbana) |
68 – Wendell Marcelino de lima | São Francisco | MG | Comunidade Quilombolas Buriti do Meio, Porto Velho. |
69 – William Alexandre Toledo Pinto | Rio de Janeiro | RJ | Território do Cocobongo, Praça Vila Rangel – Irajá |
70 – Yashodhan Abya Yala | Cachoeira | BA | Área central |
Nome da Organização Proponente | Cidade/Município | Estado | Onde as ações serão realizadas – Cidade, Bairro, Comunidade/Território e UF |
1 – Ass. de Agricultores Familiares Remanescente de Quilombo da Lagoa de Melquíedes e Amâncio | Vitória da Conquista | BA | Quilombo da Lagoa de Melquiades e Amancio, Distrito de Veredinha |
2 – Assoc dos Amigos dos Portadores do Doencas Graves e Crianças em Vulnerabilidade Social–Casa da Vida | Rio de Janeiro | RJ | Benfica, Manguinhos, Mandela |
3 – Associação Agentes da Cidadania – Mulheres da Luz | São Paulo | SP | Bom Retiro |
4 – Associação Artístico-Cultural Odeart | Salvador | BA | Estrada das Barreiras, Engomadeira, Beiru, Arenoso |
5 – Associação Beneficente, Cultural e Religiosa do Terreiro de Lembá | Camaçari | BA | Parque Real Serra Verde , Terreiro de Lembá, Região Metropolitana, Bahia , Brasil. |
6 – Associação das Mulheres Pintadenses | Pintadas | BA | Bacia do Jacuipe |
7 – Associação de Afro Envolvimento Casa Preta | Belém | PA | São João do Outeiro, Ilha de Caratateua |
8 – Associação de Apoio Social de Camaçari | Camaçari | BA | Comunidade do Bairro Jaragua (Lama Preta) |
9 – Associação dos Moradores do Parque dos Coqueiros I e II | Feira de Santana | BA | Asa Branca, Residencial Parque dos Coqueiros I e II, Bahia |
10 – Associação dos Produtores Rurais de Picada-Aspi | Ouriçangas | BA | Territorio Quilombolas |
11 – Associação dos Remanescentes de Quilombo Vila Guaxinim | Cruz das Almas | BA | Comunidade Quilombola Vila Guaxinim |
12 – Associação Educadores Populares do Ceará | Tabuleiro do Norte | CE | Comunidades Rurais (que serão acessadas de forma remota). |
13 – Associação em Prol da Cidadania e dos Direitos Sexuais – Estrela Guia | Florianópolis | SC | Vila do Arvoredo; Ingleses; Comunidade do Siri; Vila União; Centro |
14 – Associação Engenheiros sem Fronteiras Brasil (ESF-BRASIL) | Viçosa | MG | |
15 – Associação Espirita Lar Maria de Lourdes | Campo Verde | MT | Bairro Jupiara e arredores, cidade de Campo Verde – MT |
16 – Associação Luz da Fraternidade | Belém | PA | Cabanagem |
17 – Associação Quilombola de Conceição das Crioulas | Salgueiro | PE | Quilombo de Conceição das Crioulas |
18 – Associação Rural Comunitária Quilombola de Gavião e Adjacências | Antônio Cardoso | BA | Comunidade Quilombola de Gavião |
19 – Associação SEDUP Serviço de Educação Popular | Guarabira | PB | Bairros: Mutirão, Rosário, Nordeste e Nossa Senhora Aparecida. |
20 – Associação União Quilombola Araça Cariaca | Bom Jesus da Lapa | BA | Quilombo Cariaca |
21 – Casa Azul Felipe Augusto | Samambaia Sul | DF | Samambaia Expansão |
22 – Centro Cultural Lá da Favelinha | Belo Horizonte | MG | Aglomerado da Serra. Bairro Novo São Lucas. |
23 – Centro de Convivência é de Lei | São Paulo | SP | Bairro: Campos Elíseos, Território – Cracolandia |
24 – Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antonio Conselheiro | Senador Pompeu | CE | Senador Pompeu |
25 – Centro Projeto Axé de Defesa e Proteção à Criança e ao Adolescente | Salvador | BA | Centro Histório e da Cidade Baixa; Bonfim, Ribeira, Boa Viagem, Calçada, Caminho de Areia, Lobato, Mangueira, Mares, Massaranduba, Roma, Santa Luzia, Uruguai, Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro, Cabula, Beiru/Tancredo Neves, Sussuarana, Saramandaia, São Gonçalo, Pernambués, Mata Escura, Narandiba, Doron, Arenoso, Calabetão. |
26 – Colônia de Pescadores Z-25 Jaboatão | Jaboatão dos Guararapes | PE | Piedade |
27 – Comunidade Kolping Serra do Evaristo | Baturité | CE | Comunidade Quilombola Serra do Evaristo |
28 – Confrem Brasil | São Pedro da Aldeia | RJ | Reservas Extrativistas, APAS e territórios no estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. |
29 – Cooperativa Múltipla Fontes de Engomadeira | Salvador | BA | Engomadeira |
30 – Elas Existem Mulheres Encarceradas | Rio de Janeiro | RJ | Degase (Ilha do Governador) e diversos pontos da cidade onde residem as famílias |
31 – Essor Brasil | João Pessoa | PB | Bairro do Pedregal |
32 – GOLD – Grupo Orgulho Liberdade e Dignidade | Vitória | ES | Serra e a Cariacica |
33 – Grupo Airmativo de Mulheres Iindependentes do RN – GAMI | Natal | RN | Redinha |
34 – Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de Favelas | Rio de Janeiro | RJ | Complexo de Favelas da Maré |
35 – Grupo de Apoio às Comunidades Carentes | Fortaleza | CE | Conjunto João Paulo II/Barroso, Conjunto Jardim União/Passaré, Antônio Bezerra. |
36 – Imagem da Vida | São Paulo | SP | Territorio virtual (whatsapp) dirigio à população Guarani e Kaiowa do Mato Grosso do Sul |
37 – Instituto Bezalel | Rio de Janeiro | RJ | Comunidades do Vilar Carioca e Casinhas 1 e 2 |
38 – Instituto CTE Capoeiragem | Salvador | BA | Em Salvador: Pituaçu, Boca do Rio, Nazaré e em algumas outras comunidades que moram os mestres antigos. Em Camaçar: PHOC III |
39 – Instituto de Desenvolvimento Afro Norte Noroeste Fluminense – IDANNF | Campos dos Goytacazes | RJ | Comunidade Quilombola de Aleluia, Batatal e Cambucá – Na associação de ABC- Município Campos dos Goytacazes , Estrada Principal s/n, Fazenda Novo Horizonte . Território |
40 – Instituto Nova Amazonia- INÃ | Bragança | PA | Alto Paraíso. |
41 – Instituto Raízes | Vitória | ES | Morros da Piedade, Fonte Grande, Capixaba e Moscoso |
42 – Instituto Viverde | Itabuna | BA | Jardim Grapiúna e Jaçanã |
43 – Instituto Espírita Allan Kardec e Lar Ceci Costa – IEAKLCC | Olinda | PE | Salgadinho |
44 – Irmandade Nossa Senhora do Rosário da Comunidade Quilombola dos Arturos de Contagem | Contagem | MG | Comunidade Quilombola dos Arturos |
45 – Movimento de Inclusão Social Novo Horizonte | Rio de Janeiro | RJ | Favelas do Morro do Borel e Formiga. |
46 – Organização do Povo Indígena Parintintin do Amazonas | Humaita | AM | Aldeias Traíra e Pupunha – TI Nove de Janeiro e Aldeia Canavial – TI Ipixuna |
47 – Projeto Resgate Coração Solidário | Rio de Janeiro/ Rio de Janeiro | RJ | Jacarepaguá, Campo Grande, Centro da Cidade, Baixada Fluminense, Sul Fluminense, Niterói, Cidade de Deus, Covanca, Rio das Pedras, Comunidade Santa Margarida |
48 – Rede de Apoio Humanitário das e nas Periferias | São Paulo | SP | Jova Rural, Filhos da Terra, Jardim Hebrom, Vila Nova Galvão e Jardim Felicidade |
49 – Sociedade Recreativa e Cultural Afoxé Filhas de Gandhy | Salvador | BA | Centro Histórico |
50 – Tecendo Cidadania | Palmares | PE | Cidade de Palmares |
CONHEÇA A PRIMEIRA LISTA DE PROJETOS SELECIONADOS PELO EDITAL DE APOIO EMERGENCIAL CONTRA O CORONAVÍRUS
O Fundo Baobá para Equidade Racial recebeu mais de 600 solicitações de apoio a projetos de combate ao coronavírus em comunidades vulneráveis entre os dias 5 e 12 de abril de 2020.
Neste período foram 228 requerimentos apresentados por organizações e 376 apresentados por indivíduos.
Destes, foram selecionadas 60 propostas individuais e 40 de organizações , totalizando 100 iniciativas que receberão repasses de até R$ 2,5 mil. Os valores serão creditados em até cinco dias úteis contando a partir de hoje (17 de abril de 2020).
Entre 13 e 16 de abril recebemos outras 234 propostas de indivíduos e 131 de organizações, que serão avaliadas ao longo da próxima semana. Os novos selecionados devem ser anunciados no dia 30 de abril de 2020.
O total de projetos recebidos até agora superou nossas expectativas. Para dar conta de avaliar e acompanhar os projetos selecionados, suspenderemos temporariamente este edital. Sua reabertura será comunicada por meio de nossas redes sociais.
