A partir do Negras Potências, o Fundo Baobá para Equidade Racial e parceiros buscaram construir um mecanismo diferente de investimento social privado em organizações negras.
Lançado em fevereiro de 2018, o edital apoiou iniciativas e soluções de impacto que contribuem para o empoderamento de meninas e mulheres negras e que ajudam na visibilidade de agentes da sociedade civil que estão pensando e produzindo para a mudança no cenário nacional, focados na redução das desigualdades raciais e sociais.
16 iniciativas selecionadas receberam suporte e orientação da Benfeitoria para lançarem suas respectivas campanhas de financiamento coletivo. Para cada R$ 1 arrecadado através de apoiadores/ as individuais, o Movimento Coletivo contribui com mais R$ 2, até que a meta mínima – entre R$10 mil e R$100 mil – do projeto fosse atingida. Um terço do valor deveria ser captado via financiamento coletivo e os dois terços restantes sairiam do fundo do Movimento Coletivo. Caso o projeto atingisse a meta, o/a realizador/a receberia todo o recurso e entregaria as recompensas a s pessoas que colaboraram. Caso contrário, todo o valor seria estornado aos apoiadores. 13 iniciativas atingiram a meta e realizaram seus projetos. Contaram com mais de 1.200 apoiadores que fizeram com que as iniciativas de fortalecimento da luta de meninas e mulheres negras saísse do papel.
Esse edital teve apoio da Benfeitoria, Instituto Coca-Cola Brasil e Movimento Coletivo.
O projeto desenvolveu ações voltadas para a transmissão de conhecimento de ferramentas de gestão e alavancagem de negócios como Marketing Digital e Modelagem de Negócios para mulheres negras, empreendedoras em diversas fases da vida, da juventude até a maioridade. Buscou a democratização do ensino de tecnologias a partir do uso de uma metodologia própria, cujo processo foi impulsionado pelo edital.
O projeto buscou fortalecer as habilidades empresariais de mulheres negras a partir de um processo de autoconhecimento voltado para o aprimoramento da sua capacidade decisória. O Projeto Afrolab evoluiu e possibilitou o desenvolvimento de uma metodologia própria, pautada nos saberes ancestrais da população negra, cocriada por muitas mãos, além da possibilidade de escala e replicabilidade em formato de franquia social, abertura de novos mercados para escoamento da produção e atuação em rede.
O projeto impactou diretamente mais de 100 famílias de diferentes lugares do país.
O projeto nasceu para mostrar referências de profissionais negras realizadas com suas escolhas e que também vivem essa busca constante por desenvolvimento e evolução. Desenvolveu conteúdos gratuitos, didáticos, populares e atemporais (veiculados no Youtube e Instagram) sobre desenvolvimento profissional e pessoal para mulheres negras, trabalhando em parceria com outras iniciativas e instituições para a divulgação de oportunidades e ações afirmativas voltadas para esse grupo populacional.
Teve como proposta a inserção da identidade étnica e racial, de maneira positiva, no universo infantil feminino através de brinquedos, bonecas, que reflitam a estética negra. O projeto foi realizado em 12 escolas públicas, onde ocorreram contações de história e foram distribuídos gratuitamente 120 brinquedos. As atividades alcançaram 4366 crianças de Salvador e Lauro de Freitas/ BA.
O Projeto Casa das Pretas é uma atividade de grande alcance. Em dois anos alcançou diretamente em torno de 1000 pessoas – 99% de mulheres negras –, impactando a comunidade negra do Rio de Janeiro. O projeto visou o fortalecimento político e econômico das mulheres negras para impactar na redução das violências de gênero e na situação de desigualdade econômica experienciada por elas. Realizou atividades como oficinas de fomento à economia solidária; rodas de estudo e leitura sobre feminismo negro; cursos para desenvolvimento acadêmico (preparação para o mestrado e doutorado); cursos de dança e percussão; todos voltados para o público feminino negro. Observou-se o desenvolvimento de habilidades nos temas dos cursos: vídeo- -documentário, feminismo negro, percussão, danças africanas e desenho e grafite em mural.
O projeto nasceu da necessidade de compreender os motivos que levam jovens negras a desistirem do cursinho pré-vestibular oferecido pela organização. Com o objetivo de fomentar a discussão da discriminação interseccional de gênero, raça e classe que atinge as mulheres negras, foram realizados encontros, em 29 dos 32 núcleos da Uneafro em 2019, e um encontro geral que reuniu 50 mulheres negras, em Mogi das Cruzes/SP. Ao todo, 540 estudantes e 35 coordenadoras de núcleos participaram das atividades do projeto. A expectativa para 2020 é que os encontros do Circuladô estejam no cronograma de todos os núcleos. Há também a proposta de um curso de formação permanente voltado para as jovens negras. Além de tornar possível a permanência das alunas nos cursinhos preparatórios, os encontros de formação nos Núcleos de Educação Popular da Uneafro Brasil têm como objetivo criar uma rede de fortalecimento que capacite e empodere as estudantes negras para a atuação política social nas comunidades e nas relações sociais.
O grafite e o hip hop são agentes de cultura e cidadania no projeto Cores do Amanhã, que atua há mais de dez anos na Comunidade do Totó, em Recife/PE. O espaço cultural atende crianças, jovens e adultos em mais de 20 oficinas culturais e esportivas, além de desenvolver um trabalho especificamente voltado para mulheres, focado no empoderamento e no combate à violência.
Em novembro de 2018 aconteceu o evento mais importante da instituição, o VII Encontro Cores Femininas, que reúne diversas artistas, grafiteiras e mulheres do hip hop de todo o país. Com a ajuda do edital, foi possível melhorar o espaço e adquirir materiais para os workshops e as vivências planejadas para o evento, que incluem troca de experiências, conscientização para o enfrentamento das várias formas de violência e para adquirir autonomia financeira.
As atividades ocorreram de forma muito positiva, com a participação média de 25 a 30 mulheres, porém com registro de momentos com até 50 mulheres. Houve a participação de uma jovem negra trans e a alegria de poder trocar experiências e fortalecer sua luta.
