Fundo Baobá encerra 2020 comemorando parcerias que apoiaram a busca pela equidade racial na sociedade brasileira

A criação do Fundo Baobá para Equidade Racial, em 2011, foi alicerçada sobre três pilares: articulação social, mobilização de recursos e investimentos programáticos. Dentro do item “investimentos programáticos”, quatro balizamentos coordenaram nossas ações nesses quase dez anos de atividades de filantropia para a equidade racial: Viver com Dignidade, Educação, Desenvolvimento Econômico e Comunicação & Memória. Todas as ações estabelecidas foram construídas levando sempre em conta essas diretrizes.

Nenhuma jornada vitoriosa é constituída apenas de caminhos fáceis de serem percorridos. É preciso muita firmeza de propósitos, perseverança e alto poder de convencimento. Sem isso, não construímos alianças, não estabelecemos parcerias e não alcançamos o que preconiza nossa teoria de mudança: a população negra inserida e incluída de forma justa no desenvolvimento da sociedade brasileira.

Felizmente, estamos alcançando nossos principais objetivos. Mas ainda há muito a caminhar. A sociedade brasileira tem se tornado permeável em relação às questões de equidade de raça e gênero, como se espera de uma sociedade plural em relação a todas as diferenças.

Neste ano de 2021, que marca os 10 anos de fundação do Baobá, nossa busca não será diferente. Temos um leque de projetos  nos quais vamos trabalhar e que ajudarão ainda mais a consolidar o nome de nossa instituição como principal articuladora da promoção da equidade  para a população negra no Brasil. As novidades de 2021 você saberá ao longo do ano!

O que será destacado aqui é como foi 2020 para o Fundo Baobá. Um ano completamente atípico, conturbado pela pandemia do Coronavírus na esfera mundial – e que serviu para explicitar as desigualdades raciais em várias nações.

A luta contra o racismo eclodiu de forma positiva, ganhando repercussão e ações pelo mundo todo, até o Brasil. Estamos na esfera dos países de economia emergente, com potencial econômico para se tornar uma grande potência. Porém, nosso nível de desenvolvimento está na linha do mediano para baixo, marcado por uma abissal desigualdade social e um racismo incrustado nas relações sociais. Devemos baixar a cabeça? Não! Devemos lutar pela busca desse desenvolvimento, que trará crescimento econômico, equilíbrio socioambiental, paz, segurança, saúde e bem-estar para a população do país.

De forma evidente, o segmento da filantropia para equidade racial no Brasil sofreu impactos. Dos 207,8 milhões de pessoas no Brasil, 55,8% se descrevem como pardos, 9,3% como negros e 43,1% como brancos. Pretos e pardos formam a população negra. Todos os indicadores sociais – de educação, condições de vida, engajamento político, emprego e renda – refletem a desigualdade da sociedade brasileira e o papel nela desempenhado pelo racismo estrutural. Até recentemente, os esforços filantrópicos das organizações não negras da sociedade civil se limitavam a oferecer assistência, preservando ao mesmo tempo a posição social dos beneficiários. Não é, portanto, coincidência a  coexistência entre a filantropia mainstream e o racismo estrutural.

E, no intuito de melhorar as condições das pessoas negras  da sociedade brasileira, o Fundo Baobá atuou com determinação em 2020. Nossos parceiros de tempos, e outros que chegaram mais recentemente, têm nos ajudado na busca por consolidar nossos objetivos. São eles: WK Kellogg Foundation, Ford Foundation, Instituto Ibirapitanga, Open Society Foundations, Citi Foundation, J.P. Morgan, Fundação Lemann, Laudes Foundation, Porticus, Imaginable Futures, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, OAK Foundation, Instituto Unibanco, The Coca-Cola Foundation, Instituto Coca-Cola Brasil, BV Banco, Instituto Votorantim, Google, Wellspring Philanthropic Fund e Demarest Advogados. 

Esses parceiros apoiadores, além dos doadores individuais, têm nos propiciado investir em nosso fortalecimento institucional e realizar doações por meio de editais que, este ano, trataram de auxílio emergencial, educação, primeira infância e produção acadêmica para subsidiar a tomada de decisão.   Entre 2011 e 2020 o Baobá lançou 15 editais de apoio. Destes, cinco tiveram lançamento em 2020. Cerca de 450 beneficiários diretos e mais de 210 mil indiretos. Investimento de R$ 10,2 milhões. Com relação ao Programa Marielle Franco, em 2020 foram doados R$ 3.148.285,34.  São marcas significativas, mas sabemos que nosso potencial de trabalho pode nos levar a muito mais e vamos alcançar isso. 

 Abaixo, selecionamos alguns fatos que fizeram ao no de 2020 do Fundo Baobá: 

Em 14 de março ocorreu o aniversário de dois anos da morte de Marielle Franco, vereadora e socióloga, assassinada no Rio de Janeiro ao lado do motorista Anderson Gomes. O Fundo Baobá, que em 2019 havia lançado um edital em apoio a mulheres negras líderes e a organizações lideradas por mulheres negras, que, recebeu o nome de Marielle Franco,  fez seu posicionamento por intermédio de artigo assinado pela diretora executiva do Fundo, Selma Moreira,  no jornal O Globo. Veja artigo neste link: Precisamos proteger todas as Marielles

Abril de 2020 marcou o lançamento do edital Doações Emergenciais no Contexto da Pandemia da Covid-19, voltado para organizações sem fins lucrativos ou pessoas físicas negras, comprometidas com a equidade racial e engajadas na promoção de ações para a proteção de pessoas e comunidades, que apresentassem propostas de ações de prevenção ao coronavírus realizadas junto à população residente em comunidades periféricas e outros territórios de vulnerabilidade; população em situação de rua; população privada de liberdade; idosos;  jovens em cumprimento de medidas socioeducativas; populações residentes em áreas remotas de todas as regiões do país, comunidades quilombolas, ribeirinhas, indígenas, ciganos, migrantes, refugiados, e outras comunidades tradicionais, nas florestas e ilhas, onde existissem casos notificados. A resposta ao edital foi imediata e em menos de 15 dias mais de 1.000 candidaturas foram feitas visando o apoio financeiro. Esse edital atingiu o que determina o propósito de criação do Fundo Baobá: contribuir para o enfrentamento ao racismo promovendo justiça e equidade racial para a população negra, a mais atingida pela pandemia.

