Morre o ator Sidney Poitier aos 94 anos

Sidney Poitier, ator norte-americano de 94 anos, morreu nesta sexta-feira, 7 de janeiro. O anúncio oficial de seu passamento foi feito pelo ministro das Relações Exteriores das Bahamas, Fred Mitchell.

Sidney Poitier nasceu em Miami, nos Estados Unidos, mas mudou-se para as Bahamas, país do Caribe, ainda criança. Voltou para os Estados Unidos aos 15 anos. Ele tinha tanto a nacionalidade do país caribenho quanto a dos Estados Unidos. Exerceu o cargo de Embaixador das Bahamas no Japão em 1997 e em 2007.

Poitier chamou a atenção mundial ao se tornar o primeiro ator negro a receber o Oscar, em 1964. por sua atuação em “Lilies of The Field” (Uma Voz nas Sombras). Ele fez o papel de Homer Smith, um homem que sofre uma pane em seu carro, para em uma propriedade rural cuidada por freiras. Elas acreditam ser ele um enviado de Deus para a construção de uma igreja no local.

A partir do Oscar, Sidney Poitier estrelou outras obras marcantes como “Adivinhe Quem Vem para Jantar” e “No Calor da Noite”. Poitier recebeu em 2001 outro Oscar, este honorário, pelo conjunto de sua obra.

Nota Oficial: Mudança na diretoria executiva do Fundo Baobá

09.12.2021

Após sete anos como diretora executiva do Fundo Baobá para Equidade Racial, Selma Moreira deixa o cargo para assumir uma posição na iniciativa privada. Ela será sucedida, a partir do dia 09 de dezembro, pelo ex-presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá, Giovanni Harvey.

A competência e a dedicação de Selma Moreira deram uma inestimável contribuição ao processo de fortalecimento institucional do Fundo Baobá. 

Ela desenhou o atual modelo de governança, articulou a criação do Comitê de Investimentos e alinhou o Fundo Baobá às melhores práticas de compliance, dentre outras iniciativas. Durante a sua gestão o Fundo Baobá ampliou a vigência do contrato com a Fundação Kellogg, captou recursos que ampliaram o endowment para uma cifra superior a 60 milhões de reais, doou mais de 14 milhões de reais através de 21 parcerias institucionais e 16 editais que resultaram no apoio direto a 553 iniciativas individuais e 279 organizações negras comprometidas com a promoção da equidade racial no Brasil. Aproximadamente 500 mil pessoas foram impactadas em função destes investimentos.

O Conselho Deliberativo do Fundo Baobá, em sintonia com todas as demais instâncias da instituição, entendeu que deveria designar um membro da governança que tivesse a experiência e o conhecimento necessários para dar continuidade ao trabalho.

Giovanni Harvey foi o consultor responsável pelo Planejamento Estratégico do Fundo Baobá (2017 – 2026), passou a integrar o Conselho Deliberativo em 2018 e atualmente exercia o segundo mandato como presidente do colegiado. Ele tem 30 anos de experiência como executivo na iniciativa privada, no terceiro setor e na administração pública. Foi Secretário Nacional de Políticas de Ações Afirmativas e Secretário Executivo na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República – SEPPIR/PR. 

Selma Moreira e Giovanni Harvey trabalharam juntos ao longo dos últimos quatro anos e a transição está sendo realizada num ambiente de harmonia e cooperação. 

Temos a firme convicção de que Selma Moreira continuará a contribuir para o fortalecimento da agenda da Equidade Racial e que Giovanni Harvey construirá um legado de igual valor como diretor executivo do Fundo Baobá. 

Sueli Carneiro
Presidenta do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá

Nota Oficial sobre o assassinato do Senhor João Alberto Silveira Freitas

Nota Oficial sobre o assassinato do Senhor João Alberto Silveira Freitas

As instâncias de Governança do Fundo Baobá para a Equidade Racial expressam, em nome de todas as pessoas que fazem parte da instituição, a mais absoluta perplexidade, indignação e repulsa com a sequência criminosa de atrocidades perpetradas por “seguranças” da rede Carrefour, na noite de ontem, dia 19 de novembro de 2020, nas dependências de uma das unidades da rede, localizada na cidade de Porto Alegre.

Os empreendimentos comerciais e as instituições públicas não podem mais continuar a se eximir da adoção de medidas de prevenção e nem, tampouco, continuarem a terceirizar as suas responsabilidades em episódios desta natureza.

O assassinato de um cidadão negro, por dois pretensos “seguranças”, supostamente vinculados à empresa Vector Segurança, sendo um deles integrante da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, é um crime bárbaro cujas consequências não podem, mais uma vez, serem geridas dentro da “zona de conforto” das marcas.

Expressões como “romperá contrato com a empresa que responde pelos seguranças ”, “desligamento do funcionário que estava no comando da loja” e “o Carrefour lamenta profundamente” não surtem mais efeitos diante dos reincidentes episódios, tornados públicos desde as agressões sofridas pelo senhor Januário Alves de Santana, em 2009, em uma unidade do Carrefour na cidade de Osasco, no Estado de São Paulo.

As instâncias de Governança do Fundo Baobá têm consciência de que as agressões físicas praticadas por “seguranças” de shoppings centers e estabelecimentos comerciais não se limitam à rede Carrefour. Episódios de discriminação e racismo fazem parte do nosso cotidiano e acontecem todos os dias, em todo o Brasil.

Estes crimes, recorrentes e previsíveis, seriam evitados caso houvesse uma ação efetiva de prevenção e controle da truculência da força de trabalho, notadamente na linha de frente do atendimento.

O enfrentamento ao racismo estrutural e às expressões da branquitude devem ser uma responsabilidade de todas as instituições, empresas, cidadãos e cidadãs, sem prejuízo da ação dos entes federativos que constituem o Estado brasileiro, através da implementação de políticas públicas. O momento exige iniciativas que vão além da punição de crimes: precisamos nos unir para superar os gargalos que impedem a equidade e a justiça social, para criar laços e fortalecer o respeito entre todes, independentemente da origem étnica, do gênero ou da orientação sexual.

Este trágico episódio exige, no mínimo, por respeito póstumo à memória do senhor João Alberto Silveira Freitas e ao luto da sua família, uma ação contundente e articulada da sociedade brasileira, das instituições judiciárias e dos órgãos responsáveis pela tutela e controle da atividade jurisdicional.

São Paulo, 20 de novembro de 2020

Comitê Executivo do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá para Equidade Racial

Giovanni Harvey

Sueli Carneiro

Amália Fischer