Hoje alcancei uma posição de Engenheira de Software em uma multinacional, trabalhando diretamente com um cliente internacional de grande porte e recebendo um salário 3.5 vezes maior do que quando iniciei o programa de aceleração. O maior aprendizado foi me descobrir flexível e determinada.

Com a visibilidade do projeto racismo e as interfaces com a violência doméstica na saúde, que é parte do PDI realizado pela aceleração do Baobá, fui indicada para dar aula na Faculdade e hoje faço parte do corpo docente da Faculdade Integradas de Ciências humanas Saúde e Educação de Guarulhos nos cursos de Psicologia e Fisioterapia com as disciplinas Psicologia gênero e Violência e Psicologia Aplicada Saúde, e também fui ganhadora do prêmio ViVa 2020.

Quando olho para o ano de 2020 de vejo o quanto o instituto caminhou para se tornar a organização que somos hoje e a líder que sou hoje, me encho de orgulho. Vejo o quanto evoluímos juntos, eu e o instituto. Foram meses de muito estudo e dedicação. Meses vendo e aprendendo o quanto eu sou capaz de liderar, evoluir e ainda inspirar outras mulheres e pessoas que acreditam na gente.

Quando olho para o ano de 2020 de vejo o quanto o instituto caminhou para se tornar a organização que somos hoje e a líder que sou hoje, me encho de orgulho. Vejo o quanto evoluímos juntos, eu e o instituto. Foram meses de muito estudo e dedicação. Meses vendo e aprendendo o quanto eu sou capaz de liderar, evoluir e ainda inspirar outras mulheres e pessoas que acreditam na gente.”​

Depois da minha entrada no programa passe a refletir mais sobre meu papel como liderança negra. Conhecer as mulheres do programa me fez a admirar ainda mais minha história de vida e ancestralidade. O autoconhecimento e a valorização da educação fazem parte dos resultados alcançados. Percebo que estou muito mais flexível e promovendo escutas qualificadas não apenas no meu ambiente de trabalho, mas também nas minhas relações intrafamiliares.

Durante o desenvolvimento do projeto formei mais 500 profissionais diretamente no tema do projeto, desenvolvi e assessorei importantes organizações na temática com o Canal Futura e a Fundação Demócrito Rocha. Dentre os principais resultados: o desenvolvimento de ferramentas pessoais de cuidado para o trato com a temática que toca em traumas, a expansão da rede de relações e o desenvolvimento de novas abordagens do tema. Aprendi a equilibrar o movimento entre contribuir com a luta e me nutrir para a vida e para estar bem.

Entre os resultados esperados posso assegurar que em alguma medida todos foram alcançados, uma vez que, ingressei no mestrado acadêmico em universidade pública (UNB); mudei de emprego e fui contratada pelas Nações Unidas para atuar no Eixo Socioeducativo do programa Fazendo Justiça para trabalhar no Conselho Nacional de Justiça.

No meu trabalho, realizei atividades de sensibilização e de formação de gestores públicos e organizações de produtores rurais sobre a transversalidade de temas diversos, como gênero e raça, nos temas de trabalho escravo e de trabalho infantil. impulsionei novos debates, projetos e ações estratégicas e ainda inserir a temática racial em vários espaços onde a temática era invisibilizada ou não era devidamente pautada.

Me tornei referência como mulher negra na luta pelo direito à moradia, na minha comunidade e junto a outros parceiros e instituições [...]. Consegui me desenvolver enquanto mobilizadora de recursos, conseguindo financiamento de diversas instituições para o meu coletivo, conseguindo dar sustentabilidade e continuidade às nossas ações mesmo depois que encerrou o financiamento do Fundo Baobá.

O Programa Marielle Franco de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negra transformou a minha subjetividade de modo a possibilitar sonhos e a realização desses sonhos. Nós, mulheres negras, fomos impedidas de sonhar e pude concretizar sonhos através do financiamento com ações importantes para luta contra o racismo religioso. O meu PDI englobou múltiplas dimensões da minha atuação política, incluindo a dimensão psicológica, subjetiva, política e social.

Hoje consigo participar de pautas inclusive nacionais onde me enxergam como uma liderança de impacto podendo assim levar o nome da minha comunidade a lugares antes inalcançáveis. [...]Fui convidada pra coordenar o setor de redes sociais da Cufa Brasil, o que amplifica meus conhecimentos na area de comunicação, além disso faço parte de um grupo de influenciadoras negras e também fui co-autora de um livro que brevemente será lançado.

Consegui montar um home estúdio itinerante, ampliei redes, conheci outros produtores, produtoras, estabeleci novas parcerias, dei início a um novo empreendimento voltado para produção musical e inclusão de mulheres negras e indígenas cis e trans na área do áudio e tecnologia.

Elenquei como objetivo incrementar meu currículo, adquirir formação e criar o 1º jornal antirracista de Alagoas, buscando conformar uma discussão permanente sobre mídia negra e um grupo comprometido com essa pauta.[...]Comecei cursos de profissionalização na área da comunicação, consegui formar um grupo interessado na discussão sobre jornalismo negro e criei o jornal junto com esse grupo.

Alcancei uma estabilidade maior na minha carreira e mais credibilidade para compartilhar conteúdos sobre afrofuturismo [...]. A partir dos workshops e troca de vivências com outras líderes, percebi que para fortalecer a comunidade é necessário investir em si mesma.   Investi muito em hardwares e estrutura para o home office, o que me ajudou muito a enfrentar as mudanças do mundo em situação pandêmica.