Movimento Mulheres da Parada de São Gonçalo (RJ) foi uma das apoiadas do edital Doações Emergenciais

O edital em parceria com o Desabafo Social também aconteceu em abril. A objetivação foi  apoiar ideias e projetos com foco em pessoas em situação de risco em São Paulo e no Rio de Janeiro – iniciativa que, posteriormente, foi ampliada para todo o país.  Na primeira fase, 64 projetos de homens e mulheres de 15 a 35 anos foram selecionados. Na segunda fase, estendida para todo Brasil, 86 projetos foram incentivados, perfazendo 150 no total. O montante  investido no Desabafo Social foi R$ 30 mil e cada ideia foi contemplada com valores que variaram de R$ 60 a R$ 350.

Projeto da Andreza Delgado, apoiado pelo edital em parceria com Fundo Baobá e Desabafo Social 

Também em abril, o Fundo Baobá apoiou a coalizão  Éditodos, que  criou o Programa de Emergências Econômicas para apoio a Empreendedores(as) das Comunidades, Favelas e Periferias. Coube ao Baobá gerenciar os recursos e fazer com que esses chegassem até a ponta. Além de atuar como fundo de captação de recursos no Brasil e fora dele visando o investimento em organizações e lideranças negras, o Baobá também atua como parceiro fiscal e operador para outras organizações negras que têm por objetivo implementar ações de filantropia.

O 1o de maio marca o Dia Internacional do Trabalho. O Fundo Baobá esteve na mídia em entrevista da diretora executiva Selma Moreira sobre financiamento de projetos de prevenção à Covid 19 entre negros, pobres e indígenas: Fundo Baobá financia projetos de combate à Covid-19 para negros, pobres e indígenas 

Também em maio, no dia 25,  ocorreu nos Estados Unidos a morte de George Floyd. Ele foi asfixiado por um policial. O fato teve repercussão mundial e iniciou uma série de protestos em território norte-americano e em todo mundo. Floyd virou símbolo da luta antirracismo. No Brasil, o portal UOL publicou o posicionamento do Fundo Baobá sobre essa questão em entrevista concedida pela diretora executiva Selma Moreira. Veja aqui a íntegra da entrevista: Qual o Reflexo da Filantropia na Equidade Racial?

No início de julho, com o Brasil sofrendo severamente com a Covid-19 e chegando à marca de quase 33 mil mortes,  foi lançado o edital  Primeira Infância no Contexto da Pandemia da Covid-19, com foco em famílias com crianças de 0 a 6 anos – um grupo que até então estava recebendo pouquíssima atenção no contexto da pandemia. Seu objetivo foi explícito: selecionar iniciativas de apoio a famílias que tivessem em seu núcleo crianças de 0 a 6 anos, mulheres e adolescentes grávidas, mulheres que deram à luz ou homens responsáveis e corresponsáveis pelo cuidado de crianças. A parceria do Baobá foi com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a Porticus América Latina e a Imaginable Futures. As iniciativas estão sendo implementadas e, em breve, pretendemos compartilhar resultados, boas práticas e lições aprendidas. 

Em julho, foi lançado o edital para o programa  Já É: Educação e Equidade Racial. . O parceiro na iniciativa foi a Citi Foundation, braço do Citi Group para investimentos sociais. O objetivo: oferecer condições favoráveis para que 100 jovens negres da cidade de São Paulo e região metropolitana conseguissem vencer as dificuldades que impedem o acesso ao ensino superior.  As aulas começam em março de 2021.

Difusão do conhecimento e divulgação de artigos que contribuíssem para melhorar ações de filantropia para a equidade racial no Brasil pós-pandemia foi a tônica do edital para Produção de Artigos Acadêmicos, lançado em agosto. A parceira nessa iniciativa do Fundo Baobá foi a Fundação Ford. A proposta do edital era selecionar 20 artigos que serão reunidos em uma publicação bilíngue a ser lançada no primeiro semestre de 2021.

Dois importantes eventos de parceiros do Fundo Baobá agitaram o calendário do mês de outubro: a Live do Citi sobre Promoção da Equidade Racial para a População Negra no Brasil e o Webinário Investimentos Filantrópicos para a Promoção da Equidade Racial, feito pelo  JP Morgan.  O Webinário discutiu se houve ou não progresso rumo à justiça racial na filantropia brasileira. Além disso, discutiu também como ampliar a incidência de investimentos sociais privados em organizações, grupos e coletivos negros.

Em novembro, um importante evento internacional, o Moving Forward Rebuilding a More Just and Equitable Educational Future – Wise,   discutiu a questão do acesso à Educação. A diretora executiva do Baobá, Selma Moreira, falou para o público de países no exterior, sobre essa dificuldade de acesso enfrentada pela jovem população negra brasileira. Em sua fala, Selma Moreira chamou a atenção para o fato de que há um conceito enraizado na cabeça de muita gente na sociedade brasileira de que o elemento negro, independentemente de sua idade ou sexo, é inferior. “O fato de não terem acesso ao estudo, principalmente em seus níveis superiores, poderá ocasionar o não acesso aos melhores postos de emprego, talvez não consigam reunir condições de criar e administrar o seu próprio negócio e, em inúmeros casos, sequer terão moradia e meios de sobrevivência”. 

Selma Moreira participa do Moving Forward Rebuilding a More Just and Equitable Educational Future – Wise 

Grandes marcas se reuniram para apoiar o edital Programa de Recuperação Econômica de Pequenos Negócios de Empreendedores(as) Negros(as), que o Fundo Baobá lançou. Essas marcas foram o Instituto Coca-Cola Brasil, Banco BV e Instituto Votorantim. Juntos, eles apoiarão pequenos empreendimentos liderados por pessoas negras em comunidades periféricas ou territórios em contexto de vulnerabilidade socioeconômica no Brasil. Ao todo, serão investidos mais de R$ 1,6 milhão.