Como resultado, as participantes das vivências continuam a se encontrar e se apoiam em situaçõ es cotidianas.
Corpos Invisíveis é um longa metragem que discute temas como racismo, seu aspecto estruturante das relações sociais no Brasil, da invisibilização e inviabilização das mulheres negras em uma sociedade machista. O documentário ouviu histórias de mulheres pretas e pardas e suas lutas contra o machismo, o sexismo e o racismo e possibilitou a discussão sobre formas, através da arte, de tirar a mulher negra da invisibilidade.
Realizado por 22 mulheres negras e para mulheres negras, o documentário teve bastante adesão e fomentou discussões acerca de questões humanitárias urgentes na sociedade: construção de narrativas, afetos, cura, sororidade e quilombagem. Desse modo, atestou a potência em se comunicar com meninas e mulheres negras. Todas as mulheres que ingressaram na equipe técnica do filme e no elenco relataram que se identificaram com as questões abordadas no roteiro do filme, seja em suas histórias de vida ou de suas mães e avós.
O projeto teve por objetivo o fomento de capacidades técnicas que possibilitaram a inserção de mulheres negras no mercado de trabalho, através de oficinas de costura. 10 mulheres negras em situação de vulnerabilidade social do bairro de Sarandi, em Porto Alegre/RS participaram das oficinas de corte e costura e customização, promovidas, durante 6 meses. Com a execução do projeto, a instituição ganhou mais visibilidade, ao ponto de criarem uma loja virtual de alcance nacional para divulgar os produtos.
O projeto teve por objetivo promover o acesso à informação de qualidade sobre gestação, parto e puerpério, salientando a questão da violência obstétrica vivenciada por mulheres. O acompanhamento presencial por doulas para mulheres em situação de privação de liberdade também foi uma das ações realizadas. O projeto foi implementado nas Clínicas da Família na Zona Oeste do Rio de Janeiro, especificamente em Realengo, com a atuação em atividades coletivas de gestantes em atenção pré-natal. Ao mesmo tempo, foi articulada uma cooperação com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, através da Coordenação de Direitos da Mulher, para elaboração e publicação de uma cartilha de Direitos e um mecanismo de acompanhamento de denúncias. O projeto abriu outras portas para a instituição de mais construções para mulheres que não tinham oportunidade de acessar outras modelagens de atenção perinatal, baseadas em atividades coletivas.
Através da articulação com professoras e pesquisadoras negras brasileiras, o projeto fomenta o interesse de meninas negras pelas áreas das ciências exatas no campo do conhecimento, reconhecendo a carência de representatividade negra e feminina. Para sua 4a edição, contou com o apoio do Edital Negras Potências.
O projeto surge da parceria entre o Laboratório de Pesquisa em Educação Química e Inclusão – LPEQI da UFG Universidade Federal de Goiás e o Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, e atua na aproximação entre as estudantes e as práticas científicas por meio de ações direcionadas em laboratórios de química. Visibiliza práticas, pesquisas e histórias de vida realizando entrevistas com as cientistas brasileiras, possibilitando que elas visitem a escola parceira, destacando as suas contribuições e inspirando estudantes do ensino médio a seguirem as carreiras das exatas e científicas. Em março de 2019, um encontro presencial entre as estudantes do ensino médio e pesquisadoras negras na cidade de Goiânia/ GO e impactou diretamente 150 alunas/os do Colégio Estadual Solon Amaral.
O projeto propôs a produção de publicação especializada em arquitetura e urbanismo a fim de dar visibilidade ao trabalho e o contexto social no qual se dá o trabalho de mulheres negras que atuam na profissão.
O lançamento da publicação do 1o volume da revista Arquitetas Negras aconteceu em agosto de 2019. O conteúdo foi construído de forma colaborativa, por meio de uma chamada de projetos a serem publicados. A partir da publicação, foi realizado junto ao SESC Pinheiros, em São Paulo/SP, o evento “Mulheres Negras na Arquitetura: Pioneirismo e Contemporaneidade”, com três mesas de debate e uma maratona de projetos. O projeto recebeu diversos relatos contando o quanto foi essencial descobrir o Arquitetas Negras na trajetória de estudantes ou mulheres negras formadas – pela primeira vez, essas mulheres se sentiram representadas nas suas profissões.
Outro resultado expressivo é a visibilidade gerada a partir do projeto. Em 2018, Gabriela Mattos (idealizadora) e Bárbara Oliveira (participante) foram convidadas para falar sobre o projeto no Casa Vogue Experience, evento de workshops e palestras da Casa Vogue. Em 2019, Gabriela recebeu convite para divulgar o projeto no Congresso Natural de Arquitetura e na IV Cham International Conference, evento sobre diáspora africana que aconteceu em Julho de 2019, em Lisboa.
Através de um espetáculo denominado Flores Fortes, composto apenas por mulheres circenses, o projeto foi criado para conscientizar mulheres jovens e adolescentes sobre as diversas formas agressão contra as mulheres e as possíveis formas de defesa das mesmas na sociedade, trabalhando com o conceito de sororidade.
A montagem de espetáculo artístico, circo-teatro, foi apresentada em escolas públicas de ensino médio na periferia da cidade de Recife com o objetivo de mobilizar mulheres jovens articulando-as para que enfrentem as violências experienciadas por este público naquela região.
Lançado em maio de 2018, o edital teve como foco o apoio a organizações pequenas e mídias da sociedade civil (OSCs) afro-brasileiras que desenvolvem e implementam iniciativas inspiradoras voltadas para a participação cidadã, estimulando discussões atividades na perspectiva do Direito à Cidade, com intuito de reduzir as práticas do Racismo Estrutural e Institucional.
Esse edital teve apoio da OAK Foundation.
O projeto promoveu a formação política e cidadã de 30 mães e seus filhos, um total de 60 pessoas, das comunidades do Calabar, Cabula e Engenho Velho da Federação, em Salvador/ BA. Incentivou os participantes a ampliar suas capacidades, horizontes e expectativas para desenvolver seus projetos de vida, a partir de capacitações em educação política e cívica, durante três meses.