Confira as Iniciativas Selecionadas
Nome da Organização Proponente | Cidade/Município | Estado | Onde as ações serão realizadas (cidade, bairro, comunidade / território) |
1 – Aqcomaq- Associação Quilombola Comunitária De Lagoa Grande | Feira De Santana | Bahia | Comunidade Quilombola De Lagoa Grande |
2 – Arena Cultural Idalina Souza | Duque De Caxias | Rio de Janeiro | Bairro Figueira e Adjacências, Duque De Caxias |
3 – As Caboclas | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Ocupação Bosque Dos Caboclos, Campo Grande, Zona Oeste, Rio De Janeiro |
4 – Associação Afro Brasileira Quilombo Erê – Atabaque | Jacobina | Bahia | Jacobina, Bairro Quilombola Bananeira |
5 – Associação Amigos De Nossa Senhora Da Conceição | Paulista | Pernambuco | Paulista, Loteamento Conceição, Comunidade Dos 3 Postes e Baixada Do Mangue |
6 – Associação Beneficente São Martinho | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro – Centro |
7 – Associação Centro Social Estrela Dalva | Ananindeua | Pará | Loteamento Cristo Redentor, Alameda São Paulo, N° 12 – Maguari |
8 – Associação Cultural Maracrioula | São Luís | Maranhão | São Luís, Bairro Liberdade |
9 – Associação Da Cultura Hip Hop De Esteio | Esteio | Rio Grande Do Sul | Cidade Esteio, Bairros São José, Primavera, Hípica, Vila Pedreira, São Sebastião |
10 – Associação Das Comunidades Remanescentes De Quilombos Do Município De Oriximiná | Oriximiná | Pará | Município De Oriximiná – Pará 1- Comunidades: Cachoeira Porteira, Abuí, Paraná Do Abuí, Santo Antônio Do Abuizinho, Tapagem, Sagrado Coração De Jesus, Mãe-Cué, Curuçá, Juquirizinho, Jamari, Juquiri Grande, Palhal, Nova Esperança, Último Quilombo, Moura, Boa Vista Trombetas, Mussurá, Bacabal, Aracuan De Cima, Aracuan Do Meio, Aracuan De Baixo, Serrinha, Terra Preta Ii, Jarauacá, Poço Fundo, Acapú, Varre Vento, Santa Rita, Boa Vista Cuminã, Água Fria, Ariramba, Jauari, Araçá, Espírito Santo, São Joaquim, Pancada |
11 – Associação De Apoio As Meninas E Meninos Da Região Sé (Aacriança) | São Paulo | São Paulo | Região central da cidade |
12 – Associação De Moradores Do Alto Do Cabrito E Adjacência – Amaca | Salvador | Bahia | Alto Do Cabrito, Subúrbio Ferroviário de Salvador |
13 – Associação De Produtores Remanescentes Quilombolas De Volta Miúda – Caravelas/Ba | Caravelas | Bahia | Município De Caravelas, Comunidade Quilombola de Volta Miúda |
14 – Associação Dos Moradores E Produtores Ruais Da Comunidade Quilombola Santa Rita De Barreira | São Miguel Do Guamá | Pará | Território Quilombola Santa Rita De Barreira, Zona Rural, Município De São Miguel Do Guamá |
15 – Associação Dos Remanescentes De Quilombo De São Braz | Santo Amaro | Bahia | Santo Amaro, São Braz, Comunidade Remanescente De Quilombo De São Braz/Território Quilombola |
16 – Associação Dos Remanescentes Do Quilombo Dos Caetanos Em Capuan Caucaia CE | Caucaia | Ceará | Caucaia, Capuan, Comunidade Quilombola Dos Caetanos, Território Jose De Alencar Metropolitano |
17 – Associação Filantrópica Arte Salva Vidas | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Complexo Do Caju – Rio de Janeiro |
18 – Associação Indígena Pariri | Itaituba | Pará | Reserva Indígena Praia Do Índio e Reserva Indígena Praia Do Mangue, Itaituba |
19 – Associação Médicos Do Mundo | Sao Paulo | São Paulo | Região da Praça da Sé – São Paulo |
20 – Associação Phábrika De Arthes | Rio De Janeiro | Rio Janeiro | Fazenda Botafogo – Sub Bairro de Coelho Neto – Rio de Janeiro |
21 – Associação Soenama Do Povo Indígena Paíter Suruí | Cacoal | Rondônia | Aldeia Iratana |
22 – AST-Agência Social De Talentos | Rio De Janeiro | Rio De Janeiro | Em Bonsucesso, ao lado dos Complexos Do Alemão, Da Maré, De Manguinhos |
23 – Centro De Ensino Superior De Agudos | Agudos | São Paulo | Centro Oeste Paulista -Município de Agudos e Região (Lençóis Paulista, Bauru, Pederneiras, Piratininga, Macatuba, São Manoel) |
24 – Centro De Orientação E Desenvolvimento De Luta Pela Vida | João Pessoa | Paraíba | João Pessoa – área central, no entorno dos Mercados Públicos, Marquises Comerciais, Praças, Viadutos e Construções Abandonadas. |
25 – Comissão Pastoral Da Terra | Rio Branco | Acre | Seringal da Bacia Hidrográfica do Riozinho do Rola |
26 – Comunema – Coletivo De Mulheres Negras “Maria-Maria” | Altamira | Pará | Reassentamentos Urbanos Coletivos, Território Periférico Urbano E Rural |
27 – Conselho Indígena De Roraima – CIR | Boa Vista | Roraima | Comunidade Indígena Canauanim, Terra Indígena Canauanim, Município De Cantá |
28 – Educap- Espaço Democrático De União,Convivência,Aprendizagem E Prevenção | Rio De Janeiro | Rio De Janeiro | Compelxo do Alemão, Matinha/Canitar |
29 – Fundação Dom José Brandão De Castro | Poço Redondo | Sergipe | Poço Redondo, Sergipe |
30 – Grupo Anjos Da Tia Stellinha | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro | Comunidade Dos Macacos, Vila Isabel, Rio De Janeiro |
31 – Grupo Brasileiro De Promoção Da Cidadania | Picos | Piauí | Picos – Piauí |
32 – Grupo Mulher Maravilha | Recife | Pernambuco | Bairro de Nova Descoberta |
33 – Ile Axe Omorode Loni Oluaye | Santo Amaro Da Purificação | Bahia | Santo Amaro Da Purificação – Bairros Do Pilar, Ilha Do Dendê, Derba, Sinimbú E Acupe. Assim Como Para Pessoas De Comunidades De Terreiro |
34 – Instituto Anjos Da Noite | Camocim | Ceará | Camocim Ceará |
35 – Instituto Futsal Sem Drogas | Várzea Grande | Mato Grosso | Cohab Cristo Rei – Parque Do Lago – Jaime Campos – Bairro Da Manga |
36 – Instituto Inovação Sustentável | São Paulo | São Paulo | São Paulo / Brasilândia / Zona Norte |
37 – Ocip Ylê Axé De Iansã | Araras | São Paulo | Assentamento Rural Araras 3 |
38 – Profec – Centro Ecumênico De Formação E Educação Comunitária | Duque De Caxias | Rio de Janeiro | Bairros Jardim Primavera, Campos Elíseos e Saracuruna |
39 – Projeto Recriando Raízes | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Costa Barro – Comunidades do Quitanda, Pedreira, Largatixa, Final Feliz, Chapadão e Terra Nostra |
40 – Fundação Dom José Brandão de Castro Poço Redondo, Sergipe | Poço Redondo | Sergipe | Poço Redondo, Sergipe |
Nome da Pessoa Proponente | Cidade/Município | Estado | Onde as ações serão realizadas (cidade, bairro, comunidade / território) |
1 – Adinil Batista De Souza | Cachoeira | Bahia | Comunidades Quilombolas do Município de Cachoeira |
2 – Altamira Simões – Santos De Sousa | Salvador | Bahia | Salvador (Liberdade, Pero Vaz, Alto Do Cabrito, Boiadeiro- Plataforma), Camaçari ( Barra De Pojuca) |
3 – Ana Biatriz Santos De Souza | Camaragibe | Pernambuco | Camaragibe- Timbi (Lixão, Enbolatanga e Maconhão), Bairro Novo (Rosa Selvagem, Aldeia De Baixo, Rachão) |
4 – Ana Bispo Martins | Dianópolis | Tocantins | Comunidade Quilombola de Lajeado, Zona Rural de Dianópolis |
5 – Ana Cleide Ferreira Do Nascimento | Teresina | Piauí | Comunidade Vila Nossa Sra. da Guia, Comunidade São Raimundo e Moradores de Rua do Grande Itararé |
6 – Ana Paula Souza Da Silva | Salvador | Bahia | Salvador |
7 – Andreia Quintão Vasconcelos | Duque De Caxias | Rio De Janeiro | Duque De Caxias – 1º Distrito |
8 – Antonio Elisio Celestino Da Silva | Fortaleza | Ceará | Grande Pirambu (Cristo Redentor e Barra Do Ceará) |
9 – Christian Basilio Oliveira | Duque De Caxias | Rio De Janeiro | Terceiro Distrito de Duque de Caxias – Imbariê |
10 – Cleide Jane Figueiró De Araujo | Duque De Caxias | Rio de Janeiro | Vila Amélia / Duque de Caxias |
11 – David Jefferson Tavares De Oliveira | Jaboatão Dos Guararapes | Pernambuco | Jaboatão Dos Guararapes, Conjunto Muribeca, Muribeca e Adjacências |
12 – Dayana Gusmao Da Silva | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Nova Holanda e Morro Do Timbau – Maré |
13 – Demison Ferreira Cardoso | Ouriçangas | Bahia | Ouriçangas/Bahia |
14 – Diácono Claudio Viana Gonçalves | Itapipoca | Ceará | Bairros São Francisco, Cacimbas e Alto Alegre |
15 – Edilene Americo Silva | Brasília | Distrito Federal | Brasília, Samambaia e Estrutural |
16 – Fabiana Da Silva Ferrinha | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Bonsucesso |
17 – Fábio Da Mata De Sousa | Belo Horizonte | Minas Gerais | Belo Horizonte (Região Central da Capital, Região Hospitalar, Bairro Santa Efigênia, Regiões Periféricas do Bairro Venda Nova) |
18 – Fabíola Maria De Oliveira Da Silva | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Taquara; Bateau Mouche Praça Seca Jpa Cantagalo (Ipanema); Morro dos Macacos (Vila Isabel); Brisa no Recreio dos Bandeirantes; Localidades na Baixada Fluminense nas Cidades de Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados e Belford Roxo. |
19 – Fabrício Cabral Do Nascimento | Feira De Santana | Bahia | Feira De Santana – Feira 10 |
20 – Fernanda Rodrigues Dos Santos | Santa Maria Da Boa Vista | Pernambuco | Comunidade Quilombola de Cupira, Município de Santa Maria da Boa Vista |
21 – Flávio Gomes De Pontes | João Pessoa | Paraíba | Comunidade São Rafael |
22 – Flavio Santos Machado | Salvador | Bahia | Itapuã, Alto Do Coqueirinho |
23 – Francisco Ricardo Calixto De Souza | Fortaleza | Ceará | Fortaleza, bairro – São Joao Do Tauape, Comunidades Lagamar e Maravilha |
24 – Glenda Yamali Farias Alves | São Paulo | São Paulo | Guarulhos, Vila Itapegica (Comunidades Portelinha E São Rafael) |
25 – Jailes Pimentel Dos Reis | Manaus | Amazonas | Zonas Leste, Norte e Periferia De Manaus |
26 – Jéferson Da Silva Pereira | Orocó | Pernambuco | Território Quilombola Águas Do Velho Chico, Zona Rural |
27 – Jéssica Silva José | Rio Das Ostras | Rio de Janeiro | Rio das Ostras, Cantagalo – Comunidade Andorinhas e Presidente Lula |
28 – Joice Jane Teixeira | São Paulo | São Paulo | Comunidade do Heliópolis |
29 – Joyce Cristina Cursino De Abreu | Belém | Pará | Bairro do Jurunas |
30 – Juliana Alves Alexandre | Niterói | Rio de Janeiro | Niterói, Vital Brazil (Morro Do Vital Brazil), Santa Rosa (Morro Do Souza Soares), Santa Rosa (Favela Do Viradouro) Atalaia (Morro Do Atalaia) |
31 – Letícia Freitas Firmino Da Hora | São Gonçalo | Rio de Janeiro | São Gonçalo, Sacramento, Parada São Jorge |
32 – Lindinalva De Paula Pinto | Salvador | Bahia | Santa Lúzia – Subúrbio, Mussurunga, Paripe Subúrbio, Cassaje, Boca Da Mata – Cidade Salvador |
33 – Lorenço Ribeiro Filho | Belém | Pará | Comunidade Quilombola De Itacoã, Municipio do Acará |
34 – Luciéte Duarte Araujo | Antônio Cardoso | Bahia | Comunidade Rural Remanescente de Quilombos Subaé |
35 – Marcelle Decothé Da Silva | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Parada De Lucas/ Rio De Janeiro |
36 – Marcelo Barros Meneses | Fortaleza | Ceará | Centro da cidade de Fortaleza |
37 – Marcos Antonio Francisco Mariano | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Costa Barros – Comunidade do Fim do Mundo |
38 – Maria Patricia Santana Oliveira | Adustina | Bahia | Comunidade do Assentamento Caimã Ponta da Serra |
39 – Mayara Micaela Alves Gomes | Niterói | Rio de Janeiro | Comunidades e Ruas De Niterói |
40 – Nelson Nunes Dos Santos | Vitória Da Conquista | Bahia | Comunidades Quilombolas do Território de Vitória da Conquista |
41 – Neusa De Jesus | Rio Grande Da Serra | São Paulo | Bairros Periféricos |
42 – Nilcimar Maria Silvestre Dos Santos | Duque De Caxias | Rio de Janeiro | Duque De Caxias e demais Municípios da Baixada Fluminense |
43 – Nzinga Cavalcante De Lima Dias | Tracunhaém | Pernambuco | Comunidade: Complexo Prado – Assentamento Chico Mendes I E Ii, Belo Oriente – Cidade: Tracunhaém – Território: Zona Da Mata Norte De Pernambuco |
44 – Ozeias De Almeida Santos | Antonio Cardoso | Bahia | Comunidade Quilombola De Paus Altos |
45 – Rafael Marques Geraldo | São Paulo | São Paulo | Rio Pequeno, Comunidade São Remo / Butantã |
46 – Rita De Cássia Pantoja Cravo | Belém | Pará | Bairro Da Brasília – Outeiro, Ilha De Caratateua |
47 – Rodrigo Menezes Coelho | Salvador | Bahia | Nordeste de Amaralina/ Santa Cruz / Vale Das Pedrinhas |
48 – Rodrigo Monteiro Dos Santos | Nova Iguaçu | Rio de Janeiro | Bairro Corumbá |
49 – Rosana Vieira De J. Oliveira | Cruz Das Almas | Bahia | Loteamentos Miradouro E Bela Vista |
50 – Rosenilda Pereira Da Silva | Ivinhema | Mato Grosso Do Sul | Ivinhema |
51 – Sabrina Prado Alves | Osasco | São Paulo | Osasco (Jardim Conceição) e Mairiporã (Terra Preta) |
52 – Saney Luzia De Souza | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Ocupação Bosque Dos Caboclos – Estrada Dos Caboclos, Campo Grande |
53 – Silvana Do Amaral Veríssimo | Piracicaba | São Paulo | Bairros Pauliceia e Vila Sônia |
54 – Sintia Almeida Silva Ribeiro | São Paulo | São Paulo | Jardim Apura, Pedreira, Dorotéia e Eldorado |
55 – Tasciano Santos Silva Solari | Salvador | Bahia | Salvador, Massaranduba, Comunidade Dos Alagados (Conder) |
56 – Teodora De Souza | Dourados | Mato Grosso do Sul | Aldeia Jaguapiru, Dourados |
57 – Thais Zimbwe | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Pilares – Vila Da Penha – Belford Roxo – Seropédica |
58 – Ubiraci Carlucio Dos Santos | Salvador | Bahia | Bairro Federação – Comunidade Do Auto Da Bola |
59 – Vívian Kristinny Campos Silveira Dias Gonçalves | Rio De Janeiro | Rio de Janeiro | Morro Do Borel, Comunidade Da Indiana |
60 – Zoraide Francisca Gomes (Cris dos Prazeres) | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro | Morro dos Prazeres |
Perguntas Mais Frequentes
DOAÇÕES EMERGENCIAIS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
1 – Como faço para me inscrever?