Fundo Baobá - Edital Recuperação Econômica de pequenos negócios de Empreendedores(as) Negros(as)

O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, foi a data escolhida para que fosse anunciado o apoio do Google ao Fundo Baobá. A ação conjunta visa contribuir para a promoção da equidade racial no Brasil,  viabilizando projetos focados no avanço da justiça racial e combate à violência contra a população negra. O Google fará uma doação de US$ 400 mil, mais de R$ 2,1 milhões. Infelizmente, na mesma data, o Fundo Baobá e todo o Brasil tomaram conhecimento de que, em Porto Alegre, no interior de uma loja do grupo Carrefour, foi morto por espancamento João Alberto, um cidadão negro brasileiro. João foi morto por seguranças da loja. Esse triste acontecimento lembra a todos nós a importância de ações de enfrentamento ao racismo e promoção da equidade racial para garantir a construção de sociedades democráticas, justas e inclusivas. E reforça nosso compromisso com o trabalho que vamos desenvolver na próxima década, começando agora, em 2021.

Feliz Ano Novo!

Webinário Filantropia e Justiça Racial discutiu em outubro investimentos por equidade racial e de gênero dentro das empresas

Em um país como o Brasil, cuja maioria da população é predominantemente negra (56%), como incutir nas diretrizes sócio-empresariais que é fundamental investir na diversidade? O tema diversidade atualmente deveria ser encarado como questão de avanço e sobrevivência para qualquer instituição, em qualquer segmento, que queira de fato promover ações que contribuam para a equidade e a erradicação de uma das piores doenças sociais: o racismo. 

Alguns estudos acadêmicos evidenciam que empresas que têm a diversidade como valor atingem graus de desenvolvimento de seus negócios em nível maior que aquelas que não a valorizam. O que determina isso? As diferentes trocas de experiências entre as pessoas.  Visões diversificadas levam a um número maior de possibilidades de desenvolvimento de  uma ideia ou um produto. O que determina esse maior leque de opções são as diferentes vivências dos funcionários. Onde existe a homogeneidade existe também a limitação. Diferenças contribuem para o aprimoramento. 

Para discutir a questão da diversidade dentro das empresas e o trabalho da filantropia voltada ao combate ao racismo e à equidade racial, aconteceu em outubro o webinário Filantropia e Justiça Racial, promovido  pelo JP Morgan em parceria com o Fundo Baobá para Equidade Racial. Nele, importantes agentes da filantropia, da educação e do combate fizeram suas palestras em mesas que trouxeram muitos fatos e esclarecimentos sobre importantes questões na busca por uma sociedade justa e igualitária. Juntamos aqui falas importantes de Fabio Alperovitch e de Tricia Calmon. 

Fabio Alperovitch, da Fama Investimentos, administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), com cursos de extensão na Universidade da Califórnia (Berkeley) e na Harvard Kennedy School -profissional que atua na captação de recursos financeiros para empresas- enxerga  uma certa dificuldade de muitas delas em levar a temática da diversidade, equidade e combate ao racismo para dentro de seus muros. “Além de procurar diversidade de gênero, procuramos diversidade racial, diversidade de identidade de gênero e orientação sexual. Para a grande maioria das empresas, se conectar com esses grupos diversos e fazer com que se sintam parte integrante da empresa, eliminando vieses muitas vezes inconscientes, representa um desafio”, afirma.

Fabio Alperovitch, da Fama Investimentos, administrador de empresas

Para Tricia Calmon, graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduada em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça, também pela  Universidade Federal da Bahia, além de membro do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá para Equidade Racial, a dificuldade empresarial em lidar com questões de raça e gênero está nas bases em que a sociedade brasileira foi alicerçada, por isso nem sempre os investimentos convertidos em ações filantrópicas ganham sentido efetivamente transformador.  “A falta de intencionalidade e de compreensão sobre a natureza do racismo colocou boa parte da filantropia brasileira na armadilha de pensar em promover a almejada justiça social sem mexer nas bases escravagistas nas quais está assentada a sociedade. Parte da elite brasileira se orgulha dessa herança e se ressente das mínimas fissuras ocorridas nesse pacto de silêncio e morte nos últimos anos”, diz. 

Trabalhar com filantropia no Brasil requer muito foco em fazer com que estruturas opressoras sejam abaladas. “Com a pandemia do novo coronavírus, que escancarou as desigualdades sociorraciais, e com o fenômeno da violência policial iconizado no caso George Floyd,  estamos diante da oportunidade de atualizar o debate no campo da filantropia. Não se trata de fenômenos novos, mas estamos em um novo momento. É hora de decidir por um projeto de sociedade sustentável e inclusivo que descolonialize os pensamentos e imagine o Brasil do presente e do futuro como um país viável para todas as pessoas. Sem isso,  seguiremos assistindo a elites que almejam ganhar dinheiro no Brasil e constituir suas vidas fora do país. Neste cenário de nada importa  o  fortalecimento da sociedade brasileira como um todo”, afirma Tricia Calmon. 

Tricia Calmon, graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduada em Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça, também pela Universidade Federal da Bahia

Para Fabio Alperovitch, que reforça a opinião de Tricia Calmon, a questão do investimento em diversidade dentro das empresas tem impacto positivo direto na economia brasileira. “Acredito que as empresas que têm projetos de diversidade e inclusão têm um impacto muito forte não só nas comunidades onde elas operam, mas na economia brasileira como um todo. A nossa história tem um legado de discriminação racial muito forte que ainda é muito presente no dia a dia do país. No Brasil, conforme dados do IBGE de 2018, mais da metade da população brasileira se declara como preta ou parda. No entanto, a sua representatividade no mercado de trabalho e em cargos de liderança é extremamente baixa. Ao termos uma empresa investida preocupada com esse tema e com metas específicas a serem atingidas, avançamos, mesmo que pouco, na redução dessa desigualdade”, afirma Alperovitch. 

Tricia Calmon reforça que investimentos sociais privados ou filantropia empresarial devem  ser muito bem balizados e focados nas necessidades das comunidades para as quais são destinados. Dessa intenção foi que surgiu o Fundo Baobá. “O programa para equidade racial da Fundação Kellogg,  gestado desde 2008, resultou no que hoje é o primeiro e maior fundo para financiamento de ações para o enfrentamento ao racismo: o Fundo Baobá. As desigualdades regionais precisam ser consideradas e não se deve descansar enquanto os investimentos não chegarem em boa proporção às regiões mais empobrecidas, como é o caso do Norte e Nordeste brasileiros”, finalizou.