O encerramento do projeto aconteceu com uma audiência pública, em julho de 2019, com mais de 80 pessoas reunidas, entre lideranças dos territórios e referências do movimento negro e movimento de mulheres negras, para dialogar com autoridades sobre problemas enfrentados nos respectivos bairros e encontrar soluções.
A coordenação do projeto considerou que foi um importante suporte a essas comunidades que sofrem muito com violências cotidianas, a falta de investimento em sa.de e segurança, além de racismo e abandono. E ainda reiterou que o aporte financeiro proporcionou a reorganização do ICEAFRO e criação de uma nova sede, fortalecendo a instituição para realizar novos projetos, ter novos associados e gerar mais aprendizado.
O projeto propôs a promoção do desenvolvimento auto-organizado e autodeterminado dos artífices do antigo centro de Salvador/BA, em defesa da permanência e reconhecimento das tradições da ancestralidade africana.
Realizou ações para a construção da associação: capacitações e debates, treinamento em gerenciamento e execução de projetos, produção coletiva do estatuto social, produção de conhecimento comum sobre história e prática tradicional e mapeamento de mais de 100 iniciativas. A escolha de uma análise territorial como ponto de partida garantiu uma maior identifica..o dos artífices com a construção coletiva e uma apropriação, muito particular, dos mesmos pelo centro da cidade.
O projeto possibilitou os primeiros passos de um coletivo de trabalhadores na construção de um projeto negro e popular para o centro antigo de Salvador, mobilizou e integrou trabalhadores e preparou membros da coordena..o para o desempenho de suas atividades. A associa..o conseguiu se formalizar como Associação dos Trabalhadores de Artes e Ofícios do Centro Tradicional de Salvador (AACTS), sendo procurada e acolhendo trabalhadores que buscam melhores condições de vida no centro.
O projeto contribuiu para o empoderamento e autonomia financeira de mulheres negras da comunidade Curuzu e adjacências de Salvador/BA, a partir de oficinas de capacita..o para gerar renda e sobre gênero e raça.
O conjunto de atividades impactou a renda das mulheres e foi capaz de provocar independência para construir rela..es diferentes em suas casas e na comunidade.
As atividades incluíram oficinas de costura para o desenvolvimento de produtos – bolsas, sacolas e camisetas – confeccionadas a partir da valoriza..o e reafirma..o da identidade africana e afro-brasileira. Houve ainda forma..es que trataram a precifica..o, controle financeiro, customiza..o, gestão de redes sociais, e também questões raciais e equidade de gênero.
Ao todo, 30 mulheres negras e 4 homens negros foram beneficiados diretamente por essas atividades.
Por fim, ocorreu uma feira de artesanato para comercializar os produtos confeccionados no projeto e por outros artesãos da comunidade. Na programação, foram incluídas ações para prevenção e cuidados com a saúde da população negra, com atenção especial para idosos e mulheres, educação ambiental e ainda atividades culturais.
O projeto realizou diversos eventos – noites culturais, saraus e seminários – que reuniram vozes que compõem as resistências das periferias de Fortaleza/CE, construindo paralelos entre o trabalho do grupo Nóis de Teatro com in.meros homens e mulheres negros que estão reinventando o discurso sobre a cidade. Esses encontros tornaram possível o desenho de uma “cartografia poética”, que deu origem à montagem do espetáculo teatral “Ainda Vivas – Três Peças do Nóis de Teatro”. Altemar Di Monteiro e o poeta Pedro Bomba assinaram a dramaturgia do trabalho.
Com duração de 3 horas, o espetáculo buscou fundar “um lugar que reúne negrxs, mulheres e LGBTs no espaço público para o debate sobre sobre suas urgências. No tempo em que ‘eles combinaram de nos matar, a gente combinamos de n.o morrer’”. A estreia da pe.a – centrada no debate sobre racismo, machismo e LGBTfobia – aconteceu em julho de 2019 em Fortaleza, na sede do grupo e seguiu para o Centro Cultural Dragão do Mar, totalizando 27 apresentações.
O Grupo Mulher Maravilha atua nos municípios de Recife e Afogados da Ingazeira, apoiando mulheres da regi.o rural e de comunidades quilombolas do Sertão do Pajeú, Pernambuco – um dos estados brasileiros com maior índice de violência contra a mulher.
O projeto contribuiu para o empoderamento das mulheres negras da comunidade Nova Descoberta no enfrentamento das desigualdades existentes, especialmente as relacionadas . sa.de, identidade e meio ambiente. Foram realizados 6 encontros para capacita..o, apoiados em uma metodologia dialógica a partir de temas-chave como Outubro Rosa, Sa.de da Mulher Negra, Consciência Negra, Dia Mundial de Luta contra Aids, Comunica..o e Dia Internacional da Mulher. Outros 3 momentos foram promovidos ainda no âmbito do projeto: workshops sobre Cultura e Estética Afro, Penteados e Maquiagem; Autocuidado com Pr.ticas Integrativas; e Nutrição e Saúde. As rodas de conversa que trouxeram mais impacto foram as relacionadas. identidade e sa.de.
Como resultado, as mulheres participantes passaram a se identificar como negras e a exigir servi.os e a..es de qualidade para as mulheres e a população negra em geral, nas unidades básicas de saúde, conforme previsto nas políticas públicas federais.
No âmbito do projeto, ainda foi criado o Núcleo Dandara itinerante, com foco na discussão de gênero e raça para mulheres negras da comunidade, por meio de cine-debates, rodas de diálogo e oficinas.
Foram realizadas oficinas tem.ticas sobre Educação, Meio Ambiente e Lazer e Cultura, relacionadas ao tema central do edital “A cidade que queremos”, para contribuir com o fortalecimento da rede jovem de combate ao racismo e às desigualdades sociais de gênero e raça.
Em Educação, foram abordados os seguintes temas: reconhecimento e apreciação do legado da territorialidade negra – a crítica da estruturação do racismo, e foram destacadas estratégias de educação para as relações étnico-raciais. No tema Lazer e Cultura, foi abordada a história e o legado da sociabilidade negra – o quilombo Cabula como lugar de memória, da luta, da história, do direito de viver com dignidade. No tema Meio Ambiente, a abordagem foi a história da urbaniza..o, que teve impactos negativos, como a destruição de vidas em contato com a floresta, o modo agrícola do quilombo, fauna e flora, reforço às críticas às questões ambientais, ao racismo e, ao mesmo tempo, às formas herdadas pelos habitantes de ascendência quilombola no comunidades.
