Por Vinícius Vieira

Dois editais do Fundo Baobá para Equidade Racial foram destaques na imprensa no mês de setembro em momentos distintos. Enquanto o Edital Vidas Negras: Dignidade e Justiça, divulgava a sua lista final com as 12 iniciativas selecionadas, no dia 9, o Edital Quilombolas em Defesa: Vidas, Direitos e Justiça, por sua vez, foi lançado no dia 23.

Com apoio do Google.Org, braço filantrópico do Google, o edital Vidas Negras teve a sua lista de selecionados noticiada em portais de notícias como: Valor Econômico, Terra, Metrópoles, Correio Braziliense, IP News, Capital Digital, Tribuna do Agreste e Tribuna do Sertão, e também nos portais da mídia negra como: Revista Raça, Cultura Preta, Ceará Criolo e Instituto Geledés da Mulher Negra. Além do próprio Google que destacou o tema no seu blog institucional.

Enquanto isso, o Quilombolas em Defesa, lançado em parceria com a Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), apoio da Fundação Interamericana (IAF) e ação integrada da Aliança Entre Fundos, foi destaque no Yahoo, Cedefes, Bahia.ba, Jornal do Sudoeste, Notícias de Contagem, Rede GN e no portal Notícia Preta.

A participação da diretora executiva e do presidente do conselho deliberativo do Fundo Baobá em eventos virtuais, também foi tema na imprensa no mês de setembro. O Correio Braziliense divulgou a presença do presidente do conselho deliberativo da organização, Giovanni Harvey, no webinar “Políticas Públicas para a Igualdade Racial”, organizado pelo Insper – Centro de Gestão e Políticas Públicas.

O evento, que aconteceu no dia 21 de setembro, contou também com as participações de Rosane Borges (ECA-SP) e Ricardo Henriques (Instituto Unibanco), teve a mediação de Laura Machado (Insper) e a abertura institucional feita pelo coordenador do Núcleo de Estudos Raciais, Michel França.

Em sua fala, Giovanni Harvey ressaltou a percepção que as pessoas brancas tem em relação a desigualdade racial no Brasil e o quanto que ela é estruturante nas relações sociais: “Na condição de um velho militante do movimento negro, eu sempre procuro refletir à respeito da capacidade que o racismo no Brasil tem de se transformar para preservar os privilégios da branquitude. Entendendo a branquitude não como uma característica fenotípica, mas como uma forma de pensar a organização da sociedade brasileira”.

Giovanni afirmou que não acredita na implementação da agenda antirracista por pessoas brancas de forma imediata: “A gente tem que tomar cuidado com iniciativas de grupos que, em busca da manutenção de seus privilégios, tem aderido formalmente a agenda antirracista. De uma hora pra outra, todas as pessoas que nunca falaram de desigualdade racial estão colocando nas suas redes sociais que são antirracistas. Eu não acredito em gente antirracista da noite pro dia”.

O presidente do conselho deliberativo do Fundo Baobá também fez uma crítica a chamada mercantilização da militância negra: “Eu tenho 57 anos de idade e sou militante do movimento negro desde a adolescência. De repente, todo esse conhecimento que nós adquirimos, em anos de luta, começa a ser negociado com ofertas de prestação de serviço de gestão de crise de empresas”, disse Giovanni, fazendo uma revelação: “Eu não vou fazer gestão de crise de empresa racista e, muito menos, mitigação de dano de reputação de instituição racista. É muito mais fácil eu utilizar o que eu aprendi nesses anos de militância, à serviço do movimento social, justamente para denunciar isso. Porque senão nós corremos o risco de esquecer tudo que aconteceu e criar uma democracia racial de faz de conta”, finaliza.

O evento completo pode ser assistido na íntegra aqui.

No dia 20 de setembro, foi a vez do portal do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) divulgar o evento virtual “ESG na Prática: Parcerias e Negócios para um mundo em transformação”, que contou com a participação da diretora-executiva do Fundo Baobá, Selma Moreira, e também com as presenças de Adriana Machado (Fundadora do Briyah Institute), Ricardo Batista (CEO do Tribanco),  Tarcila Ursini (EB Capital), além da mediação de Graziella Comini (professora associada da FEA/USP e vice-presidente do IPÊ).

A cobertura completa da mesa virtual “Como evitar o ESG Washing?” pode ser conferida na matéria especial no site do Fundo Baobá.

Selma Moreira também ganhou destaque no portal Estágios e Mercado de Trabalho, que divulgou, no dia 27, a sua participação na Conferência Juntos, que aconteceu entre os dias 2 e 3 de outubro. Realizada pela McKinsey & Company, a conferência virtual tinha a premissa de influenciar a formação de uma geração de jovens profissionais negros no ambiente corporativo. A diretora-executiva do Fundo Baobá participou da mesa “Governança ambiental, social e empresarial: impacto holístico e responsabilidade corporativa”, que também teve a participação de Alberto Cordeiro (McKinsey & Company) e Valquíria Tonello (Superintendente no Jurídico do Itaú Unibanco).

Coletiva Negras que Movem – Portal Geledés 

Enquanto isso, a tradicional coluna “Coletiva Negras que Movem”, do Instituto da Mulher Negra Geledés, com as apoiadas do Programa de Aceleração e Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, publicou no dia 4, o texto Filosofia da Lata Vazia – O Peso de Todas as Coisas, de autoria da dançarina, DJ e performer, Laura Sancos.

A psicóloga doutoranda e mestre em Psicologia, gestora de Políticas Públicas de Juventude, Gênero e Raça e integrante da atual gestão do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG), Larissa Amorim Borges, com a graduanda em Ciências Aeronáuticas, pilota em formação, comissária de voo gestora da página Voe Como Uma Negra, membro do Comitê de Tripulantes negros do SNA e cofundadora do Quilombo Aéreo, Laiara Amorim Borges, ao lado da bacharel em Direito, coach de desenvolvimento pessoal afrocentrado, defensora popular, coordenadora cultural e de eventos e integrante do coletivo Juventude de Terreiro Cenarab (MG), Lorena Amorim Borges, escrevam juntas o artigo Intersecção de saberes: Movimento Negro, Direito, Psicologia, Terreiro e outras Pretitudes

Outro artigo escrito em parceria foi Precisamos olhar com carinho para nossas trajetórias, antes que o racismo acabe com o que resta de nós, de autoria de Carolina Brito, pós-graduanda em História e Cultura Afro-brasileira, MBA em produção de conteúdo para mídias digitais e Bacharela em Arte e Mídia, produtora cultural, além de diretora e idealizadora da Enegrecida, em parceria com historiadora, mestranda em História, Coordenadora do Grupo de Estudos Literários em Escrituras Negras e a autora do livro O Pensamento de Angela Davis, Bruna Santiago. 

Por fim, o texto Lutemos pela educação, ela é espaço de luta e resistência!, foi escrito pela graduada em Serviço Social, pós-graduada em Política de Assistência Social e MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, Sibele Gabriela dos Santos.

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