Trabalho tecnológico e trajetória ativista definem a missão da Amadi Technology, apoiador do Programa Já É

O nome Amadi significa alegria e harmonia, ele veio de um ritual conhecido como Ikomojade, que dá nome ao recém nascido dentro da tradição Yorubá. “Há um ano e meio nossa filha nasceu e recebeu esse nome na comunidade tradicional de terreiro, o Ilê Alaketu Ifá Omo Oyá, da qual fazemos parte”, diz Agnes Karoline, CEO da Amadi Technology, empresa que leva o mesmo nome de sua filha com o esposo e sócio Renato Racin.

A trajetória da Amadi Technology começou com Renato Racin. Trabalhando há 15 anos com informática, iniciou os seus trabalhos com o setor privado, depois contribuiu para ativistas de direitos humanos e ativistas políticos, além da comunidade de software livre. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Renato lutou por melhores condições de acesso e permanência na universidade.  

Com o aumento das demandas por trabalhos de TI com as organizações do terceiro setor, principalmente organizações que lutam pela defesa dos direitos humanos, houve a necessidade de aumentar o nível de profissionalização no atendimento dessas demandas e por uma gestão mais eficiente: “Foi então que constituímos uma sociedade, com a atual diretora-executiva Agnes Karoline”, revela Renato. Graduada em Ciências Sociais também pela UNIFESP, Agnes também possui cursos na área de gestão pública (ETEC CEPAM USP) e gestão e elaboração de projetos sociais (PUC).

Renato Racin, filosofo e sócio da Amadi Technology

Hoje, a Amadi Technology, conta com a colaboração de pessoas que constituem uma Equipe Executiva (Diretora Executiva, Coordenadora Administrativa e Financeira e Diretor de Tecnologia) e a Equipe de Tecnologia, que conta com um analista de suporte nível 1, que realiza seleção, implantação e manutenção de hardwares e software básico e de apoio, um analista de suporte pleno, responsável pelo atendimento de nível 2 e um parceiro de infraestrutura e prestação de serviços na área de elétrica, cabeamento estruturado e Circuito Fechado de TV (CFTV). “Recentemente, também passamos a contar com duas consultorias, responsáveis pelo processo de institucionalização da nossa comunicação e apoio jurídico”, conta Agnes Caroline.

Para Renato, o grande diferencial do trabalho oferecido pela Amadi Technology é a unidade da tecnologia com questões humanas: “Juntamos o trabalho tecnológico com a nossa trajetória ativista e também a experiência com a ancestralidade para dar sentido à empresa e para a missão que temos”.

A missão da Amadi Technology consiste em: 

– Oferecer recursos tecnológicos personalizados para melhorar processos internos de empresas e organizações, agregando maior produtividade por meio de uma gestão inteligente, responsável e confiável em Tecnologia da Informação e Informática. 

– Democratizar o uso das tecnologias da informação e informática, tanto em sua dimensão técnica como de apropriação digital, apresentando suas inúmeras possibilidades de uso criativo e adequado para todos os gêneros, etnias ou raças, modos de existências, lutas ou resistências e para todas as gerações.

“Tudo isso impulsionou nossa profissionalização no campo de direitos humanos e segurança da informação para o terceiro setor”, revela Agnes.

Agnes Karoline, CEO da Amadi Technology e graduada em Ciências Sociais

E foi com essa vontade de mudar o mundo, oferecendo um bom serviço tecnológico, que os caminhos da Amadi Technology e do Fundo Baobá para Equidade Racial se cruzaram em 2019, conforme relembra Renato: “A diretora-executiva do Fundo Baobá, Selma Moreira, entrou em contato comigo para realizar a prestação de um serviço pontual de organização do parque de TI do escritório. Na oportunidade, foi possível identificar alguns recursos de produtividade que poderiam ser implantados na organização”. Hoje a parceria entre Amadi e Baobá segue forte: “Após a realização desse serviço inicial, iniciou-se uma parceria que hoje conta com um atendimento personalizado para Suporte e Gestão de TI, além de Compliance na área de proteção de dados pessoais”.

E a parceria entre Fundo Baobá e Amadi Technology se intensificou ainda mais durante a execução do “Já É: Educação e Equidade Racial”. Lançado em 2020, o Programa tem a premissa de apoiar jovens negros entre 17 e 25 anos para o acesso à universidade. As e os jovens selecionados são de regiões periféricas da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo e receberam bolsa de estudos para frequentar aulas em um cursinho pré vestibular. O Programa conta com o apoio da Citi Brasil, Demarest Advogados e também da Amadi Technology, que foi fundamental considerando que as aulas iniciaram de forma remota, devido a Covid-19: “Após receber uma demanda operacional, para o levantamento orçamentário para a compra de notebooks e preparação dos mesmos para uso, percebemos a grandeza do Programa Já É e uma oportunidade de exercer nossa missão de facilitar os processos de democratização dos usos de tecnologias digitais”, diz Agnes. 

A Amadi Technology facilita a informatização dos alunos durante as aulas virtuais do Programa Já É: “Inicialmente realizamos uma pesquisa de equipamentos apropriados para contemplar as necessidades dos(as) estudantes do programa. Essa pesquisa inicial contou também com um estudo orçamentário e dos pré-requisitos da plataforma de estudos do cursinho..

Sugerimos também a instalação de um Sistema Operacional Livre (GNU/Linux) em todos os computadores, por conta de questões de segurança e estabilidade dos equipamentos, além de toda a economia com licenças proprietárias de software”. Afirma Renato.

O apoio ao Programa Já É do Fundo Baobá, não é a primeira e nem única incursão da Amadi Technology na esfera da equidade racial, o grupo de desenvolve o tema não apenas em outras parcerias mas dentro da própria empresa: “Apoiamos projetos em nosso território que fazem formação com mulheres na perspectiva interseccional, que é o curso das promotoras legais populares e também realizam atendimento para mulheres vítimas de violência doméstica, onde grande parte destas mulheres são periféricas e negras”, diz Agnes Karoline. “Os critérios de seleção para funcionários têm alta prioridade mulheres negras ou de comunidades tradicionais. Nossas parcerias estratégicas também contam com a sensibilidade para os debates dos direitos humanos”, reforça, acreditando que essa deve ser uma responsabilidade de todo o setor privado: “Em nossa opinião, o setor privado tem que ter responsabilidade social. Entender sua responsabilidade enquanto ator de impacto em questões de ordem econômica, política, social e cultural”.

Agnes Karoline durante a aula inaugural do “Programa Já É: Educação e Equidade Racial”

Agnes Caroline avalia de forma positiva o resultado da parceria da Amadi Technology no Programa Já É: “Conseguimos neste momento já ter entregado os computadores para os estudantes que é um recurso básico para acessar as aulas. E também ficamos disponíveis para eles dando suporte remoto às dificuldades com o hardware ou com o sistema operacional. Em breve faremos uma interação com as aulas para trazer o debate da tecnologia e segurança da informação e tecnopolítica”, que deixa também uma mensagem para todos(as) os(as) jovens participantes do Programa: “Você não está sozinho(a), a luta dos nossos ancestrais vem de muito tempo para chegarmos até aqui. Acredite em você. Todos os lugares são também pra vocês e não acredite naqueles que digam ao contrário ou menos que isso”.

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