A Sambada do Coco começou no quintal de um terreiro e, logo em seguida, ganhou as ruas de Olinda/PE, transformando-se na tradicional Sambada de Coco do Guadalupe.
O evento mobiliza, por sambada, mais de duas mil pessoas e articula toda a comunidade, gerando trabalho e renda, ocupando o território e produzindo identificação cultural, com a brincadeira do coco. Mãe Beth de Oxum é articuladora da sambada, que é guiada pela musicalidade ancestral evocada pelo toque da zabumba de coco.
O projeto realizou doze edições da Sambada de Coco de Guadalupe, contribuindo para a visibilidade positiva desse bairro, nos primeiros sábados do mês de janeiro a dezembro de 2019. Antes de cada Sambada, o Centro Cultural promoveu uma sessão de filmes africanos ou afro-brasileiros.
Uma pequena parte do recurso foi investida na melhoria e manutenção de equipamentos para o palco, o que garantiu sua autonomia da iniciativa em relação a recursos governamentais.
O projeto realizou uma articulação para fortalecer o di.logo e a agenda política da população negra nas instituições estaduais de Alagoas e para construir elementos práticos de orientação de agentes públicos, especialmente policiais militares, sobre as práticas de racismo institucional na vida cotidiana. A partir da realiza..o de rodas de conversa, workshop e 2 seminários envolvendo diferentes atores, mas principalmente policiais, foi possível abrir um diáogo institucional com a corporação da Pol.cia Militar do Estado de Alagoas, sensibilizando para os problemas que afligem a população negra e de forma a fortalecer uma agenda antirracista no estado. O foco na polícia comunitária se deu de forma estratégica, já que esse setor da polícia tem maior e mais regular contato com a comunidade local.
A confecção de uma cartilha se constituiu como um instrumento para apoiar a formação de policiais, para fazer valer os direitos da população afro-alagoana. A Associação de Negras e Negros da Universidade Federal de Alagoas – ANU e Ministério Público do Estado de Alagoas (61a Promotoria de Direitos Humanos) foram importantes parceiros da iniciativa.
O Sítio Ágatha é dedicado a vivências e trocas de experiências agroecológicas, com base na militância popular, no feminismo e no antirracismo, liderado por três gerações de mulheres negras. As semente crioulas, que dão nome ao projeto, guardam em si a sabedoria dos ancestrais e a riqueza natural das terras e, por essa razão, devem ser preservadas e disseminadas. Elas são também conhecidas como sementes tradicionais e são, por definição, variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares ou camponeses, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas. Inspirados nesses conceitos e propósitos, foram realizados 4 encontros pedagógicos de trocas agroecológicas baseadas no feminismo negro, promovendo a articulação entre movimentos e a capacitação de mulheres militantes dos movimentos sociais da Região, com a intenção de fortalecer a agroecologia feminista e étnica, articulada em rede com diferentes grupos sociais para criar estratégias para lidar com o racismo estrutural. Foram priorizadas organizações de identidade afro-indígena, algumas das quais trabalham no campo da agroecologia e outras que agem e se integram à cultura popular tradicional e/ou periféricas. Embora as crianças não tenham sido foco, o projeto incluiu também a sua participação integrada, já que um dos princípios do Sítio Agatha é honrá-las como sujeitos ativos e co-responsáveis pelo ambiente construído, assim como tratar a maternidade com o devido acolhimento. Foi produzido um mapa sobre a situação do território e a garantia da segurança para sua subsistência e autonomia.
Tendo como objetivo avançar na incorporação da agenda do Direito à Cidade (Ilú Obirin significa Cidade das Mulheres, no idioma Iorubá), o projeto realizou uma agenda de 4 ações de incidência política e 20 atividades de formação, além das reuniões organizativas mensais da Rede Mulheres Negras de Pernambuco e outros coletivos e organizações em Recife e Região Metropolitana.
Os temas trabalhados nessas atividades foram: Direito à Cidade com Gênero e Raça; Como ter uma Cidade Segura para as Mulheres Negras?; Mulheres Negras e Direito à Moradia; Mulheres Negras e Mobilidade Urbana; e Racismo Ambiental e Direito à Cidade das Mulheres Negras.
Como resultado, a Rede alcançou uma maior aproximação com o Poder Legislativo estadual, através de sua participação no Conselho Político das Juntas Codeputadas e também da participação em audiências públicas e seminários realizados na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Como produtos dos debates intensos e do fortalecimento da Rede neste processo, foi lançada a Plataforma Mulheres Negras e Direito à Cidade e também foram produzidos uma publicação e um vídeo “A cor do Recife é Negra!”
A publicação contém propostas de ação para cada uma das temáticas dos debates realizados, como por exemplo: ampliar a construção de creches, priorizando as regiões periféricas da cidade e garantir a participação das mulheres negras nos mecanismos de participação social que influenciam nas políticas de planejamento urbano, como o orçamento participativo, conselhos e conferências.
A I Chamada para projetos de Organizações Afro-Brasileiras da Sociedade Civil foi lançada em 2014 e teve como objetivo apoiar por 12 meses, 22 organizações pequenas e médias da sociedade civil (OSCs) afro-brasileiras de todo o país na implementação de projetos que visassem ampliar a promoção da Equidade Racial. Foram recebidos 194 projetos de todo o país e das 22 organizações selecionadas, 13 são da região nordeste.
Esse edital teve apoio da Fundação Kellogg e da Fundação Ford.
Organização Parceira: AACADE – Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades Afrodescendentes
Local: João Pessoa – Paraíba
Duração: Janeiro 2015 – Junho de 2016
Objetivos:
– Promover e realizar ações de formação que permitam às comunidades e suas lideranças de se apropriarem dos instrumentos de implementação das políticas públicas;
– Promover o protagonismo e a autonomia das comunidades e suas lideranças por meio do exercício concreto da cidadania nas suas várias instâncias.