Promovendo a equidade racial em território nacional, Fundo Baobá lança seis editais em 2020

Em um ano tão desafiador como 2020, o Fundo Baobá se fez presente em território nacional,  captando recursos dentro e fora do país para apoiar iniciativas de organizações e lideranças por meio de seis editais. Os investimentos estavam diretamente relacionados às prioridades programáticas: viver com dignidade, educação, desenvolvimento econômico. 

Em um balanço preliminar, no contexto da pandemia da COVID19 foram investidos mais de R$ 1.180 mihão, que beneficiaram, direta ou indiretamente, 421 indivíduos e 135 organizações. Paralelamente, foram mantidos os investimentos no desenvolvimento de lideranças femininas negras, em um programa que leva o nome da vereadora assassinada Marielle Franco, que totalizaram R$ 4,2 milhões em 2020. 

Abaixo, relembramos quais foram os editais lançados em 2020, além do total investido, número de inscritos, os principais parceiros e número de selecionados.

1 – Edital Apoio Emergencial para Ações de Prevenção ao Coronavírus

Data de lançamento:
5 de abril
Instituições Financiadoras: Fundo Baobá para Equidade Racial e Fundação Ford
Período de implementação: maio a julho de 2020.
Total investido: R$ 870 mil
Público apoiado: Comunidades vulneráveis, mulheres, população negra, idosos, povos originários e comunidades tradicionais
Inscritos: 1.037
Selecionados: 350 projetos (215 de indivíduos e 135 de organizações)
Distribuição geográfica: Para todo o Brasil

Dentro do contexto da pandemia do novo coronavírus, foi lançado o edital de Doações Emergenciais de até R$ 2,5 mil para ações de prevenção em comunidades periféricas, de difícil acesso e populações vulneráveis.   

2 – Qual a sua ideia para ajudar pessoas em situação de risco? – Fundo Baobá e Desabafo Social
Data de lançamento: 15 de abril
Período de implementação: maio e junho de 2020.
Total investido: R$ 30 mil
Parceiro Implementador: Desabafo Social
Público apoiado: Homens e mulheres de 15 a 35 anos de idade
Selecionados: 150
Distribuição geográfica: A primeira fase do edital apoiou 64 projetos (31 no Rio de Janeiro e 33 em São Paulo) A segunda fase apoiou 86 projetos Salvador (BA), Recife (PE), Olinda (PE), Belo Horizonte (MG), Feira de Santana (BA), Belém (PA), Brasília (DF), Cachoeira (BA), São Luís (MA), Boa Vista (RR) e Laguna (SC), além de regiões no interior do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Ceará.

O edital apoiou ideias e projetos com foco em pessoas em situação de risco em São Paulo e no Rio de Janeiro – iniciativa que, posteriormente, foi ampliada para todo o país.
As pessoas interessadas apresentaram suas ideias respondendo a um desafio dentro da plataforma ItsNoon. A curadoria foi realizada pelo Desabafo Social e as pessoas selecionadas  receberam entre R$60 até R$350 por sua  boa ideia.

3 – Doações Emergenciais – Edital Para Primeira Infância do Contexto da pandemia da Covid-19
Data de lançamento: 6 de julho
Instituições financiadoras: Imaginable Futures, Porticus e Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal
Total investido: R$ 280 mil (R$ 5 mil por iniciativa)
Inscritos: 200
Selecionados: 56 profissionais de saúde, educação e serviço social cujas iniciativas estavam voltadas para apoiar famílias que, em seu núcleo, tivessem crianças de 0 a 6 anos, mulheres e adolescentes grávidas, mulheres que deram à luz.
Distribuição geográfica: Para todo o Brasil 

O Fundo Baobá lançou o edital com o objetivo de selecionar iniciativas de apoio a famílias que, em seu núcleo, tenham: crianças de 0 a 6 anos, mulheres e adolescentes grávidas, mulheres que deram à luz, homens responsáveis e corresponsáveis pelo cuidado de crianças de 0 a 6 anos.  

 

4 – Já É: Educação para Equidade Racial
Data de lançamento: 10 de julho
Período de implementação: 2021 – 2022
Instituições Financiadoras: Citi Foundation e Demarest Advogados (parceria firmada em dezembro de 2020)
Total a ser investido: R$ 972.683 mil
Público apoiado: Jovens mães, homens, trans de 17 a 25 anos que concluiu ou vai concluir o ensino médio em 2021.
Inscritos: 245
Selecionados: 100
Distribuição geográfica: Cidade de São Paulo e Região Metropolitana

Lançado para apoiar jovens negros, residentes em bairros periféricos de São Paulo e outros municípios da região metropolitana, a acessarem o ensino de nível superior. O Programa Já É inclui não só os custos dos estudos em cursinho preparatório para o vestibular e as despesas com transporte e alimentação ao longo do programa. Ele prevê também atividades voltadas para o enfrentamento dos efeitos psicossociais do racismo e para a ampliação das habilidades socioemocionais e vocacionais e ainda mentoria com profissionais de diferentes formações acadêmicas, experiências profissionais e de vida.

5 – Chamada Para Artigos – Filantropia para Promoção da Equidade Racial no Brasil no Contexto Pós-pandemia da Covid-19
Data de lançamento: 6 de agosto
Período de implementação: dezembro de 2020 – abril 2021 Instituição Financiadora: Ford Foundation
Total investido: R$ 50 mil (20 artigos,  R$ 2,5 mil cada)
Público apoiado: Pesquisadores(as) negr(as)
Inscritos:  79
Seleção em curso
Distribuição geográfica: Para todo Brasil

O Fundo Baobá lançou uma chamada para artigos inéditos que contribuam para aprimorar a ação de filantropia para equidade racial no Brasil pós-pandemia da Covid-19 com o objetivo de selecionar até 20 trabalhos. Seus autores vão receber verba de apoio no valor de R$ 2,5 mil cada. Em 2021, ano em que o Fundo Baobá para Equidade Racial completa 10 anos de fundação, uma edição eletrônica bilíngue (português-inglês) de um livro com os artigos será publicada.

