PROJETOS APOIADOS

NEGRAS POTÊNCIAS

A partir do Negras Potências, o Fundo Baobá para Equidade Racial e parceiros buscaram construir um mecanismo diferente de investimento social privado em organizações negras.

Lançado em fevereiro de 2018, o edital apoiou iniciativas e soluções de impacto que contribuem para o empoderamento de meninas e mulheres negras e que ajudam na visibilidade de agentes da sociedade civil que estão pensando e produzindo para a mudança no cenário nacional, focados na redução das desigualdades raciais e sociais.

16 iniciativas selecionadas receberam suporte e orientação da Benfeitoria para lançarem suas respectivas campanhas de financiamento coletivo. Para cada R$ 1 arrecadado através de apoiadores/ as individuais, o Movimento Coletivo contribui com mais R$ 2, até que a meta mínima – entre R$10 mil e R$100 mil – do projeto fosse atingida. Um terço do valor deveria ser captado via financiamento coletivo e os dois terços restantes sairiam do fundo do Movimento Coletivo. Caso o projeto atingisse a meta, o/a realizador/a receberia todo o recurso e entregaria as recompensas a s pessoas que colaboraram. Caso contrário, todo o valor seria estornado aos apoiadores. 13 iniciativas atingiram a meta e realizaram seus projetos. Contaram com mais de 1.200 apoiadores que fizeram com que as iniciativas de fortalecimento da luta de meninas e mulheres negras saísse do papel.

Esse edital teve apoio da Benfeitoria, Instituto Coca-Cola Brasil e Movimento Coletivo.

O projeto desenvolveu ações voltadas para a transmissão de conhecimento de ferramentas de gestão e alavancagem de negócios como Marketing Digital e Modelagem de Negócios para mulheres negras, empreendedoras em diversas fases da vida, da juventude até a maioridade. Buscou a democratização do ensino de tecnologias a partir do uso de uma metodologia própria, cujo processo foi impulsionado pelo edital.

“É muito bom sermos amparadas por um Fundo de apoio a projetos e iniciativas em prol da equidade racial e que tem como um dos seus eixos centrais, o apoio às mulheres negras, que trata os projetos com a dignidade, atenção e profissionalismo necessários” Nina Silva, idealizadora
“Com o Movimento, a gente desenvolve senso de comunidade, de identidade e de consumo intencional. É muito importante termos projetos como esse para nos lembrar que é possível viver com dignidade, é possível resgatar nossa humanidade e realeza, mesmo depois de anos vivendo como escravizados. Receber investimentos nos faz alcançar escala para o Projeto. Dessa forma, mais vidas negras são impactadas” Simara Conceição, monitora de marketing digital do projeto, aluna de modelagem de negócios, tornou-se programadora após o curso realizado pelo projeto.

O projeto buscou fortalecer as habilidades empresariais de mulheres negras a partir de um processo de autoconhecimento voltado para o aprimoramento da sua capacidade decisória. O Projeto Afrolab evoluiu e possibilitou o desenvolvimento de uma metodologia própria, pautada nos saberes ancestrais da população negra, cocriada por muitas mãos, além da possibilidade de escala e replicabilidade em formato de franquia social, abertura de novos mercados para escoamento da produção e atuação em rede.

O projeto impactou diretamente mais de 100 famílias de diferentes lugares do país.

“Tudo começa com o processo de autoconhecimento. Para que os empreendedores possam trazer autenticidade para cada produto, é preciso que saibam quem são, quais são as histórias de potência da população negra no Brasil. No final, todos têm a chance de refletir sobre a própria vocação e como isso pode fortalecer a produção. A partir daí, cria-se um plano estratégico de sustentação para o negócio. O Afrolab atua nesse cenário, apoiando esses projetos de empreendedorismo” Adriana Barbosa, uma das criadoras da metodologia do projeto.
“Muito do projeto é reflexo das dificuldades que vivemos no mercado de trabalho por sermos mulheres negras. Essas adversidades nos geraram incômodos tão fortes que decidimos trabalhar para que outras mulheres negras não precisassem passar o que passamos e tivessem mais autonomia para escolher sobre suas carreiras”
“O Fundo Baobá possibilitou encontros com outras iniciativas que foram selecionadas e isso gerou momentos riquíssimos de trocas para nós.”
“Consideramos que o suporte do Fundo Baobá para o nosso aprendizado, desenvolvimento e independência como coletivo. (…). Agora temos consciência de como somos potentes e somos muito gratas pelo primeiro investimento que permitiu tirar nossas ideias do papel.” Gabriella Safe, uma das idealizadoras do projeto Afroricas.

O projeto nasceu para mostrar referências de profissionais negras realizadas com suas escolhas e que também vivem essa busca constante por desenvolvimento e evolução. Desenvolveu conteúdos gratuitos, didáticos, populares e atemporais (veiculados no Youtube e Instagram) sobre desenvolvimento profissional e pessoal para mulheres negras, trabalhando em parceria com outras iniciativas e instituições para a divulgação de oportunidades e ações afirmativas voltadas para esse grupo populacional.

Teve como proposta a inserção da identidade étnica e racial, de maneira positiva, no universo infantil feminino através de brinquedos, bonecas, que reflitam a estética negra. O projeto foi realizado em 12 escolas públicas, onde ocorreram contações de história e foram distribuídos gratuitamente 120 brinquedos. As atividades alcançaram 4366 crianças de Salvador e Lauro de Freitas/ BA.

“É muito importante quando a gente vê uma criança se reconhecer no brinquedo… ter outros modelos, que não o da pobreza, da violência, e saber que a pele negra, tão negada e excluída, também tem uma história linda” Georgia Nunes, idealizadora do projeto Amora Brinquedos Afirmativos (BA).
“O projeto Amora veio enriquecer, porque está ratificando a importância de afirmar a identidade da nossa cidade de Salvador. A maioria da nossa população é negra e a gente precisa ter consciência da nossa responsabilidade, da nossa identidade.” Noêmia Góes, coordenadora pedagógica da Escola Municipal Fonte do Capim, que recebeu o projeto.

O Projeto Casa das Pretas é uma atividade de grande alcance. Em dois anos alcançou diretamente em torno de 1000 pessoas – 99% de mulheres negras –, impactando a comunidade negra do Rio de Janeiro. O projeto visou o fortalecimento político e econômico das mulheres negras para impactar na redução das violências de gênero e na situação de desigualdade econômica experienciada por elas. Realizou atividades como oficinas de fomento à economia solidária; rodas de estudo e leitura sobre feminismo negro; cursos para desenvolvimento acadêmico (preparação para o mestrado e doutorado); cursos de dança e percussão; todos voltados para o público feminino negro. Observou-se o desenvolvimento de habilidades nos temas dos cursos: vídeo- -documentário, feminismo negro, percussão, danças africanas e desenho e grafite em mural.

“A Casa das Pretas está aberta a todos que estão/ são comprometidos com a luta antirracista e com defesa dos direitos humanos das mulheres negras”
“Tivemos sempre a casa lotada, com muitas mulheres ansiosas por conhecer, debater, fazer cursos, dançar, trabalhar a cultura. Foi um projeto que causou um grande impacto na cidade do Rio de Janeiro” Edmeire Exaltação, idealizadora.
“O espaço que dão para as mulheres pretas é incrível… Pude levar minha sobrinha e foi importante para mim, porque têm surgido diversas questões que não sei lidar e lá tive apoio e ensinamento a partir dos depoimentos de outras mulheres” Jéssica do Carmo, de 24 anos, participante dos encontros do Circuladô de Oyá (SP) na Uneafro” Jéssica do Carmo, de 24 anos, participante dos encontros do Circuladô de Oyá (SP) na Uneafro.