Basta preencher um dos dois formulários que se encontram no site do Fundo Baobá: para organizações e para indivíduos.
2 – Somos um coletivo, ou seja, não temos documentos – devemos nos inscrever como organização ou como pessoa física?
Você deve fazer a inscrição como pessoa física usando este formulário aqui.
3 – Eu não tenho site – como fazer?
Site, Facebook, Instagram e demais informações que não estiverem assinaladas com asterisco (*) não são obrigatórias. Você pode enviar o formulário sem elas.
4 – Atuamos há menos de dois anos e vocês pedem exemplos de atuação nos últimos dois anos. Isso nos prejudicará na seleção?
Não fará diferença desde que sua organização, nestes dois anos de atuação, tenha realizado ações em defesa dos direitos humano e enfrentamento ao racismo e se, prioritariamente, tiverem atuado com comunidades periféricas, população em situação de rua e em áreas remotas, como comunidades quilombolas, ribeirinhas e outras comunidades tradicionais, nas florestas e ilhas.
5 – Nós acabamos de nos organizar por causa do coronavírus e não temos exemplos de atuação. Isso nos prejudicará?
Se entre vocês houver lideranças que já tenham experiência em ações comunitárias em defesa dos direitos humanos e luta contra o racismo ou educação e promoção à saúde, estas pessoas poderão se inscrever no edital de pessoa física, que se encontra aqui.
6 – Tenho medo de me comprometer com resultados esperados porque tudo é muito incerto. Serei cobrado deles?
O ideal é que você proponha ações cujos resultados são mais viáveis de serem alcançados.
7 – O que acontece se não conseguirmos cumprir o prazo de 45 dias para envio do relatório, uma vez que estaremos envolvidos com a execução das ações?
O relatório será algo simples. Não prestar contas pode lhes impedir de acessar outras doações feitas pelo Fundo Baobá.
8 – Não consigo fazer o upload dos meus documentos. Como devo fazer?
O formulário só permite anexar um arquivo, ou seja, é necessário salvar tudo num único arquivo e este não pode ter mais que 16 MB.
9 – Eu pedi recursos para outras fontes mas ainda não recebi e não sei se fui selecionado para receber. Devo declarar esse pedido?
É importante para o Fundo Baobá entender os movimentos que estão sendo feitos em busca de apoio. Se puder dizer para quem pediu e quanto pediu, será muito interessante. Se ainda não está certo, basta colocar esta observação.
10 – Estou recebendo doações na forma de alimentos e produtos de limpeza – devo declarar como recurso recebido?
Sim.
11 – Eu / minha organização já recebo/recebemos apoio do Fundo Baobá. Somos elegíveis para este edital?
Não são elegíveis apenas as pessoas e organizações que estão com apoio do Fundo Baobá neste momento.
12 – O edital fala que serão priorizadas ações a serem realizadas em localidades com maior número de casos confirmados do novo coronavírus mas existe subnotificação porque faltam testes. Minha comunidade não tem nenhum caso confirmado, mas sabemos de muitas pessoas doentes. Isso prejudicará a avaliação do meu pedido?
Não prejudica mas é importante que, neste caso, você destaque a situação de saúde das pessoas de sua comunidade ou aquilo que as está movendo para garantir que menos casos existam. As ações de prevenção são muito importantes para o Fundo Baobá. Não queremos mais pessoas infectadas.
13 – Vocês dizem que procurarão os selecionados. E os que não forem selecionados? Como fico sabendo que meu pedido não foi aceito?
Neste momento de emergência, não conseguiremos entrar em contato com todos. Vamos procurar apenas aqueles que forem selecionados. Uma vez por semana publicaremos a lista de quem foi selecionado em nosso site, avisando sobre a publicação em nossas redes sociais. Basta nos seguir:
Instagram: @FundoBaoba
Facebook: https://m.facebook.com/fundobaoba
Twitter: @fundobaoba
14. Posso inscrever mais de um projeto?
Um mesmo interessado não poderá ser contemplado com mais de uma doação emergencial por ano.
15. A entidade precisa estar regular?
Sim, idealmente.
16. A conta de depósito precisa estar zerada?
No caso do apoio emergencial, não.
17. O depósito pode ser feito na conta do responsável legal?
Se a inscrição for feita em nome da instituição, a conta precisa ser da pessoa jurídica.
18. No caso de pessoa física, o comprovante de residência precisa estar no nome da pessoa ou pode ser em nome de outro morador da residência?
Não precisa ser em nome do proponente.
19. Existe alguma restrição ao emprego do recurso? Pode ser investido em imobilizado?
O ideal é que não, mas depende da relevância dessa aquisição para a ação de prevenção ao coronavírus.
20. A proposta inicial pode sofrer alteração durante a execução, desde que seja mantido o valor original, ou terei problema com a prestação de contas?
Pode ser ajustada, mas o ideal é não se afastar muito da idéia original.
21. No caso de utilizar o recurso para fornecer uma bolsa para cada família ou jovem, a comprovação poderá ser feita através de recibo?
Sim.
22. Se a comunidade não for regular, a pessoa responsável pode receber e executar pela comunidade?
Sim.
23. A bolsa auxílio do governo é considerada uma doação emergencial para as pessoas físicas?
Não.
24. Nao tenho conta corrente, só conta poupança: posso usar essa via se me inscrever no edital individual e for selecionado?
Sim.
25. Pode ter mais de um proponente da mesma comunidade?
Sim.
26. Não consigo juntar todos os documentos em um único PDF, como o formulário. Como faço?
Você pode fotografar os documentos e transformar as fotos em PDF, juntando tudo em um único documento, com alguns aplicativos como o CamScanner, disponível para Android e iOS. Neste link você encontra um tutorial no YouTube e neste link tem uma matéria sobre o app.
EDITAL PARA APOIAR PESSOAS E COMUNIDADES NO COMBATE AO CORONAVÍRUS
A pandemia do coronavírus ameaça principalmente os negros. Dados demográficos do Brasil comprovam que a maioria das pessoas mais expostas e com maior risco de contaminação é negra. Índices de doenças que favorecem uma evolução mais grave da COVID-19, como hipertensão e diabetes, são mais elevados entre os negros. Nem mesmo a informação chega da mesma forma igual à população negra. Juntos, estes fatores colocam os negros entre os que estão em maior risco de contaminação pelo coronavírus.
É por isso que o Fundo Baobá para Equidade Racial – primeiro e único fundo filantrópico que mobiliza pessoas e recursos, no Brasil e no exterior, para o apoio exclusivo a projetos e ações de promoção da equidade racial para a população negra no Brasil – lançou um edital para apoiar projetos de pessoas e organizações comprometidas com a equidade racial e que estejam ajudando comunidades no combate ao coronavírus.
A transferência de recursos para quem está na ponta lutando contra a disseminação do vírus é também uma ação de fortalecimento da resiliência das comunidades, dessas lideranças e organizações.
O edital visa selecionar propostas de ações de prevenção ao coronavírus realizadas junto às comunidades periféricas e outros territórios de vulnerabilidade, às populações em situação de rua, populações privadas de liberdade, jovens que cumprem medidas socioeducativas e idosos, residentes em áreas remotas de todas as regiões do país, como comunidades quilombolas, ribeirinhas, indígenas, ciganos, migrantes, refugiados e outras comunidades tradicionais, nas florestas e ilhas onde haja casos notificados, em fase de análise, ou casos confirmados de contaminação pelo coronavírus.
As organizações sem fins lucrativos ou as pessoas físicas beneficiadas devem ser comprometidas com a equidade racial e engajadas na promoção de ações nas periferias das grandes cidades, favelas, áreas remotas e outros territórios de vulnerabilidade socioeconômica. Os interessados devem detalhar a comunidade a ser beneficiada, a necessidade que motiva o pedido, os resultados esperados, as ações a serem realizadas e uma estimativa de orçamento.
As solicitações são avaliadas em até 7 (sete) dias úteis e os recursos são creditados em até 5 (cinco) dias úteis quando disponíveis. O limite para a transferência de recursos é de R$ 2,5 mil por projeto.
Clique aqui preencher o formulário para organizações e conferir o edital.
Clique aqui para preencher o formulário para indivíduos e conferir o edital.
Em caso de dúvida, consulte aqui as perguntas mais frequentes. Para doar para fortalecer esta iniciativa, clique aqui.
Programa Marielle Franco, conheça as propostas selecionadas!
O intuito do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco é o de fomentar que lideranças femininas negras, de forma individual ou coletiva. Com o Programa, resultado da parceria entre Baobá – Fundo para Equidade Racial, Fundação Kellogg, Instituto Ibirapitanga, Fundação Ford e Open Society Foundations, pretende-se contribuir para que mulheres negras tenham mais subsídios para acessar espaços de tomada de decisão; mobilizem mais pessoas para a luta antirracista, por justiça, equidade racial e social e transformem o mundo a partir de suas experiências.
Foi uma grande jornada desde a primeira comunicação oficial do Programa (em março de 2019) até hoje. Foram muitas leituras; mapeamento de necessidades e expectativas e grupos focais; desenho e revisão de textos de editais; desenvolvimento de uma plataforma virtual própria; organização de eventos; produção de materiais de orientação (manual e vídeos); criação e manutenção de canais de atendimento às dúvidas; análise de propostas, documentação e, finalmente, a seleção.
