Diferentes histórias, um sentimento em comum: o amor pela educação. Em um momento frágil para a educação brasileira, jovens selecionados pelo Programa Já É mostram que o amor pelo ensino resiste

Segundo uma pesquisa realizada em 35 países pela organização educacional Varkey Foundation, o Brasil é o país com menor índice de  valorização dos professores. Além disso, o sistema de ensino público do país convive com a baixa remuneração, a falta de incentivo e de planos de carreira bem definidos – fatores que muitas vezes minam a motivação.

Estes são apenas alguns dos diversos problemas que atingem os profissionais de educação brasileiros. Ainda sim, em meio a um cenário profissional turbulento e uma classe desprestigiada, alguns jovens estudam com afinco para se tornarem professores.

Quando questionada sobre qual o seu maior sonho, Laysa Stefani, 18 anos, responde instintivamente: “tentar marcar vidas. Assim como a minha professora marcou a minha vida. Eu quero fazer isso com outras crianças, marcar a vida delas.”

O profissional da pedagogia, por estar em uma área direcionada à atuação com crianças, participa de fases importantes do desenvolvimento. Esses profissionais acabam se tornando grandes referências na vida de seus alunos.

Laysa Stefani, 18 anos

Foi a  observação da relação entre aluno e professor que fez Laysa optar pelo curso. “Quando as minhas irmãzinhas iam para escolinha, porque o pai delas tinha que trabalhar, eu via o jeito que elas chegavam felizes para estudar. Eu via a admiração que elas tinham pela professora da escolinha e eu percebi que era aquilo que eu queria pra mim quando tivesse que pensar numa profissão, uma coisa que eu queria fazer pra minha vida”, conta.

Apesar da beleza da profissão, o desprestígio dos professores é cada vez maior, assim como os artistas. É nesse cenário adverso que João Gabriel Ribeiro, um cearense de 20 anos, que partiu do seu estado natal para São Paulo em busca do seu objetivo de viver da música, estuda para cursar licenciatura na área.

Ele, que vivia com a sua mãe em uma cidade há cerca de 300 km de Fortaleza, chamada Milhã,  não tinha muitas oportunidades para explorar seu dom e realizar seus sonhos no município onde vivia. É quando ele decide buscar sua felicidade na Grande São Paulo onde, segundo ele, é mais fácil encontrar projetos sociais que o levem a realizar seus sonhos, como o Fundo Baobá.

Quando questionado sobre as motivações para se tornar professor de música, o artista diz querer “levar o ensino da música a mais pessoas que não tiveram, ou que não têm, as mesmas oportunidades que eu tive.”

João Gabriel Ribeiro, 20 anos
João Gabriel Ribeiro, 20 anos

Além disso, o jovem reconhece que, como professor, ele pode ajudar outras pessoas a explorar os seus talentos. “Muitas pessoas não têm a oportunidade de conhecer novos horizontes, alguns têm muito talento e não conseguem desenvolvê-lo e acabam se perdendo e indo para outros caminhos.”

Percebe-se que os jovens que estudam para atuar na área da educação estão buscando repetir padrões positivos da vida deles. Seja um professor exemplar, ou a experiência em si de ser aluno, eles querem reproduzir o que um dia a educação os causou. “O papel da educação na minha vida foi me ensinar a ver o mundo”, afirma João.

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