O projeto nasceu da necessidade de compreender os motivos que levam jovens negras a desistirem do cursinho pré-vestibular oferecido pela organização. Com o objetivo de fomentar a discussão da discriminação interseccional de gênero, raça e classe que atinge as mulheres negras, foram realizados encontros, em 29 dos 32 núcleos da Uneafro em 2019, e um encontro geral que reuniu 50 mulheres negras, em Mogi das Cruzes/SP. Ao todo, 540 estudantes e 35 coordenadoras de núcleos participaram das atividades do projeto. A expectativa para 2020 é que os encontros do Circuladô estejam no cronograma de todos os núcleos. Há também a proposta de um curso de formação permanente voltado para as jovens negras. Além de tornar possível a permanência das alunas nos cursinhos preparatórios, os encontros de formação nos Núcleos de Educação Popular da Uneafro Brasil têm como objetivo criar uma rede de fortalecimento que capacite e empodere as estudantes negras para a atuação política social nas comunidades e nas relações sociais.

O grafite e o hip hop são agentes de cultura e cidadania no projeto Cores do Amanhã, que atua há mais de dez anos na Comunidade do Totó, em Recife/PE. O espaço cultural atende crianças, jovens e adultos em mais de 20 oficinas culturais e esportivas, além de desenvolver um trabalho especificamente voltado para mulheres, focado no empoderamento e no combate à violência.

Em novembro de 2018 aconteceu o evento mais importante da instituição, o VII Encontro Cores Femininas, que reúne diversas artistas, grafiteiras e mulheres do hip hop de todo o país. Com a ajuda do edital, foi possível melhorar o espaço e adquirir materiais para os workshops e as vivências planejadas para o evento, que incluem troca de experiências, conscientização para o enfrentamento das várias formas de violência e para adquirir autonomia financeira.

As atividades ocorreram de forma muito positiva, com a participação média de 25 a 30 mulheres, porém com registro de momentos com até 50 mulheres. Houve a participação de uma jovem negra trans e a alegria de poder trocar experiências e fortalecer sua luta.

 Como resultado, as participantes das vivências continuam a se encontrar e se apoiam em situaçõ es cotidianas.

“É um projeto político, é uma arte política. A importância de ter só mulher preta na produção e no elenco, acho que fez toda a diferença. A relação interpessoal e o desenrolar também foi único.” Bárbara Assis, atriz e participante do documentário.
“Acredito que o documentário nos ajudou a protagonizar nossas narrativas…. Sem esse apoio o projeto não teria acontecido e não teria ganho o peso e a amplitude que ele ganhou (…). O Fundo foi a primeira instituição que nos concedeu recursos, que confiou no nosso trabalho. Precisou que um Fundo gerido por pessoas negras, preocupado com a luta antirracista, chegasse até nós e à nossa militância, para viabilizar esse projeto.” Quézia Lopes, criadora do documentário Corpos Invisíveis.

Corpos Invisíveis é um longa metragem que discute temas como racismo, seu aspecto estruturante das relações sociais no Brasil, da invisibilização e inviabilização das mulheres negras em uma sociedade machista. O documentário ouviu histórias de mulheres pretas e pardas e suas lutas contra o machismo, o sexismo e o racismo e possibilitou a discussão sobre formas, através da arte, de tirar a mulher negra da invisibilidade.

Realizado por 22 mulheres negras e para mulheres negras, o documentário teve bastante adesão e fomentou discussões acerca de questões humanitárias urgentes na sociedade: construção de narrativas, afetos, cura, sororidade e quilombagem. Desse modo, atestou a potência em se comunicar com meninas e mulheres negras. Todas as mulheres que ingressaram na equipe técnica do filme e no elenco relataram que se identificaram com as questões abordadas no roteiro do filme, seja em suas histórias de vida ou de suas mães e avós.

O projeto teve por objetivo o fomento de capacidades técnicas que possibilitaram a inserção de mulheres negras no mercado de trabalho, através de oficinas de costura. 10 mulheres negras em situação de vulnerabilidade social do bairro de Sarandi, em Porto Alegre/RS participaram das oficinas de corte e costura e customização, promovidas, durante 6 meses. Com a execução do projeto, a instituição ganhou mais visibilidade, ao ponto de criarem uma loja virtual de alcance nacional para divulgar os produtos.

“Não era só o apoio financeiro, era o apoio emocional que me faltava naquele momento. O projeto me salvou de um poço de dor profunda” Maria Lopes, participante das oficinas de corte e costura do projeto.
“O investimento foi de suma importância para realização do projeto, oportunizando a essas mulheres negras mostrarem suas potencialidades, para saberem que outro caminho é possível.” Vera Lúcia Cintra, diretora da ONG.
“Os trabalhos realizados através do edital colaboram com a constituição de novas modelagens para a atuação das Doulas dentro da atenção primária à Saúde. Muito do que se referencia sobre doulas tem um olhar sobre o trabalho de parto em si, com o suporte realizado neste momento” Morgana Eneile, que dirige a associação.

O projeto teve por objetivo promover o acesso à informação de qualidade sobre gestação, parto e puerpério, salientando a questão da violência obstétrica vivenciada por mulheres. O acompanhamento presencial por doulas para mulheres em situação de privação de liberdade também foi uma das ações realizadas. O projeto foi implementado nas Clínicas da Família na Zona Oeste do Rio de Janeiro, especificamente em Realengo, com a atuação em atividades coletivas de gestantes em atenção pré-natal. Ao mesmo tempo, foi articulada uma cooperação com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, através da Coordenação de Direitos da Mulher, para elaboração e publicação de uma cartilha de Direitos e um mecanismo de acompanhamento de denúncias. O projeto abriu outras portas para a instituição de mais construções para mulheres que não tinham oportunidade de acessar outras modelagens de atenção perinatal, baseadas em atividades coletivas.

Através da articulação com professoras e pesquisadoras negras brasileiras, o projeto fomenta o interesse de meninas negras pelas áreas das ciências exatas no campo do conhecimento, reconhecendo a carência de representatividade negra e feminina. Para sua 4a edição, contou com o apoio do Edital Negras Potências.

O projeto surge da parceria entre o Laboratório de Pesquisa em Educação Química e Inclusão – LPEQI da UFG Universidade Federal de Goiás e o Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, e atua na aproximação entre as estudantes e as práticas científicas por meio de ações direcionadas em laboratórios de química. Visibiliza práticas, pesquisas e histórias de vida realizando entrevistas com as cientistas brasileiras, possibilitando que elas visitem a escola parceira, destacando as suas contribuições e inspirando estudantes do ensino médio a seguirem as carreiras das exatas e científicas. Em março de 2019, um encontro presencial entre as estudantes do ensino médio e pesquisadoras negras na cidade de Goiânia/ GO e impactou diretamente 150 alunas/os do Colégio Estadual Solon Amaral.

“O investimento do Negras Potências nos mostra que ainda tem financiadores que acreditam nas ONGs e fazem doações para melhorar a formação e disseminar informação sobre boas práticas pedagógicas” Deuzilia Pereira da Cruz , coordenadora geral.
“Com as aulas ministradas e as conversas que tivemos, consegui me encontrar como uma mulher que sonha produzir Ciências. Com a ajuda do ‘Investiga, Menina!’, mantenho esse sonho vivo dentro de mim. Antes de ser apresentada ao projeto, confesso que estava confusa quanto ao meu futuro, entretanto após o projeto posso afirmar, com toda certeza, que a carreira científica é o que quero para mim” Clarissa Alves Bernardes, estudante e participante do projeto.

O projeto propôs a produção de publicação especializada em arquitetura e urbanismo a fim de dar visibilidade ao trabalho e o contexto social no qual se dá o trabalho de mulheres negras que atuam na profissão.