Para que todas as interessadas tivessem igualdade de oportunidades no envio de suas propostas e participassem dessa seleção, foram necessários vários ajustes de rota como, por exemplo, a prorrogação do prazo para envio de projetos.
Foram 53 dias de inscrições abertas, mais de 1000 mulheres e cerca de 200 organizações, grupos e coletivos, interessadas nos editais. Perguntas, críticas e elogios vindos de mais de 20 estados do país e Distrito Federal. Cerca de 500 projetos analisados, 30 pessoas envolvidas nas diferentes fases do processo seletivo – 99% negras. São muitas histórias potentes! Hoje, 10 de dezembro de 2019 estamos muito felizes em anunciar as propostas selecionadas!
Selecionadas no edital de “Aceleração do desenvolvimento de lideranças femininas negras“
Nome completo | Estado | Nome do Projeto |
Aline Pinto Lourena Melo | RJ | PDI ALINE LOURENA |
Ana Bartira da Penha Silva | RJ | Equidade na Representação Social : Plano de Desenvolvimento |
Ana Cristina da Silva Caminha | BA | Mulheres Negras e Direito à Cidade: enfrentamento ao racismo e sexismo institucionais |
Ana Lídia Rodrigues Lima | CE | Educação para enfrentamento das violências sexuais, LGBTfobia e racismo |
Andressa Ferreira | RS | Mulheres Negras e Tecnologia – Produção Musical Enegrecida |
Anielle Francisco da Silva | RJ | Empoderamento através da memória e legado de Marielle Franco |
Bárbara Fraga dos Santos Aguilar | MG | Pretas Tech: Mais Mulheres Negras na Tecnologia |
Brígida Rocha dos Santos | MA | Vivências e Resistências de Mulheres Negras ao Trabalho Escravo |
Brunna Kalynne Moraes Leandro | AL | Comunica Preta |
Carolina Araujo de Brito | PB | Enegrecendo o artvismo: multilinguagem na luta antirracista |
Clara Maria Guimarães Marinho Pereira | DF | Construindo a liderança na administração pública federal |
Daiane de Almeida Pereira | SP | Programa de acesso a crédito e investimento para empreendedores negros |
Dandara Rudsan Sousa de Oliveira | PA | Atitude TRANSversal: Mulher Negra Transexual da Amazônia tecendo Redes e ampliando horizontes |
Danubia Santos e Santos | BA | Projeto individual de desenvolvimento politico e social |
Dogivania Sousa Lima | MA | Educação para mais ação |
Emília Carla Costa Leite | MA | Recontando Nossas Histórias como Instrumento de luta pelo chão sagrado |
Enedina do Amparo Alves | SP | Capacity-building:Ativismo legal e intercâmbio linguístico no desenvolvimento de lideranças negras |
Éthel Ramos de Oliveira | RJ | Aprimoramento em roteiro de ficção, lingua estrangeira e autonomia técnica de uma cineasta |
Evânia Maria | MG | Tratamento da dor crônica é um direito humano e uma questão de justiça social |
Giovana Xavier da Conceição Côrtes | RJ | Ciencia de Mulheres Negras: liderança acadêmica e pesquisa ativista no Brasil |
Girlian Silva de Sousa | PA | Especialização em Influência Digital como Estratégia de Potencialização do Ativismo Feminista Negro |
Hellen Caroline dos Santos Sousa | BA | Desenvolvmento Sustentável – para comunidades empreendedoras autônomas e participativas. |
Ingrid Delcristyan de Assunção Farias Souza | PE | Advocacy Feminista Antirracista por uma nova politica de drogas |
Jaciara dos Santos Ribeiro | BA | Iyá Omi: o legado ancestral da Yalorixá Jaciara Ribeiro na luta contra o racismo religioso |
Jaciara Novaes Mello | PR | Aya Muitas negras no Brasil |
Jaqueline Ferreira Fraga | PE | Comunicação Negra: Inspirar, Apoiar e Conscientizar |
Jenair Alves da Silva | RN | Ododo aye |
Jéssica Lúcia dos Remédios | RJ | Black Data – Uma preta na ciência de dados |
Jessica Vanessa dos Santos | PE | Jéssica Vanessa: jovem, mulher, negra e liderança juvenil |
Joice Silva dos Santos | PI | Instrumentalização, ocupação e trasmissão de conhecimento: sementes para transformações políticas |
Juliana de Oliveira Ferreira | GO | Movimentos Atlanticos |
Karen Freitas Franquini | RJ | Impactando Jovens Periféricos – Karen Franquini |
Keitchele Lima da Silva | SP | Sementes Marielle |
Leandra Roberta | SP | VERVE- DÉJÀ VU AFROTURISTA 1º ATO- ANCESTRALIDADE HIGH TECH |
Lorena Amorim Borges | MG | Magistratura Preta |
Luciane dos Reis Conceição | BA | Ayamo (Destino) |
Lucimar Sousa Silva Pinto | MA | Plantando sementes, cultivando redes de cuidado e colhendo justiça social. |
Magna Barboza Damasceno | SP | Racismo e a interface com a violência doméstica na Saúde |
Maria da Piedade Marques de Souza | PE | Mulheres Negras e Irmandade: Construindo redes de solidariedade |
Mariana Gomes da Silva Soares | BA | Malunga: direito à comunicação e tecnologias de informação e comunicação |
Marina Ribeiro Lopes | SE | Vozes Pretas- o poder da comunicação no combate ao racismo |
Marinete da Silva | RJ | Rede de apoio e acolhimento à mulheres negras |
Mayara Silva de Souza | SP | Meus sonhos não serão ser interrompidos. |
Mayne da Silva Santos | BA | Ocupar novos espaços de poder re-existir e seguir tecendo a rede |
Midiã Noelle Santos de Santana | BA | Olhares de Liberdade: midiativismo para enfrentamento ao racismo |
Monalyza Ferreira Alves Pereira | RJ | De uma para muitas – Transformação, comunicação e formação em Gestão de Politicas Públicas |
Nanan da Silva Sousa Matos | DF | Nãnan & a Música à Serviço do Empoderamento da Mulher Negra |
Patrícia Lacerda Trindade de Lima | BA | Fortalecendo o diálogo social no mundo do trabalho na luta por igualdade e justiça social |
Renata da Silva Santos | SP | Meduza – a vez e voz dela |
Renata Nunes Vaz | RJ | A valorização do turismo interno e das guias de turismo |
Sarah Marques do Nascimento | PE | Fortalecimento e resgate histórico das lutas comunitárias |
Sibele Gabriela dos Santos | SP | Todas Vidas Negras Nos Importa: Educação Anti-Racista Já! |
Sulamita Rosa da Silva | AC | rede de formações como forma de empoderamento no estado do Acre |
Taís dos Santos Nascimento | PE | Inspirar e atrair mais mulheres negras na área de Design e Tecnologia a partir da minha liderança |
Tania Heloísa de Moraes | SP | Mulher Quilombola na Defesa dos Direitos e pela vida! |
Vanessa Maria Gomes Barboza | PE | AUTORFORMAÇÃO NEGRA: Fortalecida e Perseverante |
Vilma Maria dos Santos Reis | BA | Canal Maria Mariwô |
Vitória Helena Senger Barreiros da Silva | SC | Bot Dandara |
Wemmia Anita Lima Santos | DF | Empreendedorismo periférico: RAIX e protagonismo jovem no DF |
Wézya Mylena dos Santos Ferreira | SE | POR UMA EFETIVAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHERES ENCARCERADAS SOB UM OLHAR INTERSECCIONAL |
Selecionadas na repescagem do edital de “Aceleração do desenvolvimento de lideranças femininas negras“
Nome completo | Estado | Nome do Projeto |
Laiara Amorim Borges | MG | Voe como uma garota negra! |
Luyara Francisco dos Santos | RJ | EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO AGENTE RESPONSÁVEL NA FORMAÇÃO DE MULHERES CRITICAS E PENSANTES |
Márcia Maria Pinheiro Monte | CE | Escolas : Ambiente seguro para crianças e adolescentes negros |
Selecionadas no edital de Fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos de mulheres negras
Nome da Organização | Estado projeto | Projeto |
INSTITUTO OMOLARA BRASIL | RJ | Trincheira Preta Feminista |
Grupo de Mulheres Ginga | BA | Mulheres Negras: Elaborando estratégias, fortalecendo saberes |
Abayomi Juristas Negras | PE | ABAYOMI JURISTAS NEGRAS |
GRUPO DE MULHERES LÉSBICAS E BISSEXUAIS MARIA QUITERIA | PB | EQUIDADE SIM! RACISMO NÃO! |
Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso | MT | VOZ DO IMUNE: 18 anos em movimento |
REDE DE MULHERES NEGRAS DE PERNAMBUCO | PE | PROJETO OLORI: MULHERES NEGRAS E PERIFÉRICAS CONSTRUINDO LIDERANÇA |
Coletivo Filhas do Vento | PE | Travessias negras: das margens periféricas aos centros decisórios do poder |
Quilombo Moju | PA | Marias Quilombolas |
Marcha das Mulheres Negras de São Paulo | SP | Aquilombar e ampliar universos – formação política para mulheres negras |
INSTITUTO DA MULHER NEGRA DO PIAUI – AYABÁS | PI | Esperança Garcia: conhecimento e registência |
Abayomi coletiva de mulheres negras na Paraiba | PB | Obirim Dudu: Movimentando as estruturas contra o racismo |
Mulhere Negras Decidem | RJ | Mulheres Negras Decidem – Um Novo Projeto de Democracia |
NegrasFotosGrafias | RJ | OLHAR E ESCUTA EM REDE DE CRIAÇÃO |
Blogueiras Negras | PE | Blogueiras Negras consolidando o legado da comunicação no movimento de mulheres negras no Brasil |
Selecionada na repescagem do edital de Fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos de mulheres negras
Nome da Organização | Estado projeto | Projeto |
Associação Clube de Mães do Povoado de São Pedro | MA | Dinamização da Associação Clube das mães do povoado São Pedro |
Meu projeto foi selecionado, e agora?
Pedimos que as selecionadas fiquem atentas às suas caixas de entrada, pois o Fundo Baobá fará contato EXCLUSIVAMENTE por e-mail, compartilhando as informações sobre os próximos passos do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco.
Se sua proposta não estiver na lista.
Para lideranças, organizações, grupos e coletivos que não tiveram suas propostas selecionadas, informamos que o Programa tem a previsão de abertura de outros editais para fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos e desenvolvimento individual de lideranças femininas negras. Fiquem atentas aos nossos canais oficiais e acompanhem as novidades que aparecerão por lá!
Dúvidas sobre a seleção?
Todas as informações sobre etapas de seleção, critérios e pré-requisitos estão disponíveis nos editais de Aceleração do desenvolvimento de lideranças femininas negras e Fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos de mulheres negras, não deixe de acessar!
Saiba como foi o evento de lançamento!
O protagonismo da mulher negra na sociedade civil foi o mote do lançamento do “Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco” nesta segunda-feira, dia 2 de setembro, no MAR (Museu de Arte do Rio / RJ). Promovido pelo Baobá – Fundo Para Equidade Racial, primeiro e único fundo dedicado, exclusivamente, à promoção da equidade racial para a população negra do Brasil, o evento contou com a presença de líderes do movimento de mulheres negras, movimento negro, movimento feminista, acadêmicos, artistas, empresários e investidores.