6 – Programa de Recuperação Econômica de Pequenos Negócios de Empreendedores(as) Negros(as)
Data de lançamento: 11 de novembro de 2020
Período de implementação: março a julho de 2021
Instituições Financiadoras: Instituto Coca-Cola Brasil, Instituto Votorantim e Banco BV
Total investido: R$ 1,6 milhão
Público apoiado: Empreendedores(as) negros(as) cujos negócios estão localizados em comunidades periféricas ou territórios em contexto de vulnerabilidade socioeconômica
Inscritos: 700
Seleção em curso
Distribuição geográfica: Para todo Brasil, com ênfase nas regiões Norte e Nordeste

o Programa de Recuperação Econômica de Pequenos Negócios de Empreendedores(as) Negros(as), vai apoiar 47 negócios que precisem de um aporte financeiro para melhor se desenvolver. Esses negócios têm que ser comandados por pessoas (homens e mulheres) negras que toquem os seus negócios em comunidades periféricas ou territórios em contexto de vulnerabilidade socioeconômica. Cada iniciativa selecionada, contendo 3 negócios,  receberá R$30 mil (dez mil por negócio).

#TBlack 2020 – Os principais acontecimentos da população negra no Brasil e no Mundo

2020: o ano que ficou marcado pela maior pandemia mundial dos últimos anos, também será lembrado pela luta por justiça e equidade racial. O caso George Floyd nos Estados Unidos inflamou uma série de protestos ao redor do mundo, inclusive no Brasil, com os brados de Vidas Negras Importam. A violência contra corpos negros também se fez presente em nosso país ao longo do ano passado, sendo inclusive maior do que nos Estados Unidos. Um relatório produzido pela Rede de Observatórios da Segurança, e apresentado em 2020 mostra que os negros representam 75% dos mortos pela polícia.

Seguindo o conceito do #TBT das redes sociais, de relembrar algum acontecimento importante, em união com a palavra Black, evocada com afinco pelo movimento negro, ao redor do mundo, relembramos nessa matéria, os fatos mais impactantes para a comunidade negra no ano de 2020.

Marielle sempre Presente

No dia 14 de março, completou-se dois anos da morte da vereadora Marielle Franco. Em 2019, o Fundo Baobá para Equidade Racial lançou o edital “Programa de Aceleração e Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco”, em parceria com a Fundação Kellogg, Instituto Ibirapitanga, Fundação Ford e Open Society Foundations. A premissa do programa é fomentar e incentivar a participação feminina negra em espaços de tomadas de decisão. Em virtude dos dois anos sem Marielle, a diretora de programa do Fundo Baobá, participou do programa Bom Para Todos da TVT, falando sobre o projeto e também de como a comunidade negra poderia se reorganizar e atuar para fortalecer a liderança de mulheres negras de todo o país na luta por equidade racial.. A diretora-executiva Selma Moreira escreveu para o jornal O Globo, o artigo Precisamos Proteger Todas as Marielles, e as apoiadas do edital individual do Programa de Aceleração escreveram uma carta aberta pedindo providências para a solução do assassinato de Marielle Franco.

A pandemia tem cor

No dia 11 de março, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou a pandemia do novo Coronavírus e, a partir do dia 14, os estados brasileiros começaram a decretar isolamento social. Em maio, um estudo do NOIS (Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde) da PUC-RJ, revelou que as pessoas negras em condições vulneráveis, estavam mais expostas ao vírus do que uma pessoa não negra. Naquele momento, dos  8.963 pacientes negros internados, 54,8% morreram nos hospitais. Entre os 9.988 brancos, a taxa de letalidade foi de 37,9%. Em São Paulo, um estudo da Rede Nossa São Paulo, também apontou os negros como sendo os mais atingidos pela pandemia. Os três bairros com o maior número de mortes por covid-19 em São Paulo – Capão Redondo, Jardim Ângela e Grajaú – estavam também entre os oito distritos com maior proporção de população preta e parda na cidade.

Foi antevendo esse contexto que, em 05 de abril, o Fundo Baobá para Equidade Racial lançou o edital Doações Emergenciais, voltado para pessoas e organizações que estavam na linha de frente auxiliando populações vulneráveis.

“Não, eles não estão”

A política de extermínio de jovens negros e periféricos, seguiu atuante no país em 2020. No dia 18 de maio, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, João Pedro Matos, 14 anos, foi morto dentro de sua casa e levado pelo helicóptero da polícia, deixando os seus pais em profundo desespero. Dois dias depois, foi a vez de João Victor Rocha, 18 anos, ser baleado durante um tiroteio, no momento em que estava próximo a uma ação solidária de entrega de cestas básicas na Cidade de Deus (RJ). Na ocasião chamamos a atenção para os dois casos , relembramos os dois casos em nossas redes sociais.

Na edição de maio do nosso boletim mensal, a jornalista Maíra de Deus Brito, e também autora do livro, “Não. Ele não está”, que denuncia a mortalidade da juventude negra no Brasil, abordou o tema em uma entrevista ao lado do doutor em direito e sociedade, conflito e movimentos sociais, Felipe Freitas, que também é membro do Conselho Deliberativo do Baobá. Confira as entrevistas aqui

Investimentos em iniciativas que contribuam para promover a dignidade e a justiça, reduzir a violência contra jovens e população negra em geral, apoiar as famílias vitimadas, são prioridades para o Fundo Baobá.

Vidas Negras Importam

No dia 25 de maio morria o homem, mas nascia mais um  símbolo da luta antirracista no ano de 2020. O norte americano George Floyd foi assassinado após uma abordagem policial em Mineápolis, e a sua morte gerou uma série de protestos ao redor do mundo, inclusive no Brasil, como o ocorrido no Largo da Batata (SP) no dia 7 de junho.

Veículos de imprensa aproveitaram a oportunidade para traçar um paralelo com a morte de George Floyd e a importância do enfrentamento ao racismo e da promoção da equidade racial, sendo assim, a diretora-executiva Selma Moreira foi convidada para falar sobre o tema em entrevistas para a Capital Aberto e para o Portal UOL.