O lançamento da publicação do 1o volume da revista Arquitetas Negras aconteceu em agosto de 2019. O conteúdo foi construído de forma colaborativa, por meio de uma chamada de projetos a serem publicados. A partir da publicação, foi realizado junto ao SESC Pinheiros, em São Paulo/SP, o evento “Mulheres Negras na Arquitetura: Pioneirismo e Contemporaneidade”, com três mesas de debate e uma maratona de projetos. O projeto recebeu diversos relatos contando o quanto foi essencial descobrir o Arquitetas Negras na trajetória de estudantes ou mulheres negras formadas – pela primeira vez, essas mulheres se sentiram representadas nas suas profissões.

“Sempre fui uma pessoa interessada na luta pelos direitos humanos, mais especificamente ligados ao movimento negro. Participei de encontros, diretórios e redes, mas sempre tive a impressão de que não estava contribuindo para mudanças estruturais no meu campo de conhecimento. Com o Projeto Arquitetas Negras hoje eu sinto que estamos todas juntas, unindo nossas forças para mudarmos nossa realidade social” Gabriela Mattos, idealizadora.
“O projeto surgiu para promover o debate de raça e gênero na arquitetura e no urbanismo. Entretanto, gerou uma rede com cerca de 400 arquitetas negras cadastradas, nos levando a pensar em mais ações para prestar serviços de responsabilidade social. Isso mostra que nossa profissão tem uma função social, nós não queremos só mudar nossa área, queremos juntas modificar as estruturas da nossa sociedade” Gabriela Mattos, idealizadora.

Outro resultado expressivo é a visibilidade gerada a partir do projeto. Em 2018, Gabriela Mattos (idealizadora) e Bárbara Oliveira (participante) foram convidadas para falar sobre o projeto no Casa Vogue Experience, evento de workshops e palestras da Casa Vogue. Em 2019, Gabriela recebeu convite para divulgar o projeto no Congresso Natural de Arquitetura e na IV Cham International Conference, evento sobre diáspora africana que aconteceu em Julho de 2019, em Lisboa.

Através de um espetáculo denominado Flores Fortes, composto apenas por mulheres circenses, o projeto foi criado para conscientizar mulheres jovens e adolescentes sobre as diversas formas agressão contra as mulheres e as possíveis formas de defesa das mesmas na sociedade, trabalhando com o conceito de sororidade.

A montagem de espetáculo artístico, circo-teatro, foi apresentada em escolas públicas de ensino médio na periferia da cidade de Recife com o objetivo de mobilizar mulheres jovens articulando-as para que enfrentem as violências experienciadas por este público naquela região.

CIDADE QUE QUEREMOS

Lançado em maio de 2018, o edital teve como foco o apoio a organizações pequenas e mídias da sociedade civil (OSCs) afro-brasileiras que desenvolvem e implementam iniciativas inspiradoras voltadas para a participação cidadã, estimulando discussões atividades na perspectiva do Direito à Cidade, com intuito de reduzir as práticas do Racismo Estrutural e Institucional.

Esse edital teve apoio da OAK Foundation.

O projeto promoveu a formação política e cidadã de 30 mães e seus filhos, um total de 60 pessoas, das comunidades do Calabar, Cabula e Engenho Velho da Federação, em Salvador/ BA. Incentivou os participantes a ampliar suas capacidades, horizontes e expectativas para desenvolver seus projetos de vida, a partir de capacitações em educação política e cívica, durante três meses.

O encerramento do projeto aconteceu com uma audiência pública, em julho de 2019, com mais de 80 pessoas reunidas, entre lideranças dos territórios e referências do movimento negro e movimento de mulheres negras, para dialogar com autoridades sobre problemas enfrentados nos respectivos bairros e encontrar soluções.

“Eu tenho muito orgulho de ser negra. Aprendi muito, aprendi coisas que não sabia, coisas que meu filho não sabia e o que podemos fazer daqui para frente. Mudou a minha vida e a vida dos meus filhos. Agora, eu sei quais são meus direitos, além de aprender estratégias para lutar por eles. Fiquei sentida por ter acabado, mas espero que essas iniciativas só cresçam, que cheguem a mais pessoas”. Lucilene dos Santos, mãe do Luís Felipe dos Santos, participantes do projeto.

A coordenação do projeto considerou que foi um importante suporte a essas comunidades que sofrem muito com violências cotidianas, a falta de investimento em sa.de e segurança, além de racismo e abandono. E ainda reiterou que o aporte financeiro proporcionou a reorganização do ICEAFRO e criação de uma nova sede, fortalecendo a instituição para realizar novos projetos, ter novos associados e gerar mais aprendizado.

“Buscamos levar o diálogo para essas mães e filhos, por meio de oficinas, sobre o que é cidadania, sobre política, gênero e sexualidade, saúde e autocuidado, mediação de conflitos, enfrentamento ao racismo, diversidade, e projeto de vida. Tudo isso, colocando mães e filhos para dialogarem, para restabelecer os laços que se perderam nesse processo de luta diária. Nós acessamos esses territórios, respeitamos a história de cada um, respeitamos a identidade delas e de como se apresentavam, escutamos todos.” Midiã Noelle de Santana, coordenadora de Projetos do ICEAFRO e facilitadora geral.

O projeto propôs a promoção do desenvolvimento auto-organizado e autodeterminado dos artífices do antigo centro de Salvador/BA, em defesa da permanência e reconhecimento das tradições da ancestralidade africana.

Realizou ações para a construção da associação: capacitações e debates, treinamento em gerenciamento e execução de projetos, produção coletiva do estatuto social, produção de conhecimento comum sobre história e prática tradicional e mapeamento de mais de 100 iniciativas. A escolha de uma análise territorial como ponto de partida garantiu uma maior identifica..o dos artífices com a construção coletiva e uma apropriação, muito particular, dos mesmos pelo centro da cidade.

O projeto possibilitou os primeiros passos de um coletivo de trabalhadores na construção de um projeto negro e popular para o centro antigo de Salvador, mobilizou e integrou trabalhadores e preparou membros da coordena..o para o desempenho de suas atividades. A associa..o conseguiu se formalizar como Associação dos Trabalhadores de Artes e Ofícios do Centro Tradicional de Salvador (AACTS), sendo procurada e acolhendo trabalhadores que buscam melhores condições de vida no centro.

“Tenho acompanhado ao longo dos últimos anos a trajetória de alguns dos artífices, o modo como vão descobrindo na história dos seus antepassados, os sentidos das suas lutas cotidianas. São vidas muito marcadas pela exploração e pelas opressões derivadas do racismo. Ao vê-los reunidos, tecendo relações de solidariedade, escolhendo seus rumos com autonomia e disposição para a luta, encontro a motivação que preciso.” Vitor Fonseca, assessor popular da Associação.

Ideas – Assessoria Popular (BA) - Associação dos Trabalhadores Negros do Centro Tradicional de Salvador

O projeto contribuiu para o empoderamento e autonomia financeira de mulheres negras da comunidade Curuzu e adjacências de Salvador/BA, a partir de oficinas de capacita..o para gerar renda e sobre gênero e raça.

O conjunto de atividades impactou a renda das mulheres e foi capaz de provocar independência para construir rela..es diferentes em suas casas e na comunidade.

As atividades incluíram oficinas de costura para o desenvolvimento de produtos – bolsas, sacolas e camisetas – confeccionadas a partir da valoriza..o e reafirma..o da identidade africana e afro-brasileira. Houve ainda forma..es que trataram a precifica..o, controle financeiro, customiza..o, gestão de redes sociais, e também questões raciais e equidade de gênero.

Ao todo, 30 mulheres negras e 4 homens negros foram beneficiados diretamente por essas atividades.