Tendo como objetivo ampliar o número de líderes negras em posições estratégicas no setor público, privado, nas organizações da sociedade civil nacionais e internacionais, o Fundo passa a contemplar, a partir deste programa, organizações não formais e pessoas físicas. Enquadram-se no perfil mulheres negras cis gênero ou transgênero, residentes no Brasil, de áreas urbanas ou rurais, independente do nível de escolaridade ou filiação religiosa, de qualquer faixa etária a partir de 18 anos. A instituição entende como líderes mulheres presentes em variados setores da sociedade civil que vislumbram caminhos coletivos para o futuro, mobilizando outras pessoas para estarem consigo, construindo com criatividade e inovação soluções, revertendo positividades em prol do desenvolvimento coletivo.
O nordeste, território onde se encontra o maior contingente populacional negro, incluindo a maior quantidade de jovens da maior população feminina negra do país, é região prioritária no apoio do Programa, seja dos projetos individuais ou coletivos. No Programa, o investimento financeiro terá teto de R$ 40 mil para pessoa física e R$ 170 mil para organizações, variando de acordo com o projeto e edital. As parcelas serão distribuídas ao longo de 18 meses. Além do recurso repassado diretamente, as contempladas no edital individual também irão participar de processos formativos políticos e na área de liderança, receberão apoio especializado para enfrentar os efeitos psicossociais do racismo e ainda passarão por sessões de coaching.Durante o evento, participantes refletiram sobre a realidade brasileira e as possibilidades de mudanças a partir do edital. “Infelizmente, a vida que a gente leva muitas vezes não nos permite sonhar estar num espaço social e profissional como o que eu ocupo hoje. Estou honrada em estar nesta posição e de desenvolver ações para pessoas que, por desigualdades injustificáveis, são impedidas de ter acesso a oportunidades”, contextualizou Selma Moreira, diretora executiva do Fundo Baobá.
“As mulheres negras integram o grupo mais representativo na sociedade brasileira, combinando duas características muito particulares: ao mesmo tempo em que é o grupo mais vulnerável, que sente os efeitos da desigualdade de uma forma muito direta e radical, é, paralelamente, o grupo que possui uma potência e força para enfrentar tais desafios, sendo uma fonte imensa de perspectiva de mudanças”, analisa André Degenszajn, diretor-presidente do Instituto Ibirapitanga, uma das instituições mobilizadoras de recursos ao lado da W. K. Kellogg Foundation, Fundação Ford e Open Society Foundation.
Prestes a completar 90 anos – 77 deles atuando no Brasil – a W. K. Kellogg Foundation tem há quase seis anos no cargo de presidência La June Montgomery Tabron, a primeira presidente mulher e primeira negra da instituição. De Beirute, onde estava no momento do evento, ela enviou seu recado através do Diretor de Programas da América Latina e Caribe, Rui Mesquita Cordeiro, relatando sobre a importância de Marielle Franco, homenageada do programa. “Aqui estamos com vocês, um ano e meio depois da morte de Marielle, lançando este Programa e a honrando”, destacou. “A aposta na formação de lideranças é contínua e, se perdemos uma liderança como Marielle, criamos centenas de outras. Se derrubam uma, a gente ergue mais 100. Se derrubam 100, erguemos mais 10 mil. Continuaremos fortalecendo este processo”, finalizou Rui.
A Fundação Ford esteve representada pelo seu presidente local, Atila Roque. “Marielle está na imaginação de cada mulher negra que se recusa a calar, quando tudo se faz para que ela se cale; que recusa o destino do silenciamento e da invisibilidade. É o tipo que temos de melhor e mais potente, que reivindica seu lugar nos espaços de representação e, assim, representa tantas vozes que se levantam diariamente contra todo tipo de opressão. Temos orgulho de estar nesta caminhada com o Fundo Baobá, que constitui um capítulo central desta luta”, ressaltou.
O evento recebeu ainda a família da vereadora assassinada. “Ceifaram a vida da minha irmã, mas não calaram e nem calarão sua voz. Minha irmã vendeu sapato e roupa na feira para que eu pudesse estar nos EUA estudando e praticando vôlei durante quase 12 anos. Agradeço muito por honrarem seu legado e memória”, afirmou a professora Anielle Franco. “Nós somos a família de Marielle e também não seremos interrompidas”.
Monica Benício, não estava no Brasil e não pôde participar do evento, desejou sucesso e reforçou a importância do Programa de Aceleração de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco para que mulheres negras, na sua diversidade, estejam em espaços de poder e tomada de decisão.
A advogada Lígia Batista representou a Open Society Foundation, onde atua como Assessora Especial, e emocionou-se. “Historicamente, mulheres negras são forçadas a exercerem papéis de subalternidade social e econômica, estando absolutamente distantes dos papeis de tomada de decisão e proeminência. Começamos a ampliar esta presença, mas, ainda assim, há uma sub-representação – somos poucas nestes espaços e estamos muito longe de alcançar os patamares efetivos de representação. Porém, devemos, sim, acreditar que podemos ocupar espaços que sempre nos disseram que não poderíamos. É preciso reconhecer a importância das mulheres negras enquanto agentes de transformação da nossa história, da história do nosso país. Ou a revolução será constituída junto delas, ou não será”, reforçou.
“O Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco se propõe a honrar a memória da mulher cujo legado de coragem, luta e compromisso com as causas populares mais dramáticas e com um Brasil mais justo, pujante e sustentável, permanecerá iluminando as muitas outras mulheres negras que esse Programa tem o desejo de revelar”, considerou a filósofa e escritora Sueli Carneiro, integrante do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá.
“O objetivo do Programa não é contemplar as mesmas organizações de sempre e as mesmas pessoas de sempre. O objetivo do Programa é chegar onde normalmente os recursos não chegam. Onde há pessoas tão talentosas quanto as que nós já conhecemos, mas que não têm a oportunidade de ter suas trajetórias alavancadas”, complementa o executivo consultor e empreendedor social Giovanni Harvey, presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá.
As mulheres que tiverem interesse em apresentar projetos
individuais ou coletivos devem fazer a inscrição até o dia 4 de outubro de
2019. As propostas serão cadastradas exclusivamente através do aplicativo do
Fundo Baobá, disponível no site http://www.baoba.org.br/edital-pad – onde estão todos os detalhes sobre ambos os editais.
Perguntas e Respostas
Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco
O que é o Programa Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco?
O Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco é um projeto de investimento em organizações da sociedade civil e de formação técnica e política de lideranças femininas negras brasileiras. O investimento se dará por meio de apoio institucional para organizações da sociedade civil, grupos e coletivos e bolsas; oferta de formação em diversas áreas do conhecimento, coaching, apoio psicossocial e promoção de redes de relacionamento (networking) para as beneficiárias individuais. Espera-se que, no período de cinco anos, mulheres negras de diversas áreas de atuação possam ter seu desenvolvimento acelerado e acessar espaços estratégicos de tomada de decisão, transformar o mundo a partir de suas experiências e mobilizar mais pessoas para a luta antirracista, por justiça e equidade social e racial.
Qual o objetivo do Programa?
O objetivo do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras – Marielle Franco é contribuir para que mulheres negras, em sua diversidade, consolidem-se como lideranças políticas e ocupem espaços e posições de poder simbólico e material seja em espaços comunitários, sindicatos, associações, coletivos entre outros espaços não governamentais sem fins lucrativos; no setor privado; organizações internacionais; estruturas formais do Estado (poderes Executivo, Legislativo, Judiciário), em diferentes setores e áreas de atuação.
Ao final do Programa, o que vocês esperam alcançar?
O que se espera ao final desde período de 5 anos é: (a) organizações, coletivos e grupos de mulheres fortalecidos em suas capacidades funcionais, atuando em rede e potencializando a liderança de mulheres negras; (b) lideranças negras fortalecidas em suas capacidades políticas e técnicas e atuando em espaços de poder na sociedade civil organizada, em organismos internacionais, no setor privado ou governamental.
Quem será apoiado? Quantas pessoas/instituições e a partir de quando?
Serão beneficiadas organizações da sociedade civil, além de lideranças femininas negras (com idade a partir de 18 anos), reconhecidas em suas comunidades, coletivos, grupos, movimentos e instituições e que já tenham experiência na área e setores em que atuam como ativistas e/ou profissionais. Estima-se que, com o recurso disponível neste momento, seja possível apoiar, aproximadamente, 20 organizações grupos e coletivos, de todas as regiões do País, e 120 mulheres, de 2019 a 2024.
Por que investir nas mulheres negras?
No último censo demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população residente no País era de 194,890,682 pessoas. Dentre essas, 42 47,7% se declararam brancas; 7,6% pretas; 43,1% pardas; 1,1% amarelas; e 0,4% indígenas. A população negra (pretas ou pardas) corresponde a mais da metade daqueles que residem no Brasil e, neste universo, cerca de 53% é composto por mulheres.
A taxa de conclusão do ensino superior na faixa etária de 27 a 30 anos foi de 26,5/1000 para homens brancos; 31,6 para mulheres brancas; 9,4/1000 entre homens pretos ou pardos; e 14,6 entre mulheres pretas ou pardas.
No universo acadêmico, a proporção de bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que se identificou como preta ou parda não chegou a 30%, no período de 2013 a 2017. Entre os homens, mais de 30 mil cadastros não continham a informação sobre raça ou cor. E, entre as mulheres, quase 24 mil. Do total das bolsistas mulheres cadastradas, 15% são negras e 32% brancas. Trinta e cinco por cento das bolsas concedidas nas Ciências Exatas e da Terra ou Engenharias são destinadas às mulheres. Dentre as bolsistas, 4% declararam-se pretas e 22% pardas.
Mulheres negras com doutorado correspondem a 3% do total de docentes da pós-graduação. Já as professoras brancas com a mesma escolaridade na docência da pós são pouco mais de 10 mil, ou 19% do total de 53.995 professores nos cursos de doutorado, mestrado e especialização.
Segundo o IBGE, em 2016, a participação proporcional de mulheres em cargos gerenciais correspondia a 39,1% do total. Entre as 3.527.000 mulheres que ocupavam estes cargos, 2.511.000 eram brancas e 962.000 eram pretas ou pardas.
Em 2017, contabilizou-se 28 cargos ministeriais no governo, dos quais 7,1% eram ocupados por mulheres.
A última eleição (2019) indicou que haverá 50% mais mulheres na Câmara dos Deputados do que havia em 2015. Foram eleitas 77 deputadas federais, 26 a mais do que em 2014. Aumentou o número de negras – de 10 para 13 – e de brancas – 41 para 63[1].
Segundo o levantamento do Instituto Ethos feito junto às 500 maiores empresas que atuam no País, apenas 4,7% dos cargos executivos são ocupados por negros; 6,3% dos gerenciais; e 35,7% da folha funcional. Dentre esses, a minoria quase absoluta é composta por mulheres.
A revista Forbes, em sua edição de novembro de 2017, elegeu 40 mulheres poderosas seja porque recuperaram grandes organizações, porque as administram ou porque formam opiniões, ou ditam a moda e inspiram atitudes. Dentre elas, apenas uma era negra.
Vocês terão cotas para mulheres não negras? E as indígenas, migrantes e outros grupos historicamente discriminados?
Mulheres migrantes negras poderão ser candidatas e, uma vez selecionadas, poderão fazer parte do Programa, mulheres de outros segmentos populacionais não. O Fundo Baobá é exclusivo para apoio a projetos, organizações e pessoas negras.
Menos de 15% das parlamentares no Brasil são mulheres. Parlamentares serão beneficiadas pelo programa? O programa beneficiará mulheres como o mesmo perfil da vereadora Marielle Franco?
Parlamentares negras também poderão se inscrever. Mas, o programa não é exclusivo para elas. O programa beneficiará lideranças femininas negras de diferentes idades (desde que maiores de 18 anos), orientações sexuais e identidades de gênero, residentes em diferentes estados da federação, nas zonas urbanas e rurais, nas periferias ou nas regiões centrais, e que atuem em diferentes áreas e setores poderão se inscrever.
Posso me inscrever no edital para lideranças e no edital para organizações, grupos ou coletivos ao mesmo tempo?