Organização Parceira: Associação das Lavadeiras de Lauro de Freitas
Local: Lauro de Freitas – Bahia
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Aumentar a produção da Associação, ampliando a comercialização e a geração de renda;
– Melhorar a vida das lavadeiras e a de sua família;
– Desenvolver a comunidade.
Organização Parceira: AJOMPROM – Associação de Jovens, Moradores e Produtores Rurais de Santa Luzia do Maruanum
Local: Macapá – Amapá
Duração: Janeiro de 2015 – Junho de 2016
Objetivos:
– Fomentar o “empoderamento” político-cultural das comunidades negro-quilombolas no estado do Amapá;
– Realizar oficinas temáticas e formações inter geracionais que visem a defesa e a efetivação dos direitos étnico-territoriais quilombolas.
Organização Parceira: Associação Terreiro Contemporâneo de Arte e Cultura
Local: Rio de janeiro- RJ
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Apoiar a Lei 10.639;
– Levar para as escolas públicas um espetáculo artístico-educacional que gere um debate com alunos e professores sobre o tema abordado e sobre a falta de informações das questões da cultura negra;
– Atingir outro público específico com apresentações em Terreiros de Religiões de Matriz Africana.
Organização Parceira: Centro de Formação para a Cidadania AKONI
Local: São Luiz – Maranhão
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Promover a valorização e a inserção das jovens nos processos organizativos e produtivos do mercado de trabalho, a partir dos princípios da Economia Solidária;
– Estimular o desenvolvimento socioeconômico sustentável.
Organização Parceira: Federação de Cultura Negra do Vale do Itapecuru Mirim
Local: Itapecuru Mirim – Maranhão
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Possibilitar, direta e indiretamente, a melhoria do nível de conhecimento de 560 mulheres jovens e trabalhadores(as) rurais, durante 12 meses;
– Disponibilizar informações e habilidades dos antepassados na área de saúde e educação alimentar e nutricional, que estão guardadas nos “gumés” de cultos afro-maranhenses.
Organização Parceira: REDESAN-Rede de Mulheres Negras para Segurança Alimentar e Nutricional
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Duração: 2014
Objetivos:
– Realizar um encontro com segmentos representativos em nível nacional;
– Proporcionar a formação, a discussão e a troca de experiências sobre Segurança Alimentar e Nutricional da população negra;
– Fortalecer as ações da Rede para que instrumentalizem as mulheres negras nas ações e elas modifiquem as iniquidades de gênero e raça;
– Analisar, avaliar e monitorar efeitos das políticas públicas para mulheres negras.
Organização Parceira: Sociedade Civil Religiosa Ilé Omolu Oxum
Local: São João de Meriti – Rio de Janeiro
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Contribuir para a efetiva participação de homens e mulheres negras na vida econômica e nos processos de desenvolvimento;
– Ampliar os instrumentos de aprimoramento da produção do artesanato afro-brasileiro;
– Gerar sustentabilidade dos produtos artesanais;
– Valorizar e preservar as culturas afro-brasileiras, especialmente as desenvolvidas nas comunidades de terreiro.
Organização Parceira: Sociedade de Culto Afro-Brasileiro Filhos de Obá
Local: Laranjeiras – Sergipe
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Criar o memorial do Terreiro Filhos de Obá, constituído de documentação arquivista e museológica;
– Dar visibilidade à trajetória da cultura afro-brasileira no Estado de Sergipe, inclusive mantendo uma pessoa qualificada para acompanhar as visitas e administrar todo o acervo.
Organização Parceira: Sociedade de Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais OMOLAIYÉ
Local: Aracaju- Sergipe
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivo:
– Criar possibilidades de intervenções nos casos de racismo, intolerância e discriminação contra as Comunidades Tradicionais de Religiões de Presença Africana no estado de Sergipe.
Organização Parceira: AQCC – Associação Quilombola de Conceição das Crioulas
Local: Salgueiro – Pernambuco
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivo:
– Melhorar as condições socioeconômicas das mulheres quilombolas de Conceição das Crioulas.
Organização Parceira: ACMUN – Associação Cultural de Mulheres Negras
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Duração: 2014
Objetivos:
– Ampliar a informação aos usuários do SUS sobre a existência de uma Política Nacional de Saúde Integral da População Negra;
– Contribuir para a implementação da PNSIPN na cidade de Porto Alegre.
Organização Parceira: Centro Cultural Coco de Umbigada
Local: Recife – Pernambuco
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivo:
– Realizar oficinas de produção cultural comunitária, compartilhando capacidades técnicas e políticas em quatro comunidades tradicionais de matriz africana na região metropolitana do Recife.
Organização Parceira: CECUN – Centro de Estudos da Cultura Negra do Espírito Santo
Local: Vitória – Espírito Santo
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Formar e orientar, por meio de nove atividades regionais (seminários e minicursos), em torno de 500 educadores(as) das redes públicas municipais, estaduais e federais sobre:
*O Racismo e a Educação nos espaços institucionais e formativos brasileiros;
*A Lei 10.639/03 – das Diretrizes Curriculares para Educação das Relações Étnico-Raciais: desafios e perspectivas;
*Ferramentas e subsídios fundamentais: plano de trabalho; projeto pedagógico.
Organização Parceira: CMNEGRAS – Coletivo de Mulheres Negras do Mato Grosso do Sul Raimunda Luiza de Brito
Local: Campo Grande – Mato Grosso do Sul
Duração: 2015
Objetivos:
– Capacitar jovens negras e negros para atuarem na gestão de fomentação de políticas de ações afirmativas para a juventude negra, nas esferas públicas e privadas;
– Formar novas lideranças;
– Proporcionar uma visão integrada dos malefícios do racismo institucional e criar estratégias conjuntas para combatê-lo.
Organização Parceira: Criola
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Contribuir para a:
*Qualificação de ativistas, profissionais e gestores de políticas públicas;
*Formulação de estratégias de incidência política e controle social;
*Gestão, monitoramento e avaliação de políticas públicas capazes de promover a igualdade racial e de gênero e o enfrentamento ao racismo patriarcal heteronormativo.