“A AIECC buscou, nas matrizes comunitárias africanas e afrobrasileiras, elementos para fomentar projetos autossustentáveis de empreendimentos criativos. A criação do grupo no Whatsapp possibilitou uma integração entre os participantes que perdura até hoje.” Gildete Clarinda das Virgens Silva, responsável pelo projeto.

Por fim, ocorreu uma feira de artesanato para comercializar os produtos confeccionados no projeto e por outros artesãos da comunidade. Na programação, foram incluídas ações para prevenção e cuidados com a saúde da população negra, com atenção especial para idosos e mulheres, educação ambiental e ainda atividades culturais.

Associação de Intercâmbio para Educação, Cultura e Cidadania AIECC (BA) - “O poder feminino”

O projeto realizou diversos eventos – noites culturais, saraus e seminários – que reuniram vozes que compõem as resistências das periferias de Fortaleza/CE, construindo paralelos entre o trabalho do grupo Nóis de Teatro com in.meros homens e mulheres negros que estão reinventando o discurso sobre a cidade. Esses encontros tornaram possível o desenho de uma “cartografia poética”, que deu origem à montagem do espetáculo teatral “Ainda Vivas – Três Peças do Nóis de Teatro”. Altemar Di Monteiro e o poeta Pedro Bomba assinaram a dramaturgia do trabalho.

Com duração de 3 horas, o espetáculo buscou fundar “um lugar que reúne negrxs, mulheres e LGBTs no espaço público para o debate sobre sobre suas urgências. No tempo em que ‘eles combinaram de nos matar, a gente combinamos de n.o morrer’”. A estreia da pe.a – centrada no debate sobre racismo, machismo e LGBTfobia – aconteceu em julho de 2019 em Fortaleza, na sede do grupo e seguiu para o Centro Cultural Dragão do Mar, totalizando 27 apresentações.

“Dentro de toda a pesquisa do espetáculo fomos seguidos pelos movimentos de rua, saraus, rolezinhos, Reggae entre outros, isso foi fundamental para que sua força fosse alcançada. Por isso, era tão importante ter a estreia desse espetáculo na nossa casa. Foram meses de diálogo com o entorno da nossa sede, com o Alvoroço, os ensaios, as pesquisas e isso fez com que a ideia da temporada acontecer lá fosse se solidificando (…) por quatros dias o “Centro” era a sede do Nóis de Teatro que recebia a cidade toda para essa experiência. No Dragão do Mar, a experiência chega por outro lugar, por ser um espaço extremamente elitista é de fundamental importância que estejamos lá ocupando e mostrando que a cidade é nossa. (…) Entre as duas temporadas podemos dizer que a periferia foi resistência e o Dragão do Mar foi ocupação de luta. Resistimos ocupando a cidade.” Altemar Gomes Monteiro, coordenador do Nóis de Teatro.

O Grupo Mulher Maravilha atua nos municípios de Recife e Afogados da Ingazeira, apoiando mulheres da regi.o rural e de comunidades quilombolas do Sertão do Pajeú, Pernambuco – um dos estados brasileiros com maior índice de violência contra a mulher.

O projeto contribuiu para o empoderamento das mulheres negras da comunidade Nova Descoberta no enfrentamento das desigualdades existentes, especialmente as relacionadas . sa.de, identidade e meio ambiente. Foram realizados 6 encontros para capacita..o, apoiados em uma metodologia dialógica a partir de temas-chave como Outubro Rosa, Sa.de da Mulher Negra, Consciência Negra, Dia Mundial de Luta contra Aids, Comunica..o e Dia Internacional da Mulher. Outros 3 momentos foram promovidos ainda no âmbito do projeto: workshops sobre Cultura e Estética Afro, Penteados e Maquiagem; Autocuidado com Pr.ticas Integrativas; e Nutrição e Saúde. As rodas de conversa que trouxeram mais impacto foram as relacionadas. identidade e sa.de.

Como resultado, as mulheres participantes passaram a se identificar como negras e a exigir servi.os e a..es de qualidade para as mulheres e a população negra em geral, nas unidades básicas de saúde, conforme previsto nas políticas públicas federais.

No âmbito do projeto, ainda foi criado o Núcleo Dandara itinerante, com foco na discussão de gênero e raça para mulheres negras da comunidade, por meio de cine-debates, rodas de diálogo e oficinas.

Foram realizadas oficinas tem.ticas sobre Educação, Meio Ambiente e Lazer e Cultura, relacionadas ao tema central do edital “A cidade que queremos”, para contribuir com o fortalecimento da rede jovem de combate ao racismo e às desigualdades sociais de gênero e raça.

Em Educação, foram abordados os seguintes temas: reconhecimento e apreciação do legado da territorialidade negra – a crítica da estruturação do racismo, e foram destacadas estratégias de educação para as relações étnico-raciais. No tema Lazer e Cultura, foi abordada a história e o legado da sociabilidade negra – o quilombo Cabula como lugar de memória, da luta, da história, do direito de viver com dignidade. No tema Meio Ambiente, a abordagem foi a história da urbaniza..o, que teve impactos negativos, como a destruição de vidas em contato com a floresta, o modo agrícola do quilombo, fauna e flora, reforço às críticas às questões ambientais, ao racismo e, ao mesmo tempo, às formas herdadas pelos habitantes de ascendência quilombola no comunidades.

“Nosso projeto atua para fortalecer crianças e adolescentes na luta contra o racismo, além da formação de uma consciência política com olhar para juventude negra. Nos preocupamos com questões de gênero, raça e cultura. E, além disso, queremos chamar a atenção de adolescentes para formação de uma consciência do pertencimento da cultura afro-brasileira, valorização do gênero, mobilizá-los contra ações de violação dos direitos humanos e para busca de novas formas de resistência e de superação” Janice Nicolin, coordenadora de projetos da Associação Odeart.
“Em uma comunidade em que a cultura não é protagonista, a violência toma corpo. A Sambada devolve o poder e a dignidade a quem precisa de cidadania.” Mãe Beth de Oxum, articuladora da Sambada.

A Sambada do Coco começou no quintal de um terreiro e, logo em seguida, ganhou as ruas de Olinda/PE, transformando-se na tradicional Sambada de Coco do Guadalupe.

O evento mobiliza, por sambada, mais de duas mil pessoas e articula toda a comunidade, gerando trabalho e renda, ocupando o território e produzindo identificação cultural, com a brincadeira do coco. Mãe Beth de Oxum é articuladora da sambada, que é guiada pela musicalidade ancestral evocada pelo toque da zabumba de coco.

O projeto realizou doze edições da Sambada de Coco de Guadalupe, contribuindo para a visibilidade positiva desse bairro, nos primeiros sábados do mês de janeiro a dezembro de 2019. Antes de cada Sambada, o Centro Cultural promoveu uma sessão de filmes africanos ou afro-brasileiros.

Uma pequena parte do recurso foi investida na melhoria e manutenção de equipamentos para o palco, o que garantiu sua autonomia da iniciativa em relação a recursos governamentais.

“Em uma comunidade em que a cultura não é protagonista, a violência toma corpo. A Sambada devolve o poder e a dignidade a quem precisa de cidadania.” Mãe Beth de Oxum, articuladora da Sambada
 

O projeto realizou uma articulação para fortalecer o di.logo e a agenda política da população negra nas instituições estaduais de Alagoas e para construir elementos práticos de orientação de agentes públicos, especialmente policiais militares, sobre as práticas de racismo institucional na vida cotidiana. A partir da realiza..o de rodas de conversa, workshop e 2 seminários envolvendo diferentes atores, mas principalmente policiais, foi possível abrir um diáogo institucional com a corporação da Pol.cia Militar do Estado de Alagoas, sensibilizando para os problemas que afligem a população negra e de forma a fortalecer uma agenda antirracista no estado. O foco na polícia comunitária se deu de forma estratégica, já que esse setor da polícia tem maior e mais regular contato com a comunidade local.