O Fundo Baobá preza pela igualdade de oportunidades e, por isso, caso haja 2 inscrições com o mesmo CPF, ambas serão desclassificadas.
E as organizações do movimento negro? Serão apoiadas? Quais?
As organizações, grupos e coletivos de mulheres negras também poderão se inscrever e buscar apoio. O chamamento será realizado por meio de edital e as organizações serão selecionadas a partir de critérios específicos expressos no documento (edital), a ser divulgado a partir de setembro de 2019. O edital será exclusivo para organizações, grupos e coletivos de mulheres negras ou aqueles que tenham 85% e mais de mulheres negras em sua composição.
Como vocês pretendem alcançar as mulheres negras que não são ativistas?
As lideranças femininas negras atuam em diversos setores. Estão nas organizações do movimento social negro, nas organizações feministas, associação de moradores e outras agremiações de bairros, comunidades e favelas. Estão na academia, vinculadas às universidades. São parlamentares e também estão na iniciativa privada. Elas estão no campo e na cidade, são mulheres cis ou trans, algumas têm deficiência, estão em diferentes fases da vida. Pretendemos alcançar, inclusive, aquelas lideranças femininas negras que têm acesso restrito à internet.
Como se dará esse apoio e por quanto tempo?
O Fundo Baobá investirá ao longo de cinco anos, no Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras. Nesse período, pretende apoiar cerca de 20 organizações, grupos e coletivos, por período de no máximo 18 meses, cada e 120 mulheres por período de no máximo de 18 meses, cada. Para as mulheres, serão oferecidas bolsas individuais, cursos em diversas áreas, apoio psicossocial, coaching e construção de redes de relacionamento (networking). Para as organizações, grupos e coletivos será oferecido apoio financeiro e técnico focado na ampliação de suas capacidades coletivas para: garantir a sistematização da memória e a transmissão de conhecimentos e práticas; comunicação, mobilização e engajamento de novas atrizes e atores para defender a causa; formação de novos quadros; uma gestão democrática e transparente.
Qual será o valor do apoio às organizações, às mulheres e quais cursos serão oferecidos?
Cada organização ou grupo coletivo poderá receber apoio de até R$ 170 mil reais. As doações individuais serão no valor total de R$ 40 mil, por beneficiária.
Às mulheres que recebem apoio individual, o Fundo Baobá também irá ofertar formação política, coaching, formação em liderança, apoio psicossocial apra enfrentamento ao racismo e incentivos para o estabelecimento de novas redes de relacionamento.
Para as organizações, grupos e coletivos apoiados, o Fundo Baobá também irá proporcionar o estabelecimento de novas redes de relacionamento, ofertar assessoria técnica, indicar serviços e profissionais especializados em coaching institucional. As mulheres negras que lideram estas as organizações, grupos e coletivos, também terão a oportunidade de participar em algumas das atividades formativas que compõem o edital de apoios individuais.
O que significa acelerar o desenvolvimento de lideranças?
Significa investir, oferecer oportunidades e ferramentas para observar as realidades, intervir e transformar. E outras palavras, em pouco mais de um ano, equipar essas mulheres com visão, mentalidade e o conjunto de habilidades necessárias para aumentar seu impacto e aproveitar todo o seu potencial de liderança criativa. Isso inclui processos formativos para a mediação de conflitos, gestão de riscos, coordenação e gestão de equipes, elaboração e implementação de planos sucessórios, comunicação assertiva, entre outros.
O programa Marielle Franco é um parceria com o Instituto Marielle Franco?
Não. O Programa de aceleração do desenvolvimento de lideranças femininas negras é uma iniciativa do Baobá: Fundo para a promoção da equidade racial.
A família da Marielle acenou recentemente que várias pessoas e instituições têm se aproveitado da imagem da vereadora. Como vocês enxergam isso?
Essa definição foi construída com o objetivo de contribuir em uma pauta antiga e ainda necessária do movimento social negro: as mulheres. Portanto, o Fundo Baobá está seguindo a esteira da estratégia de atuação do movimento social negro desde a década de 1970. O assassinato da vereadora Marielle Franco precisa, portanto, foi um divisor de águas para reiterar que mulheres negras e, toda população negra, têm direito à vida e garantidas de que lideranças como ela não sejam ceifadas. Infelizmente, os recursos que buscamos para os projetos de fortalecimento de lideranças negras femininas chegaram após a morte da parlamentar. Investidores sociais buscaram o Fundo Baobá por ser o único a trabalhar exclusivamente com a promoção da equidade racial para a população negra no Brasil. O Programa de aceleração do desenvolvimento de lideranças femininas negras surge, então, como uma resposta a essa perda irreparável, para honrar a trajetória dela e impulsionar o desenvolvimento de lideranças no sentido de permitir que mais rapidamente mulheres ocupem espaços estratégicos, a partir dos investimentos que serão feitos nelas. A família apoia e reitera a importância do Programa para a construção de uma sociedade mais justa, onde a equidade racial seja reconhecida como elemento fundamental, tanto que autorizou o uso do nome de Marielle Franco.
Se o programa já estava sendo desenhado antes mesmo da morte da vereadora, porque só foi batizado com o nome dela depois?
O Fundo Baobá pretende contribuir para a construção de uma sociedade onde o lugar, as vozes e as ações de mulheres negras sejam devidamente reconhecidas como determinantes nos processos de desenvolvimento social, político, econômico, científico, cultural e ambiental. Quanto ao nome do Programa, entendemos que seria uma maneira de homenagear a parlamentar negra e impulsionar o desenvolvimento de lideranças, como ela e outras, no sentido de permitir que mais rapidamente mulheres ocupem espaços estratégicos, em diversos espaços de atuação, a partir dos investimentos que serão feitos.
Um pouco depois da morte da vereadora saiu na imprensa que seriam investidos US$10 milhões (de dólares) no programa. Como esse recurso será investido? A partir de quando?
Essa informação não procede. O Programa de aceleração do desenvolvimento de lideranças femininas negras: Marielle Franco contou com três apoiadores iniciais:Instituto Ibirapitanga, Ford Foundation e Open Society Foundation. Juntos, eles doaram U$ 3 milhões. Desse recurso, US$ 2,7 milhões (quase R$ 10 milhões de reais) serão aplicados no apoio às organizações da sociedade civil e também no apoio individual às 120 beneficiárias. Ao receber essa doação o Fundo Baobá recebeu um novo aporte da Kellogg Foundation, no valor de US$ 3,5 milhões, que serão empregados em atividades programáticas relacionadas ao Programa, outros projetos e, também, serão utilizados para alavancar o funcionamento do próprio Fundo.
E os outros quase US$ 7 milhões que foram incrementados com os recursos da Kellogg? Para onde vai esse dinheiro?
O novo aporte da Kellogg Foundation não é exclusivo para Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras. Esse recurso é destinado para custear atividades programáticas relacionadas ao Programa de Aceleração, outros projetos e, para alavancar o funcionamento e operação do próprio Fundo.
O que o Fundo Baobá tem feito para exigir justiça para o caso Marielle Franco?
O Fundo Baobá não é um órgão de monitoramento. Contudo, assim como toda a sociedade brasileira, apoia e aguarda com esperança o esclarecimento do caso e a responsabilização dos envolvidos.
Qual é a opinião do Fundo Baobá sobre o assassinato de Marielle? Vocês acham que a milícia e parlamentares estão envolvidos no caso?
Aguardamos com esperança o esclarecimento do caso e a responsabilização dos envolvidos.
Vocês acham que foi um crime de ódio, por ela ser negra, mulher, bissexual e favelada?
Não temos conhecimento de nenhum elemento que aponte para esse caminho. Aguardamos com esperança o esclarecimento do caso e a responsabilização dos envolvidos.
Fundo Baobá
O que é o Fundo Baobá? Qual é a sua missão? Como atua?
O Fundo Baobá é uma organização brasileira criada em 2011 que opera com exclusividade em prol da equidade racial para a população negra, mobilizando pessoas e recursos, no Brasil e no exterior.
Para o alcance de sua missão – promover a equidade racial no Brasil, o Fundo Baobá trabalha fortalecendo e investindo, por meio de editais e apoios direcionais, em organizações e lideranças negras, comprometidas com o enfrentamento ao racismo, a promoção da equidade racial e da justiça social.
Parte significativa do trabalho do Fundo Baobá está voltado para o investimento na região nordeste do país, por entender que essa região é estratégica para a promoção da equidade racial, por sua composição demográfica, seu histórico de resiliência e inovação neste campo.
Porque o Nordeste é apresentado como território prioritário de atuação do Fundo Baobá?
A priorização da região nordeste deve-se ao compromisso assumido pela instituição quando de sua fundação, e ao fato de que, ao mesmo tempo em que a área encontra importantes desafios para o alcance da equidade racial, também é potência. É a região com a maior proporção de população negra do país, maior contingente jovem e feminino. Os investimentos corretos em educação, saúde e qualidade de vida; na ampliação do acesso no mercado de trabalho e qualificação dos quadros; uma apropriação da memória como elemento chave para a transformação do presente e do futuro, podem surtir grande efeito na consolidação de um imaginário social positivo e na mobilidade socioeconômica das famílias e comunidades do nordeste, trazendo contribuições significativas para o desenvolvimento do país como um todo.
Para o Fundo Baobá o que significa promover a equidade racial?
Promover a equidade racial é contribuir para criar resiliência e aumentar a capacidade individual, comunitária e institucional para o exercício à vida com dignidade, adaptação e crescimento com justiça, diante de crises severas, estresse crônico e exposição sistemática ao racismo.
Mas a missão do Fundo Baobá é promover a equidade racial para população negra. O que isto significa?
Para o Fundo Baobá promover a equidade racial para a população negra significa investir em organizações, projetos e pessoas capazes de reduzir e eliminar qualquer obstáculo colocado para a população negra brasileira no acesso a bens, serviços e direitos, para que ela possa alcançar e desfrutar, em patamar de igualdade, todas as oportunidades. Também significa compreender as dinâmicas e intervir em contextos de desequilíbrios e abusos de poder subjacentes aos grupos raciais. O Fundo Baobá entende que a promoção da equidade racial para a população negra é um processo contínuo, alicerçado no enfrentamento ao racismo e na reparação das desigualdades injustificáveis, já constituídas como iniquidades.
Para o Fundo Baobá, diversidade e equidade racial são sinônimos?
A Equidade é a justiça aplicada ao caso concreto e não está ligado ao exercício das leis e, sim, ao tribunal da consciência. Nós do Fundo Baobá distinguimos a justiça racial da diversidade. Pode haver diversidade sem equidade. Um foco de diversidade aborda principalmente os sintomas do racismo – com o objetivo de minimizar as tensões raciais e maximizar a capacidade das pessoas de tolerar a diferença e se dar bem. Um enfoque de justiça racial aborda, principalmente, as causas da desigualdade e as soluções e estratégias para a produção de equidade.
Como funciona a composição do Fundo Patrimonial?
Para cada R$ 1,00 captado em território nacional, a Fundação Kellogg doa outros R$ 3,00. E, para cada R$ 1 captado no exterior, a mesma fundação doa outros R$ 2 – até que se alcance a meta de US$ 25 milhões. O objetivo é que esse valor arrecadado fique em uma espécie de poupança, de modo que, ao longo dos anos, seja possível financiar, com os rendimentos, projetos de organizações da sociedade civil afro-brasileira e/ou que contribuam para a causa da equidade racial a longo prazo. Grande parte dos esforços estão concentrados na captação de recursos para que isso ocorra no menor tempo possível.
Como o Fundo Baobá seleciona os projetos que apoia?
Prioritariamente por meio de editais e chamamentos públicos com indicadores e critérios de seleção específicos.
Quais são temas prioritários de investimento do Fundo Baobá?