Organização Parceira: GMNMA – Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa
Local: São Luiz – Maranhão
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Contribuir para fortalecer o Movimento de Mulheres Negras no Estado do Maranhão, através da formação enquanto sujeitos políticos;
– Trazer à tona reivindicações e contradições resultantes da articulação das variáveis de raça/etnia, classe social, gênero, orientação sexual e idade/geração.
Organização Parceira: Grupo Ecológico e Cultural Tio Pac
Local: São Paulo – SP
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Produzir 2.000 DVD’s, exibir em 10 lugares e distribuir para escolas e cineclubes;
– Mostrar a concepção de família e de valores de 2 mulheres negras coletoras de resíduos sólidos que juntas somam mais de 1.000 pessoas assistidas e dezenas de adoções em cartório;
– Contrastar esta realidade com a das famílias de classe média que não tem filhos por não ter dinheiro e/ou não ajudam ninguém porque têm família para cuidar.
Organização Parceira: GMM – Grupo Mulher Maravilha
Local: Recife – Pernambuco
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Realizar ações de fortalecimento institucional junto às associações quilombolas, com a sua regularização jurídica e formação em gestão democrática;
– Garantir os direitos humanos quilombolas numa perspectiva de gênero, raça e etnia.
Organização Parceira: INEG/AL – Instituto de Negro de Alagoas
Local: Maceió – Alagoas
Duração: Janeiro a dezembro de 2015
Objetivos:
– Ofertar curso de formação política em Relações Raciais para 30 mestres, professores e instrutores de capoeira, para que os mesmos possam intervir de forma organizada – por meio de projetos – nas escolas onde atuam;
– Contribuir no processo de implementação do que preconiza a Lei 10.639/03;
– Contribuir para uma intervenção qualificada em outras instâncias, como o Conselho Estadual Para a Igualdade Racial de Alagoas (Conepir/AL).
Organização Parceira: Instituto Mídia Étnica
Local: Salvador – Bahia
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivo:
– Capacitar 15 jovens de bairros periféricos de Salvador em comunicação, empreendedorismo, cultura e organização de eventos, para que os mesmos gerem renda fomentando projetos de entretenimento e cultura em suas comunidades.
Organização Parceira: ODARA – Instituto da Mulher Negra
Local: Salvador – Bahia
Duração: Janeiro a dezembro de 2014
Objetivos:
– Capacitar jovens negras para se apropriarem das novas linguagens e tecnologias de comunicação;
– Habilitar o manuseio desses recursos a essas jovens, a fim de comunicar e difundir os conceitos, a visão política e as estratégias da comunidade e das organizações de mulheres negras, formando novas multiplicadoras.
Este edital foi lançado em 2016 com o intuito de apoiar por 12 meses, 10 projetos a nível nacional que fossem desenvolvidos por empreendimentos culturais que promovessem a cultura e a identidade negras em suas mais diversas linguagens como moda, audiovisual, gastronomia, literatura, teatro, artesanato, serviços, dança e etc, a fim de potencializar a qualidade e/ou alcance da proposta.
Foram recebidas 900 propostas de todo Brasil e os selecionados buscaram contemplar a diversidade de linguagens artísticas existentes.
Organização Parceira: KBRA Produções Artísticas
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Incentivar a inserção no negro na publicidade;
– Contribuir para o direito a representatividade da população negra;
– Melhorar a qualidade técnica para as produções do projeto;
– aumentar a demanda de materiais educativos com esse tema nas
Organização Parceira: Associação Artística Nóis de Teatro
Local: Fortaleza – Ceará
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Expor a discussão sobre o aumento da violência pelos bairros da cidade;
– Falar sobre o genocídio da juventude negra;
– Buscar uma maior reflexão sobre a desmilitarização da polícia, política brasileira e a cultura negra.
Organização Parceira: Black Brazil Art
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– A inserção de jovens que se encontram em cumprimento de medidas socioeducativas nas ações culturais das comunidades;
– O incentivo a criatividade e participação no campo da tecnologia digital;
– Visibilizar a produção de conteúdo dos jovens dessas comunidades revelando a diversidade e a linguagem.
Organização Parceira: Fazendo Milagres Cineclube
Local: Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Construir um ciclo de formação para debater o cinema negro e afrodiaspórico;
– Refletir, compreender e problematizar o lugar do negro no cinema e no mundo;
-Estreitar os laços das relações Brasil – África através do cinema.
Organização Parceira: Crespinhos S/A
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Ampliar a capacidade técnica doa produtora possibilitando o desenvolvimento de habilidades artísticas, comportamentais e culturais do seu elenco;
– Investir em equipamentos profissionais para a reposição da Crespinhos S/A no mercado publicitário;
– promover o encontro mensal com mais de 30 crianças e jovens negros para desenvolver seus talentos e inseri-los nos meios de comunicação.
Organização Parceira: Associação Move Cultura
Local: Contagem – Minas Gerais
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Ampliar e fortalecer a Rede Colaborativa, protagonizada por jovens negras(os);
– Realizar a capacitação e elaboração de projetos nas áreas de Comunicação, Economia Criativa e Empreendedorismo.
Organização Parceira: Associação Burlantins
Local: Belo Horizonte – Minas Gerais
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Ampliar a qualidade técnica, contando com a expertise de profissionais capacitados e sensíveis para a pluralidade técnica e poética da mulher negra contemporânea;
– Montar o espetáculo de mesmo nome na cidade de Belo Horizonte.
Organização Parceira: Associação de Afro Envolvimento Casa Preta
Local: Belém – Pará
Duração: 2016
Objetivos:
– Disponibilizar acesso gratuito a suas oficinas e atividades de formação de conteúdo digital para 80 jovens e adolescentes;
– Estimular a produção cultural desses jovens, valorizando a autoestima e a cidadania;
– Produzir conteúdos digitais informativos de promoção de igualdade racial e de combate ao racismo.