Wakanda Forever 

O mundo se despediu precocemente do ator norte americano Chadwick Boseman, aos 43 anos de idade, no dia 28 de agosto. Intérprete no cinema do Pantera Negra, herói das histórias em quadrinhos, encarnando o  rei de Wakanda, uma nação tecnológica fictícia, localizada no continente africano, Chadwick Boseman fez história mostrando a importância da representatividade negra no cinema.

O filme teve uma das maiores arrecadações da história, ocupando a 12ª posição das 100 maiores bilheterias mundiais, com um total de US$1.349 bilhão. A morte do ator foi lembrada em nossas redes sociais.

Beto Freitas, Presente

Na véspera do dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, João Alberto Silveira Freitas, foi assassinado por seguranças da Rede Carrefour na cidade de Porto Alegre. O ato covarde e impetrado por um viés racista explícito, foi repudiado com veemência  por inúmeros coletivos e movimentos sociais, algumas autoridades, artistas e outras pessoas defensoras dos direitos para todos os humanos,  fosse nas redes sociais ou nas ruas, em  diversas passeatas e protestos foram realizados ao longo dos dias, por todo país, ressaltando que Vidas Negras Importam.

Diante do fato, o Fundo Baobá se manifestou com uma nota oficial, divulgada para imprensa e também em suas redes sociais e publicada na íntegra no site oficial. No dia 24, o presidente do conselho deliberativo da organização, Giovanni Harvey, também deu uma declaração sobre o tema para o Jornal Folha de São Paulo.

110 Anos da Revolta da Chibata

No dia 22 de novembro celebramos os 110 da Revolta da Chibata, o grande acontecimento histórico que passa completamente despercebido em nosso país, mas que celebra a luta e resistência do povo negro. No dia 22 de novembro de 1910 o marinheiro João Cândido liderou uma revolta dentro do navio Minas Gerais, em protesto pelo castigo que o seu amigo, e também marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes foi condenado: 250 chibatadas, uma quantidade que o levaria à morte. Com 2 mil marinheiros comandando os principais navios de guerra da esquadra e com os canhões apontados para o Rio de Janeiro, a capital do país, eles exigiam o fim dos castigos corporais na Marinha.

O acontecimento foi celebrado em nossas redes sociais.

2020 foi um ano desafiador e que lamentamos e sofremos pelas mortes dos nossos semelhantes, seja pela pandemia do novo coronavírus, como pela operação do racismo institucional. Como sempre, a dor virou luta e incentivo para a promoção da equidade racial como o principal meio para alcançar a justiça social. A movimentação do setor filantrópico mundial e nacional em torno do tema equidade racial após esses trágicos acontecimentos, trouxe um olhar mais atento para esse campo de atuação, justamente o lugar onde o Fundo Baobá opera e continuará operando.

Equidade Racial foi tema do 11º Congresso GIFE

No dia 2 de dezembro, o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) promoveu de forma virtual o seu 11o Congresso. Reunindo as associações que promovem ações de investimento social no Brasil, o tema do evento foi “Investimento para a Equidade Racial”.

Entre os palestrantes, estava a diretora executiva do Fundo Baobá para Equidade Racial, Selma Moreira. Além de Selma, participaram da roda expositiva Allyne Andrade, superintendente adjunta do Fundo Brasil de Direitos Humanos; Daniel Teixeira, diretor de projetos do Ceert (Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades);  Helio Santos, diretor-presidente do IBD (Instituto Brasileiro da Diversidade); Marcia Lima, coordenadora do Afro-Cebrap (Centro Brasileiro de Pesquisa e Planejamento); Marcus Casaes, da Associação de Jovens Empreendedores da Bahia; Raull Santiago, do Coletivo Papo Reto; Sheila de Carvalho, da Uneafro e do Instituto Referência Negra Peregrum e  Thiago Amparo, professor da FGV Direito. A mediação coube a Adriana Barbosa, CEO do Instituto Feira Preta.

11º Congresso GIFE

 O congresso contou com três mesas de exposição e a pergunta era única: “Quais são os desafios colocados para o fim do racismo e pela busca por equidade racial em todas as esferas da sociedade brasileira?” 

A diretora executiva do Fundo Baobá, Selma Moreira, foi ao ponto: “Falta vontade efetiva de transformação da parte de todos os entes da nossa sociedade. Em todas as esferas da sociedade: pública, privada e acadêmica. O Movimento Negro está, há muito tempo, apontando caminhos e soluções; indicando como se deve direcionar os investimentos, processos de gestão e, ainda assim, a gente vive fazendo a mesma pergunta. Será que é por falta de resposta ou é por falta efetiva de ação? Temos uma sociedade formada de múltiplas camadas. Esse é um ponto fundamental para dialogar com essa temática.”

Complementando seu raciocínio, Selma Moreira, fez uma análise sobre o que ocorre no mundo corporativo: “Enquanto não tivermos conselhos de empresas e executivos com esse mandato, o de atuar para a promoção da equidade racial, vamos seguir trabalhando de uma maneira muito singela no que se refere à promoção da equidade racial no País”.

Helio Santos, dialogando com o pensamento de Selma Moreira, colocou o dedo na ferida. “Temos que compreender que a sociedade brasileira é doente. A equidade racial é a terapia regeneradora que nossa sociedade não tem. Temos que pensar políticas que acabem com essa sangria dos jovens negros. Nessas três horas de congresso, seis jovens negros morrerão”, disse o ex-presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá e atual presidente do IBD (Instituto Brasileiro da Diversidade). 

A questão da invisibilidade que foi imposta à população negra desde a escravidão e que vem permeando a história da formação da sociedade brasileira foi o foco da fala de Sheila de Carvalho, da Uneafro e do Instituto Referência Negra Peregrum. Para ela, as dificuldades atuais têm que ser vencidas pelo diálogo e pelo posicionamento. “Fomos privados do diálogo e da construção de políticas públicas. Por mais que tenhamos um espaço maior agora, ainda há dificuldade de enxergar, de dialogar e dificuldade de trazer essas organizações e movimentos para a mesa dos debates. O racismo só vai ser combatido com ações práticas”, afirmou. 