Estamos em um processo de consolidação e expansão de nossos investimentos. Temos 4 eixos prioritários: educação, desenvolvimento econômico, comunicação e memória, vida com dignidade. No eixo viver com dignidade apoiamos projetos de promoção à saúde da população negra e qualidade de vida; prevenção e atenção às vítimas de violência; exercício da sexualidade e dos direitos reprodutivos; acesso à terra, à infraestrutura em comunidades rurais e urbanas (água, luz, esgoto, asfaltamento, etc.); prevenção e atenção à vítimas de racismo religioso. No eixo educação apoiamos projetos que promovam ampliação das possibilidades de educação formal e não formal; livre formação política, incidência em espaços de poder e controle social; enfrentamento ao racismo no espaço escolar; ampliação das habilidades socioemocionais e construção de projetos de vida entre adolescentes; formação avançada em universidades do exterior/; ou mesmo inovação na área de ciência e tecnologia. No eixo de comunicação e memória o Fundo apoia projetos de valorização e difusão de bens culturais materiais e simbólicos (produção artística – música, dança, canto, literatura etc.; práticas culturais tradicionais e inovadoras); mídia negra. No eixo de desenvolvimento econômico a centralidade dos investimentos está em iniciativas que visem a melhoria das condições socioeconômicas da população negra; e o empreendedorismo.
Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco
O Baobá: Fundo para Equidade Racial é o primeiro e único fundo dedicado, exclusivamente, à promoção da equidade racial para a população negra no Brasil.
Mediante apoio financeiro, técnico e institucional, o Fundo Baobá investirá em organizações da sociedade civil, grupos e coletivos liderados por mulheres negras e em lideranças femininas negras. Com o Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, previsto para acontecer ao longo de cinco anos, o Fundo espera que as mulheres negras apoiadas tenham mais subsídios para acessar espaços de tomada de decisão, mobilizar mais pessoas para a luta antirracista, por justiça, equidade social e racial e transformar o mundo a partir de suas experiências.
O Programa é o resultado da parceria entre Baobá – Fundo para Equidade Racial, Fundação Kellogg, Instituto Ibirapitanga, Fundação Ford e Open Society Foundations.
Quem pode participar?
No edital “Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras”, podem participar mulheres negras ativistas ou com perfil técnico, cis, trans, residentes no Brasil, de áreas urbanas ou rurais, de qualquer faixa etária a partir de 18 anos, diversos níveis de escolaridade ou filiação religiosa, residentes no Brasil.
No edital “Fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos de mulheres negras”, podem participar organizações, coletivos e grupos de mulheres negras, que residam no Brasil e tenham 18 anos e mais.
Editais, como se inscrever?
As inscrições para o edital de apoio individual intitulado “Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras” , encerraram-se no dia 18 de outubro de 2019, 23h59min, horário de Brasília.
O edital de apoio à organizações, grupos e coletivos “Fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos de mulheres negras”, teve suas inscrições encerradas no dia 25 de outubro de 2019, 23h59min, horário de Brasília.
Só serão aceitas propostas cadastradas por meio do aplicativo do Fundo Baobá, clique aqui para acessar.
Não se esqueça de fazer o download também do manual de instalação e preenchimento do aplicativo.
Divulgação dos Resultados
Os projetos selecionados para os 2 editais, “Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras” e “Fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos de mulheres negras”, serão divulgados no dia 10 de dezembro de 2019 em todos os canais oficiais da organização.
Gravação dos webinários
Nos dias 07 e 08 de outubro de 2019, fizemos uma conversa ao vivo mostrando o passo a passo de inscrição e respondendo dúvidas das interessadas em participar dos dois editais do Programa. Para você que não pôde participar, disponibilizamos os links abaixo.
Conversa sobre o edital “Fortalecimento de capacidades de organizações, grupos e coletivos de mulheres negras”
Conversa sobre o edital “Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras”
Dúvidas?
Acesse nossa página de perguntas e respostas sobre o edital.
Troca de experiências sobre meninas e mulheres nas Ciências
Projeto promove encontro entre estudantes do ensino médio e pesquisadoras para discutir a participação das mulheres em carreiras nas Ciências.
O Investiga Menina, projeto financiado pelo Fundo Baobá, por meio do Edital Negras Potências, promoveu, em 15 de março, um encontro presencial entre as estudantes do ensino médio e pesquisadoras negras. Essa é a 4ª edição do projeto, que acontece na cidade de Goiânia (Goiás) e impacta diretamente, 150 alunas/os do Colégio Estadual Solon Amaral.
Clarissa Alves Bernardes, 17 anos, relata que o projeto Investiga Menina trouxe para ela uma nova perspectiva para encarar a realidade. “Com as aulas ministradas e as conversas que tivemos, consegui me encontrar como uma mulher que sonha produzir Ciências. Com a ajuda do Investiga Menina, mantenho esse sonho vivo dentro de mim. Antes de ser apresentada ao projeto, confesso que estava confusa quanto ao meu futuro, entretanto após o projeto posso afirmar, com toda certeza, que a carreira científica é o que quero para mim”.
As beneficiárias do Investiga Menina são jovens como Clarissa, estudantes do ensino médio e também integrantes e participantes do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado.
O projeto existe desde 2016, está na 4ª edição e com o apoio do Negras Potências vai até o mês de agosto de 2019. A iniciativa é da professora de química, Anna Maria Canavarro Benite, vinculada a Universidade Federal de Goiás (UFG), doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidenta da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN).
Segundo Anna Maria não se discute a produção de mulheres em sala de aula, muito menos as influências dessas produções para a sociedade. E, quando o recorte é racial, não se tem notícias em currículo oficial ou material didático, sobre qualquer mulher negra brasileira cuja contribuição seja celebrada no mundo acadêmico.
O projeto surge da parceria entre o Laboratório de Pesquisa em Educação Química e Inclusão – LPEQI-UFG e o Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, e atua na aproximação entre as estudantes e as práticas científicas por meio de ações direcionadas em laboratórios de química. O projeto visibiliza as práticas, as pesquisas e as histórias de vida realizando entrevistas com as cientistas brasileiras, possibilitando que elas visitem a escola parceira, destacando as suas contribuições e inspirando estudantes do ensino médio a seguirem as carreiras das exatas e científicas.
O apoio ao projeto, liderado pela professora de química, está ancorado na missão estratégica do Fundo Baobá para equidade racial, na medida em que o direito à educação de qualidade é um dos eixos estratégicos de atuação do Fundo. O investimento no projeto Investiga Menina se dá por meio do edital Negras Potências. O investimento do Fundo Baobá em educação está alinhado com o Programa de Ação da Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial e Intolerâncias Correlatas (2001) que reitera a importância do reconhecimento das contribuições culturais, econômicas, políticas e científicas feitas por africanos e afrodescendentes e com a Agenda Global de Desenvolvimento Sustentável onde, em 2015, os países se comprometeram a alcançar uma série de metas, entre elas, assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos e todas.
Saiba mais:
Dia 28 de abril é comemorado o Dia Internacional da Educação, essa data foi escolhida, pois foi exatamente nesse dia que terminava o Fórum Mundial de Educação, realizado em Dakar, no Senegal, no ano 2000. A data é lembrada como uma oportunidade de reflexão entre educadores, alunos e pais sobre a qualidade de ensino oferecido e a importância dos valores educacionais para a formação de crianças, adolescentes e adultos.
Os países que compõem a Organização das Nações Unidas (ONU) definiram, em 2015, uma agenda de desenvolvimento sustentável composta por 17 objetivos, conhecidos como Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), que devem ser implementados por todos os países do mundo até 2030. Para a conexão entre ciência e mulheres destacamos os: o ODS 4 Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, em especial a meta 4.5 eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade e o ODS 5 Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, na meta 5.b Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres.
Imagem: Alunas/os do Colégio Estadual Solon Amaral
Programa Marielle Franco de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras
Apresentando o Programa
Na contribuição da construção de uma sociedade mais justa e equânime para todas e todos, o Fundo Baobá em parceria com a Ford Foundation, Open Society Foundations, Instituto Ibirapitanga e a W.K. Kellogg Foundation, apresenta as diretivas do Programa Marielle Franco de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras.
O “Programa Marielle Franco de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras”, foi concebido para ampliar a participação e consolidar mulheres negras em posições de poder e influência, através de investimento em suas formações políticas e técnicas.
Os resultados imediatos esperados pelo Programa são em duas frentes:
1- Organizações, coletivos e grupos de mulheres fortalecidos em suas capacidades, atuando em redes e potencializando a liderança de mulheres negras;
2- Lideranças negras fortalecidas em suas capacidades políticas e técnicas e atuando em espaços de poder na sociedade civil organizada, no setor privado ou público governamental.
Para que os resultados sejam alcançados, o Programa empenhará esforços técnicos, políticos e financeiros para ampliar e aprimorar capacidades, conhecimentos e habilidades individuais ou institucionais, priorizando os investimentos em:
1- Reforço de capacidades das organizações, coletivos e grupos de mulheres negras;
2- Formação política e técnica de lideranças femininas negras que já atuam em diferentes áreas, setores e territórios, de modo institucionalizado ou não.
O Programa terá 5 anos de duração e suas principais proposições são:
1- Acelerar o desenvolvimento político e técnico de lideranças femininas negras de diferentes idades, orientações sexuais e identidades de gênero, residentes em diferentes estados da federação, nas zonas urbanas e rurais, nas periferias ou nas regiões centrais, e que atuem em diferentes áreas e setores;
2- Fomentar atividades de educação entre pares e atividades colaborativas conduzidas pelas lideranças apoiadas pelo Programa, para compartilhamento de conhecimentos, boas práticas e lições aprendidas
3- Contribuir para que essas mulheres líderes sejam reconhecidas como agentes de mudança;
4- Inserir lideranças com perfil técnico em posições de influência ou tomada de decisão;
5- Fortalecer capacidades de organizações, coletivos e grupos de diferentes regiões do país;
6- Instituir espaços permanentes para intercâmbio;
7- Estimular as ações em rede;
8- Realizar ações de comunicação e mobilização social.
Das lideranças femininas negras apoiadas pelo Programa, espera-se que elas desenvolvam ou aprimorem:
1- a percepção do momento histórico, a consciência e criticidade para ler as circunstâncias, os contextos e dinâmicas territoriais em que vivem;
2- habilidades extras de relacionamento que levem a persuasão de um amplo grupo, com vistas a efetivação de transformações políticas, econômicas e sociais;
3- a desenvoltura política que lhes permitam ocupar espaços estratégicos em organizações de grande e pequeno portes, locais, nacionais ou internacionais, no setor privado, em instituições públicas governamentais atuando de modo diferente, ousado, criativo e inovador, em busca de objetivos coletivos e explorando da melhor forma suas capacidades técnicas e de liderança.
A sociedade brasileira ainda não reconhece a mulher negra como agente de desenvolvimento social, político, econômico, científico, cultural e ambiental, sendo assim, o principal desafio a ser enfrentado pelo Programa é contribuir para que as mulheres negras, em sua diversidade, consolidem-se como lideranças políticas e ocupem espaços e posições de poder simbólico e material seja em espaços comunitários, sindicatos, associações, coletivos não governamentais organizados; no setor privado; ou mesmo nas estruturas formais do Estado (poderes Executivo, Legislativo, Judiciário), em diferentes setores e áreas de atuação.
Números e estatísticas que justificam o Programa
O último censo demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, revelou que a população negra (pessoas autodeclaradas pretas ou pardas) residente no país é de 50,7% (7,6% pretas e 43,1% pardas) e dentro desse número, 53% é composto por mulheres negras.