A confecção de uma cartilha se constituiu como um instrumento para apoiar a formação de policiais, para fazer valer os direitos da população afro-alagoana. A Associação de Negras e Negros da Universidade Federal de Alagoas – ANU e Ministério Público do Estado de Alagoas (61a Promotoria de Direitos Humanos) foram importantes parceiros da iniciativa.

“A partir deste projeto, nossa organização tem articulado atividades de formação de categorias de profissionais, a exemplo da formação em relações etnicorraciais que executamos junto às assistentes sociais do estado, enquanto solicitação do Conselho Regional de Serviço Social de Alagoas (CRESS/AL). Para além disso, fomos selecionados em edital do Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD), para desenvolver ações de formação junto aos servidores públicos estaduais, visando a promoção das questões da população negra alagoana.” Sérgio da Silva Santos e Jeferson Santos da Silva, responsáveis pelo projeto.

O Sítio Ágatha é dedicado a vivências e trocas de experiências agroecológicas, com base na militância popular, no feminismo e no antirracismo, liderado por três gerações de mulheres negras. As semente crioulas, que dão nome ao projeto, guardam em si a sabedoria dos ancestrais e a riqueza natural das terras e, por essa razão, devem ser preservadas e disseminadas. Elas são também conhecidas como sementes tradicionais e são, por definição, variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares ou camponeses, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas. Inspirados nesses conceitos e propósitos, foram realizados 4 encontros pedagógicos de trocas agroecológicas baseadas no feminismo negro, promovendo a articulação entre movimentos e a capacitação de mulheres militantes dos movimentos sociais da Região, com a intenção de fortalecer a agroecologia feminista e étnica, articulada em rede com diferentes grupos sociais para criar estratégias para lidar com o racismo estrutural. Foram priorizadas organizações de identidade afro-indígena, algumas das quais trabalham no campo da agroecologia e outras que agem e se integram à cultura popular tradicional e/ou periféricas. Embora as crianças não tenham sido foco, o projeto incluiu também a sua participação integrada, já que um dos princípios do Sítio Agatha é honrá-las como sujeitos ativos e co-responsáveis pelo ambiente construído, assim como tratar a maternidade com o devido acolhimento. Foi produzido um mapa sobre a situação do território e a garantia da segurança para sua subsistência e autonomia.

“Trazer parceiros para nossa luta foi fundamental. Um deles foi o Fundo Baobá, com o edital ‘A Cidade que Queremos’ de 2018, que nos proporcionou realizar nosso trabalho com dignidade e nos fortaleceu e nos deu visibilidade. Nos possibilitou trazer outras mulheres de cidades e sítios distantes com um transporte adequado, a disponibilizar alimentação, a trazer mulheres negras que ofertassem oficinas acreditando na educação para o desenvolvimento de nós mulheres, militantes. Nos possibilitou fazer nosso trabalho bem feito” Luiza Cavalcante, proponente do projeto junto com sua filha, Nzinga Cavalcante.

Tendo como objetivo avançar na incorporação da agenda do Direito à Cidade (Ilú Obirin significa Cidade das Mulheres, no idioma Iorubá), o projeto realizou uma agenda de 4 ações de incidência política e 20 atividades de formação, além das reuniões organizativas mensais da Rede Mulheres Negras de Pernambuco e outros coletivos e organizações em Recife e Região Metropolitana. 

Os temas trabalhados nessas atividades foram: Direito à Cidade com Gênero e Raça; Como ter uma Cidade Segura para as Mulheres Negras?; Mulheres Negras e Direito à Moradia; Mulheres Negras e Mobilidade Urbana; e Racismo Ambiental e Direito à Cidade das Mulheres Negras.

Como resultado, a Rede alcançou uma maior aproximação com o Poder Legislativo estadual, através de sua participação no Conselho Político das Juntas Codeputadas e também da participação em audiências públicas e seminários realizados na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Como produtos dos debates intensos e do fortalecimento da Rede neste processo, foi lançada a Plataforma Mulheres Negras e Direito à Cidade e também foram produzidos uma publicação e um vídeo “A cor do Recife é Negra!” 

A publicação contém propostas de ação para cada uma das temáticas dos debates realizados, como por exemplo: ampliar a construção de creches, priorizando as regiões periféricas da cidade e garantir a participação das mulheres negras nos mecanismos de participação social que influenciam nas políticas de planejamento urbano, como o orçamento participativo, conselhos e conferências. 

“Foi quase um ano de debates intensos e muito fortalecimento entre nós, com o objetivo de nos inserir nesse debate de Direito à Cidade, com perspectiva de Raça, Gênero e Classe. Ainda que nós mulheres negras, desde sempre, estejamos lutando para ter pleno acesso à Cidade, esse projeto nos proporcionou formação e articulação para avançarmos de maneira qualificada em nossa atuação.” Rede Mulheres de Pernambuco, em post sobre o lançamento da publicação e vídeos “A cor do Recife é Negra!”

FUNDO DE APOIO A PEQUENOS PROJETOS

A I Chamada para projetos de Organizações Afro-Brasileiras da Sociedade Civil foi lançada em 2014 e teve como objetivo apoiar por 12 meses, 22 organizações pequenas e médias da sociedade civil (OSCs) afro-brasileiras de todo o país na implementação de projetos que visassem ampliar a promoção da Equidade Racial. Foram recebidos 194 projetos de todo o país e das 22 organizações selecionadas, 13 são da região nordeste.

Esse edital teve apoio da Fundação Kellogg e da Fundação Ford.

Organização Parceira: AACADE – Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades Afrodescendentes
Local: João Pessoa – Paraíba        
Duração: Janeiro 2015 – Junho de 2016
Objetivos:
– Promover e realizar ações de formação que permitam às comunidades e suas lideranças de se apropriarem dos instrumentos de implementação das políticas públicas;
– Promover o protagonismo e a autonomia das comunidades e suas lideranças por meio do exercício concreto da cidadania nas suas várias instâncias.

Organização Parceira: Associação das Lavadeiras de Lauro de Freitas
Local: Lauro de Freitas – Bahia         
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Aumentar a produção da Associação, ampliando a comercialização e a geração de renda;
– Melhorar a vida das lavadeiras e a de sua família;
– Desenvolver a comunidade.

Organização Parceira: AJOMPROM – Associação de Jovens, Moradores e Produtores Rurais de Santa Luzia do Maruanum
Local: Macapá – Amapá        
Duração: Janeiro de 2015 – Junho de 2016
Objetivos:
– Fomentar o “empoderamento” político-cultural das comunidades negro-quilombolas no estado do Amapá;
– Realizar oficinas temáticas e formações inter geracionais que visem a defesa e a efetivação dos direitos étnico-territoriais quilombolas.

Organização Parceira: Associação Terreiro Contemporâneo de Arte e Cultura
Local: Rio de janeiro- RJ        
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Apoiar a Lei 10.639;
– Levar para as escolas públicas um espetáculo artístico-educacional que gere um debate com alunos e professores sobre o tema abordado e sobre a falta de informações das questões da cultura negra;
– Atingir outro público específico com apresentações em Terreiros de Religiões de Matriz Africana.

Organização Parceira: Centro de Formação para a Cidadania AKONI
Local: São Luiz – Maranhão         
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Promover a valorização e a inserção das jovens nos processos organizativos e produtivos do mercado de trabalho, a partir dos princípios da Economia Solidária;
– Estimular o desenvolvimento socioeconômico sustentável.