Reafirmando que as entidades que já lutam contra o racismo e as que pretendem se engajar nessa luta devem começar promovendo mudanças em suas próprias estruturas, o professor Thiago Amparo, da FGV Direito, denuncia que o básico para a mudança da realidade do racismo no Brasil está sendo mal feito. “Trazer mais pessoas negras para as mesas de discussão é o básico do básico em um país que tem mais de 50% de população negra. Precisamos quebrar as fragilidades da branquitude sobre a questão racial. Muitas vezes os brancos vêm para um diálogo para escutar, escutar e escutar. Mas o momento é de mover estruturas. Mover estruturas que os próprios brancos criaram”, disse. 

Abaixo o link da íntegra do 11o Congresso GIFE, disponível no Youtube:

 

Fundo Baobá na Imprensa em 2020

2020 foi um ano repleto de acontecimentos envolvendo a comunidade negra no Brasil e no mundo e, com isso, o Fundo Baobá para Equidade Racial marcou presença nos principais veículos de imprensa, seja firmando o seu posicionamento referente a promoção da equidade racial, ou na divulgação de ações e dos seis editais lançados ao longo do ano. Ao todo foram 138 participações do Fundo Baobá na imprensa.

Fazendo um recorte mensal, em dezembro de 2020, tivemos um artigo assinado pela nossa diretora-executiva, Selma Moreira, para o portal do Instituto Unibanco, falando da importância de promover a educação para os jovens negros de regiões vulneráveis, além da sua entrevista para a Época Negócios, falando do papel da luta antirracista.

A fase final das inscrições do edital de recuperação econômica para pequenos empreendedores negros, também foi destaque na imprensa. Confira os principais acontecimentos no mês de dezembro: 

05/12 – Época Negócios:
https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2020/12/estamos-longe-de-colocar-equidade-e-luta-antirracista-na-pauta.html 

07/12 – Observatório Rio
https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/futsal-da-diversidade-amistoso-em-cabedelo-reune-comunidade-lgbt 

07/12 – Observatório do Terceiro Setor:
https://observatorio3setor.org.br/observatorio-em-movimento/pandemia-estabeleceu-mudancas-na-captacao-de-recursos/

10/12 – Instituto Unibanco:
https://www.institutounibanco.org.br/conteudo/dia-internacional-dos-direitos-humanos-por-uma-educacao-com-equidade-racial/ 

17/12 – Henrique Barbosa:
https://henriquebarbosa.com/2020/12/17/edital-do-fundo-baoba-em-apoio-a-empreendedores-negros-tem-inscricoes-ate-20-12-e-verba-de-r%EF%B9%A9-30-mil-para-cada-escolhido/ 

17/12 – Jornal de Arujá:
https://jornaldearuja.com/programa-crianca-feliz-de-aruja-conquista-tres-premiacoes-nacionais/ 

17/12 – Tudo em Arujá:
https://tudoemaruja.com.br/noticia/2020/12/4434/programa-crianca-feliz-de-aruja 

22/12 – São Carlos Agora:
https://www.saocarlosagora.com.br/cidade/mova-sao-carlos-realiza-atividade-no-final-de-ano/132345/ 

Apoiadas do Fundo Baobá, são destaque na mídia em 2020

Lideranças, organizações, grupos e coletivos apoiados por editais pelo Fundo Baobá, também tiveram espaço na mídia, como foi o caso das mulheres negras apoiadas pelo Programa de Aceleração e Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco que conquistaram uma coluna semanal no portal do Geledés – Instituto da Mulher Negra. Ao todo foram 20 textos postados entre julho e dezembro de 2020.

O coletivo Blogueiras Negras, também apoiado pelo Fundo Baobá no Programa Marielle Franco, divulgou em seu site e redes sociais as principais ações da nossa organização, assim como a de outras apoiadas. 

Falando em apoiados, nomes como a psicóloga, gestora pública na Secretaria de Saúde de Suzano, Magna Barboza Damasceno, através do seu projeto “Racismo e as interfaces com a violência doméstica na Saúde”, foi uma das vencedoras do Prêmio Viva, uma iniciativa do Instituto Avon para dar visibilidade a pessoas que trabalham no enfrentamento à violência de gênero no Brasil. O prêmio de Magna foi destaque em muitos veículos de imprensa, incluindo a Marie Claire, que era um dos parceiros da premiação.

Outra apoiada que também ganhou destaque na imprensa foi a jornalista Jaqueline Fraga. Autora do livro “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho”, ficou entre os dez indicados ao prêmio Jabuti 2020, o mais importante da literatura nacional, na categoria “Biografia, documentário e reportagem”. Isso gerou matéria no O Globo, no Yahoo, entre outros portais de notícias.

Algumas iniciativas de apoiados do edital de Doações Emergenciais no Contexto da Covid-19, lançado em abril, também foi destaque na imprensa.

Confira abaixo um resumo completo dos principais destaques na imprensa de algumas das iniciativas individuais ou coletivas apoiadas pelo Baobá:

Edital – Programa de Aceleração e Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco

06/01/2020 – Guia Negro – “O ano do afroturismo no Brasil: novas empresas, novas viagens, fóruns e redes” – O texto cita Renata Vaz, uma das apoiadas do programa:
https://guianegro.com.br/o-ano-do-afroturismo-no-brasil-novas-empresas-novas-viagens-foruns-e-redes/

14/03/2020 – Ponte Jornalismo – “O espectro de Marielle Franco é a urgência da resistência negra” – Por Diná Alves:
https://ponte.org/artigo-o-espectro-de-marielle-franco-e-a-urgencia-da-resistencia-negra/ 

23/03/2020 – Republica.org – “De um passado enraizado na dor, Eu me levanto” – Por Monalyza Alves:
https://republica.org/mulhereslideresmonalyza

27/03/2020 – Abayomi Juristas Negras – “Trabalho Doméstico e seu histórico escravocrata”:
https://www.abayomijuristasnegras.com.br/post/trabalho-dom%C3%A9stico-e-seu-hist%C3%B3rico-escravocrata

12/05/2020 – Abayomi Juristas Negras – “A Escravizada Anastácia: Santa e heroína”:
https://www.abayomijuristasnegras.com.br/post/a-escravizada-anast%C3%A1cia-santa-e-hero%C3%ADna