Nas estatísticas de gênero do IBGE, as desigualdades raciais existem e persistem, onde a taxa de conclusão do ensino superior na faixa etária de 27 a 30 anos foi de 26,5/1000 para homens brancos, 31,6/1000 para mulheres brancas, 9,4/1000 para homens negros e 14,6/1000 para mulheres negras.
No universo acadêmico a proporção de bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que se identificou como negra não chegou a 30%, no período de 2013 a 2017. 35% das bolsas concedidas nas Ciências Exatas e da Terra ou Engenharias são destinadas às mulheres, dentre as bolsistas, somente 26% são negras. Mulheres Negras com doutorado correspondem a 3% do total de docentes da pós graduação. Já as mulheres brancas com a mesma escolaridade na docência da pós são pouco mais de 10 mil ou 19% do total de 53.995 professores nos cursos de doutorado, mestrado e especialização.
Ainda segundo o IBGE, em 2016 a participação proporcional de mulheres em cargos gerenciais correspondia a 39,1% do total, entre as 3.527.000 mulheres que ocupavam estes cargos, 2.511.000 eram brancas e 962.000 eram negras. Em 2017 contabilizou-se 28 cargos ministeriais no governo, dos quais 7,1% eram ocupados por mulheres.
Quando o tema é participação política, das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados, 54 eram ocupadas por mulheres e no Senado eram 13, num universo de 81.
De acordo com levantamento feito pela plataforma Mulheres Negras Decidem, em 2014, apenas 2,5% das despesas de todos os candidatos ao legislativo estava relacionada a candidaturas de mulheres negras, como consequência direta a elegibilidade total neste grupo foi de apenas 1,6%.
A disparidade é tão contundente que somente em 2016, o Senado brasileiro construiu o primeiro banheiro feminino do plenário, até a data, as parlamentares usavam o do restaurante anexo disponível desde 1979, quando a primeira senadora foi eleita. Esse “detalhe” é somente um indicativo de que o local e – logo, a política – não eram pensados para as mulheres os ocupassem.
O setor privado não apresenta números diferentes. Segundo levantamento do Instituto Ethos feito junto às 500 maiores empresas que atuam no país, apenas 4,7% dos cargos executivos são ocupados por negros; 6,3% dos gerenciais; e 35,7% da folha funcional. Dentre estes, a minoria quase absoluta é composta por mulheres. A revista Forbes, em sua edição de novembro de 2017 elegeu 40 mulheres poderosas, seja por terem recuperado grandes organizações, porque as administram ou porque formam opiniões, ditam moda e inspiram atitudes, dentre elas apenas 1 era negra.
Na Revista Fortune de 2018, dos 500 CEOs eleitos, apenas 24 eram mulheres, ou seja, menos de 5% da lista, das 24 mulheres, somente 2 eram não-brancas e na lista não há nenhuma mulher negra.
De acordo com dados divulgados durante o Fórum Econômico Mundial (2018), existe uma diferença econômica de 58% entre homens e mulheres e vai levar 217 anos para que mulheres tenham o mesmo salário que os homens e alcancem assim representatividade igualitária no mercado de trabalho. O cálculo é feito medindo a quantidade de homens e mulheres que participam da força de trabalho, seus rendimentos e o progresso no trabalho de acordo com os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As mulheres negras lutam desde as primeiras décadas por plena participação política, pelo direito de votar e pela efetividade ao direito de ser a ser votada, como fazia questão de destacar Antonieta de Barros, primeira mulher negra eleita como deputada, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (1934/1937).
O que começou com Antonieta de Barros, certamente não se encerrou em Marielle Franco, ao ter sua vida arrancada de forma extremamente violenta. Nas eleições de 2018, foram eleitas, as mulheres negras: Benedita da Silva (Deputada Federal pelo Rio de Janeiro); Leci Brandão (Deputada Estadual por São Paulo); Olivia Santana (Deputada Estadual pela Bahia); Renata Souza (Deputada Estadual pelo Rio de Janeiro); Dani Monteiro (Deputada Estadual pelo Rio de Janeiro); Mônica Francisco (Deputada Estadual pelo Rio de Janeiro); Talíria Petrone (Deputada Federal pelo Rio de Janeiro); Áurea Carolina (Deputada Federal por Minas Gerais); Leninha (Deputada Estadual por Minas Gerais); Érica Malunguinho (primeira mulher trans Deputada Estadual por São Paulo); Robeyoncé Lima (primeira mulher trans Deputada Estadual por Pernambuco) e Andreia de Jesus (Deputada Estadual por Minas Gerais).
O Programa Marielle Franco de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras é a busca de uma paridade real, em todos os lugares, instituições, organizações, sindicatos, empresas privadas e públicas, organismos internacionais, estruturas formais do Estado (Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário) e coletivos, para que cada vez mais, as vozes, as falas, e a produção intelectual das mulheres negras em papel de liderança sejam ouvidas, percebidas e reconhecidas nos espaços onde o poder simbólico e material é exercido.
O Programa foi concebido e será implementado para que mais mulheres negras quebrem o “teto de vidro” e possam fazer das suas capacidades de organização e liderança pontes para que cada vez menos mulheres negras fiquem para trás.
“Das mulheres negras apoiadas pelo Programa espera-se que a busca pela equidade racial seja primazia em todo e qualquer lugar que venham ocupar, sendo o Programa não um formador, mas sim um otimizador na aceleração do desenvolvimento e ampliação de suas capacidades. Em suas comunidades, organizações, coletivos, grupos, movimentos e instituições, estas mulheres já lideram. Nosso esforço é para e que elas possam ir além”, destaca Fernanda Lopes, Diretora de Programa do Fundo Baobá.
O cronograma com as principais atividades do ano 1 do Programa serão apresentados ainda no mês de março de 2019, e as ações propriamente ditas terão início no segundo semestre.
Em parceria, o Instituto Ibirapitanga, Ford Foundation e Open Society Foundation doaram o total de recursos financeiros que correspondem a U$ 3,000,000, para a realização do Programa Marielle Franco de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras. Este recurso foi potencializado em função da nossa parceria estabelecida com a W.K. Kellogg Foundation, que prevê a obtenção de contrapartidas para recursos arrecadados pelo Fundo Baobá, onde haverá contrapartida conhecida como matchfunding (3 para 1 em caso de doações nacionais e 2 para 1 em caso de doações internacionais). Neste caso a alavancagem total foi de U$ 7.000,00, sendo que, 50% ou seja U$ 3,500,000, serão aplicados no desenvolvimento do Programa e operacionalização institucional e a outra metade dos recursos doados pela W.K. Kellogg Foundation que correspondem a U$ 3,500,000, irão compor o fundo patrimonial da instituição, visando a formação de um mecanismo financeiro que gere sustentabilidade em médio e longo prazos.
“Essa é uma parceria importantíssima. A coalizão de 4 fundações na luta em prol da equidade racial é uma resposta contundente, acerca da relevância e urgência para a pauta da equidade racial no Brasil. Ver a mobilização de novos atores para o campo das relações raciais, a fim de contribuir para a eliminação do racismo e iniquidades históricas que afetam majoritariamente a população negra, nos dá a certeza que este movimento de parceria será observado como uma boa prática e irá gerar novos doadores interessados em se aliar ao Fundo Baobá, para juntos construirmos um país mais justo e equânime”, afirma Selma Moreira, Diretora executiva do Fundo Baobá.
Quem foi Marielle Franco
Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco) era mulher negra, mãe, socióloga formada pela PUC-Rio, onde ingressou através do Programa Universidade para Todos (Prouni), com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense(UFF) com o tema “UPP: a redução da favela em três letras”, em sua primeira disputa eleitoral foi a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro em 2016, com 46.502 votos, coordenava a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, presidiu a Comissão permanente de Defesa da Mulher também na Alerj, era uma dos quatro relatores da comissão que monitorava a intervenção federal na segurança pública do estado, trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm), com temas de cultura e educação através de três eixos: raça, gênero e cidade.
Iniciou sua militância em Direitos Humanos após ingressar no pré vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, na ‘guerra às drogas’ no Complexo da Maré.
Era mãe de Luyara dos Santos, 19 anos e esposa de Mônica Benício.
Marielle Franco foi assassinada aos 38 anos, dentro do seu carro, na noite de 14 de março de 2018 no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, após sair de encontro de mulheres negras intitulado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”. Além da vereadora, Anderson Pedro Gomes, motorista do veículo, também foi baleado e veio a falecer.
Para além de toda a repercussão nacional, o assassinato de Marielle Franco ganhou eco fora do Brasil, jornais como The New York Time, The Washington Post, The Guardian e a rede ABC News noticiaram o caso.
Até a data presente (08/02/2019), quase 11 meses após o seu assassinato, os culpados ainda não foram apontados.
Edital: A Cidade Que Queremos
A Cidade Que Queremos.
A chamada para a apresentação de projetos está direcionada para grupos e organizações Pró Equidade Racial com projetos que visem fomentar e desenvolver cidades mais inclusivas e justas para todas e todos.
O edital é exclusivo para as regiões metropolitanas do Nordeste Brasileiro (Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe) e em especial para a cidade do Recife e região metropolitana (Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno e Itapissuma).
A chamada tem como objetivo: Apoiar organizações pequenas e médias da sociedade civil (OSCs) afro-brasileiras que desenvolvem e implementem iniciativas inspiradoras voltadas para a participação cidadã, estimulando discussões e atividades na perspectiva do Direito à Cidade, com intuito de reduzir as práticas do Racismo Estrutural e Institucional.
Para conhecer mais detalhes e submeter o seu projeto, acesse: https://prosas.com.br/editais/3780
Veja o resultado Edital “Cultura Negra em Foco”, parceria do Fundo Baobá com a Coca-Cola Brasil!
Edital “Cultura Negra em Foco” recebeu 900 propostas entre os mais variados temas.
Lançado em janeiro deste ano, o Edital “Cultura Negra em Foco” teve como objetivo selecionar organizações com ou sem fins lucrativos que desenvolvam projetos inovadores na divulgação da cultura e da identidade negras no Brasil.
Ao todo serão destinados R$ 400 mil a dez iniciativas escolhidas pela Comissão de Seleção, formada por representantes indicados pela Coca-Cola Brasil e pelo Fundo Baobá, com base em critérios como: capacidade de promover a cultura e a identidade negra, a presença de afrodescendentes na coordenação e no desenvolvimento dos projetos, o alcance do impacto dos recursos, inovação e sustentabilidade.
O tema que mais recebeu proposta foi Audiovisual. Já os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia foram os que tiveram o maior número de propostas inscritas.
As organizações selecionadas no Edital “Cultura Negra em Foco” foram:
Associação Artística Nóis de Teatro – CE
Associação Burlantins – MG
Associação Comunitária Assentamento Gurugi II – PB
Associação Move Cultura – MG
Casa Preta – PA
Crespinhos S.A.– RJ
Bantu Cultural – SP
Black Brazil Art – RS
Fazendo Milagres Cineclube – PE
Kbra Produções Artísticas – RJ
Parabéns! O Fundo Baobá entrará em contato com as organizações.
Ao longo do mês de julho falaremos sobre cada projeto para que todos e todas possam conhecer um pouco mais cada iniciativa.
E fiquem de olho nas notícias de nosso site e em nossas redes sociais.
Adiamento do resultado do edital
O Fundo Baobá e a Coca-Cola Brasil agradecem a todos e a todas que demonstraram interesse e enviaram propostas ao edital “Cultura Negra em Foco”.
A chamada foi um enorme sucesso que resultou no recebimento de mais de 900 propostas. Como prezamos por um processo seletivo rigoroso, precisaremos dedicar um tempo maior do que o previsto para a análise do conjunto de propostas recebidas.
Diante disso, o resultado do processo seletivo será adiado para o dia 30 de junho de 2016. As organizações selecionadas serão contatadas por e-mail ou telefone e seus nomes serão divulgados nas mídias sociais do Fundo Baobá.