Organização Parceira: Federação de Cultura Negra do Vale do Itapecuru Mirim
Local: Itapecuru Mirim – Maranhão   
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Possibilitar, direta e indiretamente, a melhoria do nível de conhecimento de 560 mulheres jovens e trabalhadores(as) rurais, durante 12 meses;
– Disponibilizar informações e habilidades dos antepassados na área de saúde e educação alimentar e nutricional, que estão guardadas nos “gumés” de cultos afro-maranhenses.

Organização Parceira: REDESAN-Rede de Mulheres Negras para Segurança Alimentar e Nutricional
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul    
Duração: 2014
Objetivos:
– Realizar um encontro com segmentos representativos em nível nacional;
– Proporcionar a formação, a discussão e a troca de experiências sobre Segurança Alimentar e Nutricional da população negra;
– Fortalecer as ações da Rede para que instrumentalizem as mulheres negras nas ações e elas modifiquem as iniquidades de gênero e raça;
– Analisar, avaliar e monitorar efeitos das políticas públicas para mulheres negras.

Organização Parceira: Sociedade Civil Religiosa Ilé Omolu Oxum
Local: São João de Meriti – Rio de Janeiro  
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Contribuir para a efetiva participação de homens e mulheres negras na vida econômica e nos processos de desenvolvimento;
– Ampliar os instrumentos de aprimoramento da produção do artesanato afro-brasileiro;
– Gerar sustentabilidade dos produtos artesanais;
– Valorizar e preservar as culturas afro-brasileiras, especialmente as desenvolvidas nas comunidades de terreiro.

Organização Parceira: Sociedade de Culto Afro-Brasileiro Filhos de Obá
Local: Laranjeiras – Sergipe         
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Criar o memorial do Terreiro Filhos de Obá, constituído de documentação arquivista e museológica;
– Dar visibilidade à trajetória da cultura afro-brasileira no Estado de Sergipe, inclusive mantendo uma pessoa qualificada para acompanhar as visitas e administrar todo o acervo.

Organização Parceira: Sociedade de Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais OMOLAIYÉ
Local: Aracaju- Sergipe      
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivo:
– Criar possibilidades de intervenções nos casos de racismo, intolerância e discriminação contra as Comunidades Tradicionais de Religiões de Presença Africana no estado de Sergipe.

Organização Parceira: AQCC – Associação Quilombola de Conceição das Crioulas
Local: Salgueiro – Pernambuco     
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivo:
– Melhorar as condições socioeconômicas das mulheres quilombolas de Conceição das Crioulas.

Organização Parceira: ACMUN – Associação Cultural de Mulheres Negras
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul      
Duração: 2014
Objetivos:
– Ampliar a informação aos usuários do SUS sobre a existência de uma Política Nacional de Saúde Integral da População Negra;
– Contribuir para a implementação da PNSIPN na cidade de Porto Alegre.

Organização Parceira: Centro Cultural Coco de Umbigada
Local: Recife – Pernambuco
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivo:
– Realizar oficinas de produção cultural comunitária, compartilhando capacidades técnicas e políticas em quatro comunidades tradicionais de matriz africana na região metropolitana do Recife.

Organização Parceira: CECUN – Centro de Estudos da Cultura Negra do Espírito Santo
Local: Vitória – Espírito Santo         
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Formar e orientar, por meio de nove atividades regionais (seminários e minicursos), em torno de 500 educadores(as) das redes públicas municipais, estaduais e federais sobre:
*O Racismo e a Educação nos espaços institucionais e formativos brasileiros;
*A Lei 10.639/03 – das Diretrizes Curriculares para Educação das Relações Étnico-Raciais: desafios e perspectivas;
*Ferramentas e subsídios fundamentais: plano de trabalho; projeto pedagógico.

Organização Parceira: CMNEGRAS – Coletivo de Mulheres Negras do Mato Grosso do Sul Raimunda Luiza de Brito
Local: Campo Grande – Mato Grosso do Sul   
Duração: 2015
Objetivos:
– Capacitar jovens negras e negros para atuarem na gestão de fomentação de políticas de ações afirmativas para a juventude negra, nas esferas públicas e privadas;
– Formar novas lideranças;
– Proporcionar uma visão integrada dos malefícios do racismo institucional e criar estratégias conjuntas para combatê-lo.

Organização Parceira: Criola
Local: Rio de Janeiro – RJ        
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Contribuir para a:
*Qualificação de ativistas, profissionais e gestores de políticas públicas;
*Formulação de estratégias de incidência política e controle social;
*Gestão, monitoramento e avaliação de políticas públicas capazes de promover a igualdade racial e de gênero e o enfrentamento ao racismo patriarcal heteronormativo.

Organização Parceira: GMNMA – Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa
Local: São Luiz – Maranhão       
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Contribuir para fortalecer o Movimento de Mulheres Negras no Estado do Maranhão, através da formação enquanto sujeitos políticos;
– Trazer à tona reivindicações e contradições resultantes da articulação das variáveis de raça/etnia, classe social, gênero, orientação sexual e idade/geração.

Organização Parceira: Grupo Ecológico e Cultural Tio Pac
Local: São Paulo – SP
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Produzir 2.000 DVD’s, exibir em 10 lugares e distribuir para escolas e cineclubes;
– Mostrar a concepção de família e de valores de 2 mulheres negras coletoras de resíduos sólidos que juntas somam mais de 1.000 pessoas assistidas e dezenas de adoções em cartório;
– Contrastar esta realidade com a das famílias de classe média que não tem filhos por não ter dinheiro e/ou não ajudam ninguém porque têm família para cuidar.

Organização Parceira: GMM – Grupo Mulher Maravilha
Local: Recife – Pernambuco        
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Realizar ações de fortalecimento institucional junto às associações quilombolas, com a sua regularização jurídica e formação em gestão democrática;
– Garantir os direitos humanos quilombolas numa perspectiva de gênero, raça e etnia.

Organização Parceira: INEG/AL – Instituto de Negro de Alagoas
Local: Maceió – Alagoas        
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Ofertar curso de formação política em Relações Raciais para 30 mestres, professores e instrutores de capoeira, para que os mesmos possam intervir de forma organizada – por meio de projetos – nas escolas onde atuam;
– Contribuir no processo de implementação do que preconiza a Lei 10.639/03;
– Contribuir para uma intervenção qualificada em outras instâncias, como o Conselho Estadual Para a Igualdade Racial de Alagoas (Conepir/AL).

Organização Parceira: Instituto Mídia Étnica
Local: Salvador – Bahia         
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivo:
– Capacitar 15 jovens de bairros periféricos de Salvador em comunicação, empreendedorismo, cultura e organização de eventos, para que os mesmos gerem renda fomentando projetos de entretenimento e cultura em suas comunidades.

Organização Parceira: ODARA – Instituto da Mulher Negra
Local: Salvador – Bahia       
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Capacitar jovens negras para se apropriarem das novas linguagens e tecnologias de comunicação;
– Habilitar o manuseio desses recursos a essas jovens, a fim de comunicar e difundir os conceitos, a visão política e as estratégias da comunidade e das organizações de mulheres negras, formando novas multiplicadoras.

CULTURA NEGRA EM FOCO

Este edital foi lançado em 2016 com o intuito de apoiar por 12 meses, 10 projetos a nível nacional que fossem desenvolvidos por empreendimentos culturais que promovessem a cultura e a identidade negras em suas mais diversas linguagens como moda, audiovisual, gastronomia, literatura, teatro, artesanato, serviços, dança e etc, a fim de potencializar a qualidade e/ou alcance da proposta.

Foram recebidas 900 propostas de todo Brasil e os selecionados buscaram contemplar a diversidade de linguagens artísticas existentes.

