Após doze anos de atuação, Baobá segue sendo pioneiro em promover a transformação social pelos quatro cantos do País

Uma grande missão foi posta para o movimento negro brasileiro com esta frase: “Baobá, a árvore símbolo da sustentabilidade da causa da equidade racial. Cultive e regue essa ideia”. Ela foi dita por Magno Cruz, uma das grandes referências de liderança negra no Nordeste brasileiro, lá em 2009, aos futuros membros do que viria a se tornar o primeiro e maior fundo patrimonial no Brasil dedicado exclusivamente à promoção da equidade racial para a população negra.

Ao longo dos anos, o Brasil testemunhou projetos políticos que mantiveram pessoas negras em situações precárias e marginalizadas, perpetuando assim uma estrutura de opressão e exclusão social. Isso contribuiu para uma população muito invisibilizada, no que tange à construção e à prática de políticas públicas existentes para a redução de desigualdades sociais e opressões vividas até hoje pela população negra. 

“Dar a conhecer sobre a nossa forma de atuação, seleção e realização das doações é garantir que nosso trabalho chegue em territórios onde o poder público ou mesmo o investimento social privado não chega. É isso é um dos nossos grandes desafios”, afirma Fernanda Lopes, Diretora de Programa do Fundo Baobá.

É preciso olhar para o passado para seguir em frente, assim nos ensina a filosofia Africana Sankofa. E é exatamente o que faz o Baobá – Fundo para Equidade Racial no decorrer desses 12 anos de existência, atuando prioritariamente em territórios desassistidos, com o objetivo principal de fomentar a justiça social apoiando iniciativas negras de Norte ao Sul do Brasil. Ao exercitar esse olhar, atualmente mais de 800 iniciativas apoiadas já foram beneficiadas pelo Fundo patrimonial. E nesses anos de atuação do Fundo Baobá, a estratégia principal para contribuir com o avanço socioeconômico da população negra do País, se destaca por um amplo processo de escuta ativa envolvendo, prioritariamente,  lideranças e organizações, com atuação prioritária nos eixos Viver com Dignidade, Educação, Desenvolvimento Econômico e Comunicação e Memória. O que resulta em mais de 16 milhões de reais investidos em projetos de transformação social por todo o País, sendo mais de setecentos mil na região Norte, sete milhões na região Nordeste, seiscentos mil na região Centro-Oeste, seis milhões na região Sudeste e setecentos mil na região Sul.

“É com muita alegria que conseguimos finalizar o Projeto Olori: mulheres negras e periféricas construindo lideranças, com a ajuda do Baobá que além de trazer muita alegria nos desafiou a trabalhar coletivamente. Nós somos 3 organizações de mulheres negras de periferia de Recife, que hoje afirma que o que fica de legado é a aproximação de mulheres da comunidade que não nos conheciam e agora desejam participar de uma das 3 organizações”, afirma Rosa Marques, realizadora de um dos projetos apoiados na 1ª turma do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco.

Identificar, reconhecer e reproduzir o modus operandi de filantropia negra, através do histórico de atuação das irmandades também é uma das ferramentas essenciais para entender a história da população negra e como elas operavam desde dos primórdios para garantir desde cartas de alforria até velórios dignos para os negros. A estratégia de grupos engajados na luta contra o racismo estrutural, potencializa as tecnologias sociais concebidas e implementadas nas comunidades, fortalecendo assim o ecossistema empreendedor, em especial investindo em nano e micro negócios. Isso resulta em mobilizar ativos produtivos locais, apoiando estudantes, profissionais e pesquisadores que atuam em diversas áreas do conhecimento na ampliação de suas habilidades técnicas e socioemocionais.

“Quando falamos de filantropia pode parecer que falamos apenas de dinheiro, mas filantropia também pode ser usar nossa liderança e influência para trazer outras pessoas que talvez não se sentissem poderosas o suficiente para falar sobre a cura racial e sobre progresso racial. A influência da filantropia pode mudar mentalidades sociais e perspectivas tanto quanto programas financiados”, afirma Hélio Santos, professor, consultor e ativista da causa racial no Brasil.

A governança do Baobá tem reiterado a necessidade e urgência de continuar atuando com uniformidade em todas as cinco regiões do Brasil, tanto na mobilização e articulação de investidores sociais privados quanto no desempenho e promoção de equidade racial em todas as regiões do país. 

QUER IMPULSIONAR A CULTURA DE DOAÇÃO?

Doe para o Fundo Baobá para Equidade Racial
Junte-se a nós.
DOE AGORA