Organização Parceira: Bantu Cultural
Local: São Paulo – SP
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Publicar uma antologia de jovens escritores negros e três livros infantis e anfanto-juvenis;
– Permitir a formação adequada de crianças negras leitoras, com conteúdos de representação positiva, que demonstram a diversidade racial brasileira;
– Estimular a criação literária de negras(os) autoras(es).
Organização Parceira: Associação Comunitária do Assentamento Gurugi II
Local: Conde – Paraíba
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Auxiliar o aprimoramento das condições de produção e comercialização de produtos locais;
– Promover o protagonismo das mulheres negras como agentes de transformação social;
– Disseminar a cultura negra local, com foco no etnodesenvolvimento da região.
O edital lançado em 2016 tinha como objetivo apoiar empreendimentos de mulheres, cujos negócios estivessem vinculados à cadeia produtiva do setor têxtil e de moda, que considerassem aspectos de sustentabilidade, com geração de impactos positivos para a sociedade e o meio ambiente, e o desenvolvimento de melhorias nos processos produtivos e nas condições de trabalho. Os projetos apoiados foram desenvolvidos em até nove meses.
O edital recebeu 157 propostas e aprovou 15 projetos de 8 Estados.
Esta é uma parceria entre o Instituto Lojas Renner, ONU Mulheres e Fundo Baobá
Organização Parceira: AFDDP/Associação Franciscana de Defesa de Direitos e Formação Popular
Local: São Paulo – SP
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– A implantação do Núcleo de Educação Popular e Economia Solidária, envolvendo as mulheres na geração de trabalho e renda;
– Potencializar a capacidade de liderança e organização de 30 mulheres na área da serigrafia;
– Preparar essa mulheres para ingressar no mercado de trabalho através do processo de cooperativismo.
Organização Parceira: AMAC/Associação de Mulheres do Assentamento Cajueiro
Local: Poço Redondo – Sergipe
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Fortalecer a mini-indústria gerenciada por mulheres com a instalação do maquinário novo;
– Aumentar a qualidade e a quantidade da produção;
– Incentivar a capacitação de mulheres e jovens inseridas nos empreendimentos de serigrafia,impressão, corte, costura e gestão.
Organização Parceira: AMP/Associação das Mulheres Pintadenses
Local: Pintadas – Bahia
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Promover a inclusão social e econômica das mulheres em situações vulneráveis, garantindo a elas a igualdade de gênero nos negócios através da inserção socioprodutiva no ramo têxtil;
– Capacitar o grupo para aperfeiçoar o processo de confecção têxtil já existente, produzindo melhoras nas peças;
-Alcançar o desenvolvimento local sustentável.
Organização Parceira: ASPLANDE/Assessoria & Planejamento para o Desenvolvimento
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Criação de uma linha de acessórios femininos, bolsas e bijuterias confeccionadas por 60 mulheres de baixa renda através da técnica de reciclagem;
– Valorizar o artesanato local, a cultura da periferia e economia solidária.
Organização Parceira: Associação Comunitária das Mulheres Quilombolas da Comunidade de Malhada Grande
Local: Catuti – Minas Gerais
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Qualificar a tecelagem e melhorar as condições de trabalho das mulheres quilombolas
– Adquirir e instalar um kit de irrigação para áreas de plantios diversificados, superando as dificuldades ocasionadas pelas secas prolongadas;
– Oferecer uma oficina de divulgação e comercialização dos produtos.
Organização Parceira: Associação Polo de Moda da Serra Gaúcha
Local: Caxias d Sul – Rio Grande do Sul
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Qualificar o artesanato local através dos seus aspectos estéticos, criativos e funcionais;
– Valorizar a identidade regional aliando a tradição do artesanato com a inovação;
– Incentivar a indústria criativa para o aproveitamento dos resíduos têxteis.
Organização Parceira: Centro Comunitário Beneficente dos Moradores de Salema
Local: Rio Tinto – Paraíba
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Promover a qualificação e a inserção profissional de 30 mulheres empoderando-as cultural e economicamente;
– Realizar oficinas de sensibilização sobre gênero e consciência ecológica;
– Ofertar o planejamento participativo para produção têxtil, crochê e serigrafia.
Organização Parceira: Centro de Formação Padre Vigne
Local: Feira de Santana – Bahia
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Promover cursos de qualificação para mulheres em situação de vulnerabilidade social, visando a autonomia financeira para geração de emprego e renda;
– Capacitar as beneficiárias para a interação com as empresas do segmento.
Organização Parceira: Cooperativa Central Justa Trama
Local: Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Capacitar as costureiras e artesãs incentivando a criação de uma coleção de roupas e brinquedos;
– Criar uma plataforma de venda digital que beneficie essas profissionais.
Organização Parceira: Cooperativa Mista Solidária de Chapecó Coopersol
Local: Chapecó- Santa Catarina
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Melhorar a qualidade da produção e reduzir os custos;
– Qualificar as cooperadas por meio de cursos profissionalizantes;
– Aumentar o setor de vendas e expandir a atuação no mercado.
Organização Parceira: Pró Rei Associação Comunidade Projeto para Reintegração de Vidas (Instituto Pró Rei)
Local: São Paulo – SP
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Gerar fontes de renda para mulheres negras e periféricas;
-Desenvolver as habilidades específicas dessas mulheres para empreender no segmento da moda.
Organização Parceira: Martimar Planejamento Promoção Artística e Cultural LTDA ME
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Promover um editorial de moda produzido pelas alunas com distribuição local gratuita;
– Qualificar mulheres para visão empreendedora através do reaproveitamento do materiais descartáveis e o uso sustentável desses materiais.
Organização Parceira: Associação Beneficente São José – PROJARI
Local: Guaíba – Rio Grande do Sul
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Qualificar 15 apenadas da Penitenciária Feminina de Guaíba com um curso de corte e costura;
– Confeccionar um uniforme conforme as especificidades do gênero, promovendo conhecimento de modelagem, resgate da autoestima, valorização da condição feminina, geração de trabalho e renda e assim, contribuindo para a remissão da pena.
Organização Parceira: Instituto Asta
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016 – 2017
Objetivos:
– Desenvolver peças feitas com resíduos que possuam alto valor agregado;
– Oferecer treinamento especializado para 2 grupos de costureiras formando uma rede de produção.
