Por Wagner Prado

O Brasil perdeu no início da tarde deste 30 de maio uma de suas grandes referências artísticas da dramaturgia. Morreu no Rio de Janeiro, em consequência de problemas relacionados a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o ator Milton Gonçalves, de 88 anos.
Milton Gonçalves fazia parte do elenco de atores da Rede Globo, onde fez praticamente tudo: 40 novelas, casos especiais, minisséries, humorísticos e apresentações. Gonçalves era mineiro de Monte Santo. Ele nasceu em 9 de dezembro de 1933.

Neste ano de 2022, o ator foi homenageado pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, do Rio de Janeiro, com o enredo Axé, Milton Gonçalves – No Catupé da Santa Cruz, que mostrou a história do ator desde sua saída de Minas, a chegada no Rio, seu envolvimento no mundo das artes e o engajamento político. Milton foi um dos fundadores do Teatro de Arena, onde se destacou com as peças “Eles não Usam Black Tie” e “Arena Conta Zumbi”. Como ativista político, militou em prol da redemocratização durante a Ditadura Militar. Também foi voz influente no debate racial, dentro e fora do então PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e desde 2017 MDB (Movimento Democrático Brasileiro).

Na tevê, Milton Gonçalves fez personagens marcantes, como o Braz Canoeiro, na primeira versão da novela Irmãos Coragem (1970/1971). Sua última participação em novelas ocorreu em 2018, quando interpretou o catador de lixo Eliseu em “O Tempo Não Para”.

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