Edital de apoio emergencial contra o coronavírus já selecionou mais de 200 projetos e busca doadores individuais

Em apenas doze dias, o edital do Fundo Baobá recebeu 1037 solicitações de apoio a projetos de combate ao coronavírus em comunidades vulneráveis. Desse total, 387 são de organizações e 650 de indivíduos. Ao todo, foram selecionados 220 projetos – sendo 130 pessoas e 90 organizações. Lançado em 5 de abril, o edital (relembre aqui) visa apoiar um amplo espectro de populações em situação de risco.

A primeira lista, divulgada em 17 de abril de 2020, contemplou projetos de 60 pessoas e 40 organizações. A segunda, publicada no site do Fundo em 30 de abril, selecionou projetos de 70 indivíduos e 50 organizações, que receberão repasses de até R$ 2,5 mil em até cinco dias úteis.

“O objetivo deste edital é intensificar as ações de prevenção à doença nas áreas mais carentes de recursos e de serviços, que são também as que concentram as populações mais suscetíveis”, explica Selma Moreira, diretora do Fundo Baobá, que destinou R$ 600 mil em recursos próprios (fundo patrimonial) para essa ação e agora está em busca de doações, principalmente de pessoas físicas, para viabilizar mais iniciativas. 

Quem quiser fazer uma doação, basta acessar o seguinte link no site do Baobá: https://baoba.colabore.org/Sejaumdoador/single_step e contribuir com quanto puder.

É bom lembrar que cada doação, o Fundo Baobá recebe uma contrapartida da Fundação Kellog na seguinte proporção: a cada R$ 1,00 arrecadado no País, a fundação contribui com mais R$ 3,00 que se destina ao fundo patrimonial.

No domingo (19), Roberto Carlos fez uma live cantando a música “Como é grande o meu amor por você” justamente para divulgar a plataforma “paraquemdoar.com“, da qual o Fundo Baobá participa, e a necessidade de usar máscaras para proteção individual. Ivete Sangalo também promoveu  a página por meio de uma live no sábado seguinte (25). 

Roberto Carlos em sua live no dia 19 de abril

Resultados iniciais – As iniciativas escolhidas foram majoritariamente do Rio de Janeiro, seguido por Bahia e São Paulo. Com relação a projetos de organizações, os estados com mais entidades selecionadas foram os mesmos e na mesma ordem.

Segundo Selma Moreira, a variedade de projetos selecionados visa contemplar a diversidade do nosso país e envolve iniciativas implementadas nos grandes centros urbanos do Rio e de São Paulo, mas também no Norte e Nordeste. “Recebemos projetos cujas ações ocorrem em comunidades indígenas, assentamentos, outros que envolvem quilombolas, população em situação de rua, profissionais do sexo, usuários de drogas, idosos, mulheres que vivem ou vivenciaram o cárcere, pescadores artesanais, catadores de material reciclado, além de moradores das periferias das grandes cidades. Essa era justamente a finalidade do edital: levar recursos para quem realmente precisa nas diversas regiões deste país”, disse.

O edital visa apoiar indivíduos e organizações comprometidos com a equidade racial que atuem junto a comunidades periféricas e outros territórios de vulnerabilidade;  com populações em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, idosos, jovens em medidas socioeducativas, ciganos, migrantes, refugiados,  residentes em áreas remotas de todas as regiões do país, como comunidades quilombolas, ribeirinhas, indígenas e outras comunidades tradicionais, nas florestas e ilhas, onde haja casos notificados, em fase de análise, ou casos confirmados de infecção pelo coronavírus. 

Vale lembrar que, em meio à pandemia, a população negra é a mais suscetível, conforme pode ser conferido no texto Um raio-x da saúde da população negra no Brasil em meio à pandemia. “Portanto, a ação de todos é fundamental para conter a transmissão”, alerta Selma.

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