Assim como na primeira edição, o II Edital Gestão para Equidade – Juventude Negra, lançado em outubro de 2016, contribuiu para o desenvolvimento e a implementação de práticas inspiradoras de gestão escolar que buscassem elevar os resultados educacionais dos jovens negros e negras na rede pública de Ensino Médio.
Desenvolvido pelo Baobá, pelo Instituto Unibanco e pela Universidade Federal de São Carlos (UFScar), esta edição também foi direcionada a escolas públicas de Ensino Médio e Organizações Sociais legalmente formalizadas com comprovada atuação na área de Educação e superação das desigualdades raciais.
Foram recebidas 184 propostas e 10 projetos foram aprovados em 7 Estados.
Organização Parceira: Escola Estadual Carmosina Monteiro Vianna
Local: São Paulo – SP
Duração: 2016
Objetivos:
– Visibilizar a discussão em torno da violência que incide sobre o jovem negro em rodas de conversa, produções de vídeo e reportagens, onde os jovens eram protagonistas;
– Propor ações de ampliação de debate entre a escola e a comunidade, visando o combate ao racismo e a promoção do respeito a diversidade racial.
Organização Parceira: INEG/AL Instituto do Negro de Alagoas em parceria com a Escola Estadual Deputado Rubens Canuto
Local: Maceió – Alagoas
Duração: 2016
Objetivos:
– Desenvolver ações de promoção de equidade e de respeito a diversidade étnico-racial na escola e na comunidade;
-Modificar o projeto político pedagógico da escola com a inclusão de referenciais negros;
– Incluir atividades culturais no calendário anual que oferte protagonismo a cultura negra e a questão racial.
Organização Parceira: CIEP 173 Rainha Nzinga de Angola
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016
Objetivos:
– Estimular o debate sobre a redução da maioridade penal e as formas que a violência policial incide sobre os jovens da comunidade local;
– Realizar formações continuadas aos docentes sobre a implementação da Lei 10.639.
Organização Parceira: Criola em parceria com Instituto de Educação Carmela Dutra
Local: Rio de Janeiro – RJ
Duração: 2016
Objetivos:
– Promover o debate sobre racismo, sexismo, fobias LGBTs, estética e defesa de direitos;
– Realização de 28 oficinas de construção de narrativas pessoais e coletivas tendo como apoio e uso dos recursos multimídias, culminando com um festival multimídia aberto a comunidade;
– Envolver a equipe escolar e a comunidade tornando-os agentes conscientes de combate ao racismo e as demais formas de discriminação.
Organização Parceira: Núcleo de Desenvolvimento Social – NDS em parceria com a Escola Estadual Myriam Coeli
Local: Natal – Rio Grande do Norte
Duração: 2016
Objetivos:
– Usar a metodologia da educomunicação para a promoção de combate ao racismo e a discriminação na escola;
– Formar grupos de alunos multiplicadores instruídos em direitos humanos, relações étnico-raciais, respeito as relações de gênero e diversidade religiosa;
– Formar professores voltados a justiça restaurativa.
Organização Parceira: GMM/Grupo Mulher Maravilha em parceria com a Escola Dona Maria Teresa Correia
Local: Recife – Pernambuco
Duração: 2016
Objetivos:
– Incentivar o diálogo, a promoção da equidade e do respeito a diversidade entre a comunidade da escola, estimulando o protagonismo das(os) jovens envolvidas(os);
– Realizar uma oficina de rádiodifusão com 30 estudantes para transmissão do programa “Negritude fala mais alto!” na rádio comunitária;
– Formar professores e gestores para uma maior sensibilização em relações raciais e direitos humanos.
Organização Parceira: Escola Estadual de Ensino Médio Belo Porvir
Local: Epitaciolândia – Acre
Duração: 2016
Objetivos:
– Promover a equidade racial por meio de uma gestão escolar sensível a essa perspectiva, estimulando o diálogo, a convivência e o respeito ao outro;
– Respeitar a diversidade com suas características sociais e culturais, privilegiando o coletivo acima do individual;
– Analisar as práticas pedagógicas inserindo a questão racial em diferentes disciplinas.
Organização Parceira: Comunidade Quilombola Morada da Paz em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Alvorada
Local: Alvorada – Rio Grande do Sul
Duração: 2016
Objetivos:
– Promover uma educação antirracista, valorizando a equidade e inserindo saberes para além do tradicional conhecimento acadêmico, focalizando nos saberes ancestrais, na convivência e aprendizado com as (os) mais velhas(os);
– Fortalecer o pertencimento a cidade em ênfase nas memórias de pessoas comuns, negras e pobres que também construíram vidas nos bairros, mas que não encontravam espaço em propostas educacionais tradicionais;
– Elevar a autoestima das(os) alunas(os) negras(os), reduzindo a evasão escolar e diminuindo os conflitos raciais dentro da escola.
Organização Parceira: Coletivo ComuOnã em parceria coma Escola Estadual Professora Esther Garcia
Local: São Paulo – SP
Duração: 2016
Objetivos:
– Refletir sobre as desigualdades enfrentadas pelas(os) jovens negras(os) na sociedade, como a mídia naturaliza essa violência e assim descortinar o discurso jornalístico hegemônico;
– Capacitar e instrumentalizar os alunos para produção dessa análise;
– Promover oficinas nas áreas de comunicação para reflexão sobre raça e gênero e representação dos negros nas mídias.
Organização Parceira: Instituto de Apoio ao Desenvolvimento e Inclusão Social – IADIS em parceria com EREM Presidente Costa e Silva
Local: Chã de Alegria – Pernambuco
Duração: 2016
Objetivos:
– Desenvolver nas(os) alunas(os) senso crítico para reconhecer o racismo e a discriminação, seus efeitos na história do Brasil e a situação da população negra;
– Promover três cursos: Diagnóstico (sobre a história da(o) negra(o) no Brasil com uma perspectiva negra), formativo (tratar das lutas e conquistas do movimentos negros organizados) e atitudinal ( abordar questões de mercado de trabalho e inserção das(os) jovens negras(os), formando e estimulando ações empreendedoras).