Eric Ribeiro: da curiosidade infantil aos sonhos aeroespaciais

Natural de Caieiras, em São Paulo, Eric Ribeiro atualmente cursa Engenharia Aeroespacial na University of Notre Dame, nos Estados Unidos. Aos 19 anos, ele foi um dos selecionados da primeira edição do programa de bolsa de estudos de graduação para estudantes negros do Fundo Baobá, o Black STEM — iniciativa que apoia a presença e a permanência de pessoas negras nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) em universidades internacionais.

Na fotografia, Eric Ribeiro que atualmente cursa Engenharia Aeroespacial na University of Notre Dame, nos Estados Unidos. Aos 19 anos, ele foi um dos selecionados da primeira edição do programa de bolsa de estudos de graduação para estudantes negros do Fundo Baobá, o Black STEM, é
um homem negro jovem aparece sorrindo enquanto fala ao microfone. Ele usa óculos de armação redonda, camisa branca e calça em tom verde oliva. Sobre os ombros, está com um suéter bege, criando um visual elegante e descontraído. Ele está sentado em uma cadeira branca, participando de um painel ou mesa de conversa em ambiente institucional, com fundo azul e telão ao fundo. Sua expressão transmite entusiasmo e segurança, em um momento de partilha e escuta ativa.
Eric Ribeiro, no evento de boas-vindas do Edital Black STEM 2024.

“Desde pequeno, sempre fui apaixonado por máquinas. Foi assim que aprendi a ler, pois queria entender sobre ônibus e carros. Com o tempo, essa curiosidade se voltou para aviões e foguetes. Eu conseguia identificar qualquer avião que passasse no céu. Essa paixão persiste e se transformou no motor que me move até hoje: estudar engenharia aeroespacial”, afirma.

Mergulhado nos estudos, ele transforma a curiosidade da infância em projetos inovadores. Entre cálculos complexos, simulações e projetos de foguetes, destaca-se por sua dedicação e desejo de contribuir com o futuro da aviação e da exploração espacial.

O estudante conheceu o programa de bolsas por meio de uma amiga, que compartilhou a oportunidade. Como já havia sido aprovado na universidade, ele não hesitou em se inscrever. Hoje, a bolsa oferecida pelo Fundo Baobá, em parceria com a B3 Social, garante a estabilidade financeira necessária para que Eric possa se dedicar integralmente aos estudos e à vida acadêmica. Isso também permite que ele participe com mais liberdade de atividades extracurriculares, sem a necessidade de buscar outras fontes de renda durante o semestre.

Nova edição do programa amplia oportunidades

A diretora de Programa do Fundo Baobá, Fernanda Lopes, destaca a importância da iniciativa:

“A presença negra na ciência é relevante para a humanidade. Por isso afirmamos que o Black STEM não é ‘apenas’ um programa de bolsas complementares para apoiar a permanência de estudantes negros em cursos de graduação completa em instituições estrangeiras. Ele é a recuperação da memória das contribuições negras para a ciência e tecnologia mundial.” Ela reitera que, no futuro, grandes descobertas e avanços também poderão ser protagonizados por pessoas negras.

A segunda edição do Programa Black STEM foi lançada em 27 de março e oferecerá três bolsas complementares de R$ 35 mil a estudantes negros aprovados em cursos de graduação no exterior na área de STEM. As inscrições estão abertas até 30 de abril.

Eric deixa uma mensagem para outras pessoas estudantes que também querem estudar no exterior:

“Quando você sonha por você, você também sonha por todos que vieram antes e por aqueles que ainda virão. E quando você realiza, nós todos — eu, você e milhares de jovens negros periféricos — realizamos juntos”, afirma.

Para mais informações sobre a segunda edição do Black STEM, acesse:
https://bit.ly/BS-2edicao