Organização Parceira: KBRA Produções Artísticas
Local: Rio de Janeiro – RJ 
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Incentivar a inserção no negro na publicidade;
– Contribuir para o direito a representatividade da população negra;
– Melhorar a qualidade técnica para as produções do projeto;
– aumentar a demanda de materiais educativos com esse tema nas 

Organização Parceira: Associação Artística Nóis de Teatro
Local: Fortaleza – Ceará   
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Expor a discussão sobre o aumento da violência pelos bairros da cidade;
– Falar sobre o genocídio da juventude negra;
– Buscar uma maior reflexão sobre a desmilitarização da polícia, política brasileira e a cultura negra.

Organização Parceira: Black Brazil Art
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– A inserção de jovens que se encontram em cumprimento de medidas socioeducativas nas ações culturais das comunidades;
– O incentivo a criatividade e participação no campo da tecnologia digital;
– Visibilizar a produção de conteúdo dos jovens dessas comunidades revelando a diversidade e a linguagem.

Organização Parceira:  Fazendo Milagres Cineclube
Local: Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco 
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Construir um ciclo de formação para debater o cinema negro e afrodiaspórico;
– Refletir, compreender e problematizar o lugar do negro no cinema e no mundo;
-Estreitar os laços das relações Brasil – África através do cinema.

Organização Parceira: Crespinhos S/A
Local: Rio de Janeiro – RJ     
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Ampliar a capacidade técnica doa produtora possibilitando o desenvolvimento de habilidades artísticas, comportamentais e culturais do seu elenco;
– Investir em equipamentos profissionais para a reposição da Crespinhos S/A no mercado publicitário;
– promover o encontro mensal com mais de 30 crianças e jovens negros para desenvolver seus talentos e inseri-los nos meios de comunicação.

Organização Parceira: Associação Move Cultura
Local: Contagem – Minas Gerais
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Ampliar e fortalecer a Rede Colaborativa, protagonizada por jovens negras(os);
– Realizar a capacitação e elaboração de projetos nas áreas de Comunicação, Economia Criativa e Empreendedorismo.

Organização Parceira:  Associação Burlantins
Local: Belo Horizonte – Minas Gerais     
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
–  Ampliar a qualidade técnica, contando com a expertise de profissionais capacitados e sensíveis para a pluralidade técnica e poética da mulher negra contemporânea;
– Montar o espetáculo de mesmo nome na cidade de Belo Horizonte.

Organização Parceira: Associação de Afro Envolvimento Casa Preta
Local: Belém – Pará       
Duração: 2016
Objetivos:
– Disponibilizar acesso gratuito a suas oficinas e atividades de formação de conteúdo digital para 80 jovens e adolescentes;
– Estimular a produção cultural desses jovens, valorizando a autoestima e a cidadania;
– Produzir conteúdos digitais informativos de promoção de igualdade racial e de combate ao racismo.

Organização Parceira:  Bantu Cultural
Local: São Paulo – SP     
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Publicar uma antologia de jovens escritores negros e três livros infantis e anfanto-juvenis;
– Permitir a formação adequada de crianças negras leitoras, com conteúdos de representação positiva, que demonstram a diversidade racial brasileira;
– Estimular a criação literária de negras(os) autoras(es).

Organização Parceira: Associação Comunitária do Assentamento Gurugi II
Local: Conde – Paraíba
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Auxiliar o aprimoramento das condições de produção e comercialização de produtos locais;
– Promover o protagonismo das mulheres negras como agentes de transformação social;
– Disseminar a cultura negra local, com foco no etnodesenvolvimento da região.

EMPODERA

O edital lançado em 2016 tinha como objetivo apoiar empreendimentos de mulheres, cujos negócios estivessem vinculados à cadeia produtiva do setor têxtil e de moda, que considerassem aspectos de sustentabilidade, com geração de impactos positivos para a sociedade e o meio ambiente, e o desenvolvimento de melhorias nos processos produtivos e nas condições de trabalho. Os projetos apoiados foram desenvolvidos em até nove meses.
O edital recebeu 157 propostas e aprovou 15 projetos de 8 Estados.

Esta é uma parceria entre o Instituto Lojas Renner, ONU Mulheres e Fundo Baobá

Organização Parceira:  AFDDP/Associação Franciscana de Defesa de Direitos e Formação Popular
Local: São Paulo – SP     
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– A implantação do Núcleo de Educação Popular e Economia Solidária, envolvendo as mulheres na geração de trabalho e renda;
– Potencializar a capacidade de liderança e organização de 30 mulheres na área da serigrafia;
– Preparar essa mulheres para ingressar no mercado de trabalho através do processo de cooperativismo.

Organização Parceira: AMAC/Associação de Mulheres do Assentamento Cajueiro
Local: Poço Redondo – Sergipe
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Fortalecer a mini-indústria gerenciada por mulheres com a instalação do maquinário novo;
– Aumentar a qualidade e a quantidade da produção;
– Incentivar a capacitação de mulheres e jovens inseridas nos empreendimentos de serigrafia,impressão, corte, costura e gestão.

Organização Parceira: AMP/Associação das Mulheres Pintadenses
Local: Pintadas – Bahia       
Duração: 
2016 – 2017
Objetivos:
– Promover a inclusão social e econômica das mulheres em situações vulneráveis, garantindo a elas a igualdade de gênero nos negócios através da inserção socioprodutiva no ramo têxtil;
– Capacitar o grupo para aperfeiçoar o processo de confecção têxtil já existente, produzindo melhoras nas peças;
-Alcançar o desenvolvimento local sustentável.

Organização Parceira: ASPLANDE/Assessoria & Planejamento para o Desenvolvimento
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Criação de uma linha de acessórios femininos, bolsas e bijuterias confeccionadas por 60 mulheres de baixa renda através da técnica de reciclagem;
– Valorizar o artesanato local, a cultura da periferia e economia solidária.

Organização Parceira:  Associação Comunitária das Mulheres Quilombolas da Comunidade de Malhada Grande
Local: Catuti – Minas Gerais         
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
–  Qualificar a tecelagem e melhorar as condições de trabalho das mulheres quilombolas
– Adquirir e instalar um kit de irrigação para áreas de plantios diversificados, superando as dificuldades ocasionadas pelas secas prolongadas;
– Oferecer uma oficina de divulgação e comercialização dos produtos.

Organização Parceira: Associação Polo de Moda da Serra Gaúcha
Local: Caxias d Sul – Rio Grande do Sul
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Qualificar o artesanato local através dos seus aspectos estéticos, criativos e funcionais;
– Valorizar a identidade regional aliando a tradição do artesanato com a inovação;
– Incentivar a indústria criativa para o aproveitamento dos resíduos têxteis.

Organização Parceira:  Centro Comunitário Beneficente dos Moradores de Salema
Local: Rio Tinto – Paraíba       
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Promover a qualificação e a inserção profissional de 30 mulheres empoderando-as cultural e economicamente;
– Realizar oficinas de sensibilização sobre gênero e consciência ecológica;
– Ofertar o planejamento participativo para produção têxtil, crochê e serigrafia.

Organização Parceira: Centro de Formação Padre Vigne
Local: Feira de Santana – Bahia   
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Promover cursos de qualificação para mulheres em situação de vulnerabilidade social, visando a autonomia financeira para geração de emprego e renda;
– Capacitar as beneficiárias para a interação com as empresas do segmento.

Organização Parceira:  Cooperativa Central Justa Trama
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Capacitar as costureiras e artesãs incentivando a criação de uma coleção de roupas e brinquedos;
– Criar uma plataforma de venda digital que beneficie essas profissionais.

Organização Parceira: Cooperativa Mista Solidária de Chapecó Coopersol
Local: Chapecó- Santa Catarina     
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
–  Melhorar a qualidade da produção e reduzir os custos;
– Qualificar as cooperadas por meio de cursos profissionalizantes;
– Aumentar o setor de vendas e expandir a atuação no mercado.

Organização Parceira: Pró Rei Associação Comunidade Projeto para Reintegração de Vidas (Instituto Pró Rei)
Local: São Paulo – SP
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Gerar fontes de renda para mulheres negras e periféricas;
-Desenvolver as habilidades específicas dessas mulheres para empreender no segmento da moda.

Organização Parceira: Martimar Planejamento Promoção Artística e Cultural LTDA ME
Local: Rio de Janeiro – RJ     
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Promover um editorial de moda produzido pelas alunas com distribuição local gratuita;
– Qualificar mulheres para visão empreendedora através do reaproveitamento do materiais descartáveis e o uso sustentável desses materiais.

Organização Parceira: Associação Beneficente São José – PROJARI
Local: Guaíba – Rio Grande do Sul   
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Qualificar 15 apenadas da Penitenciária Feminina de Guaíba com um curso de corte e costura;
– Confeccionar um uniforme conforme as especificidades do gênero, promovendo conhecimento de modelagem, resgate da autoestima, valorização da condição feminina, geração de trabalho e renda e assim, contribuindo para a remissão da pena.

Organização Parceira:  Instituto Asta
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Desenvolver peças feitas com resíduos que possuam alto valor agregado;
– Oferecer treinamento especializado para 2 grupos de costureiras formando uma rede de produção.

GESTÃO ESCOLAR PARA EQUIDADE JUVENTUDE NEGRA II EDIÇÃO

Assim como na primeira edição, o II Edital Gestão para Equidade – Juventude Negra, lançado em outubro de 2016, contribuiu para o desenvolvimento e a implementação de práticas inspiradoras de gestão escolar que buscassem elevar os resultados educacionais dos jovens negros e negras na rede pública de Ensino Médio.
Desenvolvido pelo Baobá, pelo Instituto Unibanco e pela Universidade Federal de São Carlos (UFScar), esta edição também foi direcionada a escolas públicas de Ensino Médio e Organizações Sociais legalmente formalizadas com comprovada atuação na área de Educação e superação das desigualdades raciais.
Foram recebidas 184 propostas e 10 projetos foram aprovados em 7 Estados.

Organização Parceira:  Escola Estadual Carmosina Monteiro Vianna
Local: São Paulo – SP
Duração: 2016
Objetivos:
– Visibilizar a discussão em torno da violência que incide sobre o jovem negro em rodas de conversa, produções de vídeo e reportagens, onde os jovens eram protagonistas;
– Propor ações de ampliação de debate entre a escola e a comunidade, visando o combate ao racismo e a promoção do respeito a diversidade racial.

Organização Parceira:  INEG/AL Instituto do Negro de Alagoas em parceria com a Escola Estadual Deputado Rubens Canuto
Local: Maceió – Alagoas
Duração: 2016
Objetivos:
– Desenvolver ações de promoção de equidade e de respeito a diversidade étnico-racial na escola e na comunidade;
-Modificar o projeto político pedagógico da escola com a inclusão de referenciais negros;
– Incluir atividades culturais no calendário anual que oferte protagonismo a cultura negra e a questão racial.

Organização Parceira:  CIEP 173 Rainha Nzinga de Angola
Local: Rio de Janeiro – RJ       
Duração: 2016
Objetivos:
– Estimular o debate sobre a redução da maioridade penal e as formas que a violência policial incide sobre os jovens da comunidade local;
– Realizar formações continuadas aos docentes sobre a implementação da Lei 10.639.

Organização Parceira:  Criola em parceria com Instituto de Educação Carmela Dutra
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016
Objetivos:
– Promover o debate sobre racismo, sexismo, fobias LGBTs, estética e defesa de direitos;
– Realização de 28 oficinas de construção de narrativas pessoais e coletivas tendo como apoio e uso dos recursos multimídias, culminando com um festival multimídia aberto a comunidade;
– Envolver a equipe escolar e a comunidade tornando-os agentes conscientes de combate ao racismo e as demais formas de discriminação.

Organização Parceira: Núcleo de Desenvolvimento Social – NDS em parceria com a Escola Estadual Myriam Coeli
Local: Natal – Rio Grande do Norte
Duração: 2016
Objetivos:
–  Usar a metodologia da educomunicação para a promoção de combate ao racismo e a discriminação na escola;
– Formar grupos de alunos multiplicadores instruídos em direitos humanos, relações étnico-raciais, respeito as relações de gênero e diversidade religiosa;
– Formar professores voltados a justiça restaurativa.

Organização Parceira:  GMM/Grupo Mulher Maravilha em parceria com a Escola Dona Maria Teresa Correia
Local: Recife – Pernambuco
Duração: 2016
Objetivos:
– Incentivar o diálogo, a promoção da equidade e do respeito a diversidade entre a comunidade da escola, estimulando o protagonismo das(os) jovens envolvidas(os);
– Realizar uma oficina de rádiodifusão com 30 estudantes para transmissão do programa “Negritude fala mais alto!” na rádio comunitária;
– Formar professores e gestores para uma maior sensibilização em relações raciais e direitos humanos.

Organização Parceira: Escola Estadual de Ensino Médio Belo Porvir
Local: Epitaciolândia – Acre       
Duração: 2016
Objetivos:
– Promover a equidade racial por meio de uma gestão escolar sensível a essa perspectiva, estimulando o diálogo, a convivência e o respeito ao outro;
– Respeitar a diversidade com suas características sociais e culturais, privilegiando o coletivo acima do individual;
– Analisar as práticas pedagógicas inserindo a questão racial em diferentes disciplinas.

Organização Parceira: Comunidade Quilombola Morada da Paz em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Alvorada
Local: Alvorada – Rio Grande do Sul
Duração: 2016
Objetivos:
–  Promover uma educação antirracista, valorizando a equidade e inserindo saberes para além do tradicional conhecimento acadêmico, focalizando nos saberes ancestrais, na convivência e aprendizado com as (os) mais velhas(os);
– Fortalecer o pertencimento a cidade em ênfase nas memórias de pessoas comuns, negras e pobres que também construíram vidas nos bairros, mas que não encontravam espaço em propostas educacionais tradicionais;
– Elevar a autoestima das(os) alunas(os) negras(os), reduzindo a evasão escolar e diminuindo os conflitos raciais dentro da escola.

Organização Parceira: Coletivo ComuOnã em parceria coma Escola Estadual Professora Esther Garcia
Local: São Paulo – SP     
Duração: 2016
Objetivos:
–  Refletir sobre as desigualdades enfrentadas pelas(os) jovens negras(os) na sociedade, como a mídia naturaliza essa violência e assim descortinar o discurso jornalístico hegemônico;
– Capacitar e instrumentalizar os alunos para produção dessa análise;
– Promover oficinas nas áreas de comunicação para reflexão sobre raça e gênero e representação dos negros nas mídias.

Organização Parceira: Instituto de Apoio ao Desenvolvimento e Inclusão Social – IADIS em parceria com EREM Presidente Costa e Silva
Local: Chã de Alegria – Pernambuco     
Duração: 2016
Objetivos:
– Desenvolver nas(os) alunas(os) senso crítico para reconhecer o racismo e a discriminação, seus efeitos na história do Brasil e a situação da população negra;
– Promover três cursos: Diagnóstico (sobre a história da(o) negra(o) no Brasil com uma perspectiva negra), formativo (tratar das lutas e conquistas do movimentos negros organizados) e atitudinal ( abordar questões de mercado de trabalho e inserção das(os) jovens negras(os), formando e estimulando ações empreendedoras).

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