29/05/2020 – Justificando – “Não existem normas ou técnicas que salvam as Vidas Negras”:
https://www.justificando.com/2020/05/29/nao-existem-normas-ou-tecnicas-que-salvam-as-vidas-negras/

21/06/2020 – Conversa de Historiadoras – “Estátuas, inadequações e o poder das alternativas” – Por Giovana Xavier:
https://conversadehistoriadoras.com/2020/06/21/estatuas-inadequacoes-e-o-poder-das-alternativas/

24/06/2020 – Escavador – “Giovana Xavier da Conceição Nascimento”:
https://www.escavador.com/sobre/8832405/giovana-xavier-da-conceicao-nascimento 

03/07/2020 – Picosico – Texto por Leandra Silva:
https://picosico.org/m/CCMtzPXnRyB

09/07/2020 – Folha de Pernambuco – “Juristas negras e a luta por espaços no mundo do Direito”:
https://www.folhape.com.br/noticias/juristas-negras-e-a-luta-por-espacos-no-mundo-do-direito/146536/

13/07/2020 – Paraíba Já – “Terceira edição do ‘Uyelê das Pretas’ acontece de 20 à 25 de julho, na PB”:
https://paraibaja.com.br/terceira-edicao-do-uyele-das-pretas-acontece-de-20-a-25-de-julho-na-pb/

16/07/2020 – Correio Braziliense – “Nãnan Matos compartilha conhecimento musical e ancestral com a comunidade”:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2020/07/16/interna_diversao_arte,872830/nanan-matos-compartilha-conhecimento-musical-e-ancestral-com-a-comunid.shtml 

17/07/2020 – Universidade Federal do Rio Grande – “Gutcha Ramil e Dessa Ferreira são as atrações do Janela Musical desta semana”:
https://www.furg.br/en/noticias/noticias-cultura/gutcha-ramil-e-dessa-ferreira-sao-as-atracoes-do-janela-musical-desta-semana

18/07/2020 – Atitude Transversal – “Atitude TRANSversal: Mulher preta transexual tecendo Redes e Ampliando Horizontes”:
https://dandaratitudetransversal.negocio.site/posts/6150661836446010243?hl=pt-BR 

19/07/2020 – Bahia Notícias – “Campanha que divulga profissionais negras de todo o Brasil tem baiana na coordenação”:
https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250872-campanha-que-divulga-profissionais-negras-de-todo-o-brasil-tem-baiana-na-coordenacao.html

20/07/2020 – Jornal no Palco – “Dessa Ferreira lança clipe em 25 de julho Dia da Mulher Negra”:
https://www.jornalnopalco.com.br/2020/07/20/dessa-ferreira-lanca-clipe-em-25-de-julho-dia-da-mulher-negra/

21/07/2020 – Revista Afirmativa – “Campanha inspirada em Taís Araújo e Marielle Franco une mulheres negras ao redor do país”:
https://revistaafirmativa.com.br/campanha-inspirada-em-tais-araujo/

22/07/2020 – Matinal Jornalismo – “Dessa Ferreira lança clipe de “Pulso””
https://www.matinaljornalismo.com.br/rogerlerina/agenda/dessa-ferreira-lanca-clipe-de-pulso/

22/07/2020 – Folha de Pernambuco – “Campanha inspirada em Taís Araújo une mulheres negras ao redor do país”:
https://www.folhape.com.br/cultura/campanha-inspirada-em-tais-araujo-une-mulheres-negras-ao-redor-do-pais/148086/ 

30/07/2020 – Instituto Omolara – “O que fazemos?”
https://www.institutoomolara.org.br/#block-33459

31/07/2020 – Unesp Franca – “Mestranda do PPG PAPP foi selecionada pelo Instituto Baobá”:
https://www.franca.unesp.br/#!/noticia/381/mestranda-do-ppg-papp-foi-selecionada-pelo-instituto-baoba/

07/08/2020 – Medium – “Desafio Canções Nossas: Um palco para a música gaúcha independente em meio ao isolamento”:
https://medium.com/@jukebox800/desafio-can%C3%A7%C3%B5es-nossas-um-palco-para-m%C3%BAsica-ga%C3%BAcha-em-meio-ao-isolamento-3820719b14a5

17/08/2020 – RD Notícias – “Projeto Samaúma Literária está reunindo artigos para publicação de um livro digital sobre mulheres negras na Amazônia”:
https://www.escavador.com/sobre/8832405/giovana-xavier-da-conceicao-nascimento

25/08/2020 – Olhar Conceito – “Inscrições para curso para organizações sociais e live sobre racismo e políticas públicas acontecem nesta semana”:
https://www.oestadonet.com.br/noticia/17594/livro-quer-dar-visibilidade-a-producao-literaria-das-mulheres-negras-do-baixo-amazonas/ 

12/09/2020 – Correio do Povo – “Artistas e produtoras gaúchas falam de cadeia produtiva e perspectivas na pandemia”:
https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda/artistas-e-produtoras-ga%C3%BAchas-falam-de-cadeia-produtiva-e-perspectivas-na-pandemia-1.479226

21/09/2020 – Universidade de Caxias do Sul – “Seminário on-line aborda heranças indígenas e africanas na música”:
https://www.ucs.br/site/noticias/seminario-aborda-herancas-indigenas-e-africanas-na-musica/

21/09/2020 – G1 – “Workshop sobre Comunicação Estratégica para Organizações Sociais terá nova edição em outubro” – Entrevista Midiã Noelle:
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/09/21/workshop-sobre-comunicacao-estrategica-para-organizacoes-sociais-tera-nova-edicao-em-outubro.ghtml

29/09/2020 – Correio 24 Horas – “Workshop sobre Comunicação Estratégica terá nova edição em outubro – Entrevista Midiã Noelle:
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/workshop-sobre-comunicacao-estrategica-tera-nova-edicao-em-outubro/  

30/09/2020 – Karen Franquini – “Quem sou eu”:
https://karenfranquini.com.br/quem-sou-eu/ 

05/10/2020 – Marie Claire – “Magna Damasceno: “Seria insuportável saber de histórias de violência e não fazer nada”
https://marie658.rssing.com/browser.php?indx=11170734&item=122241

29/11/2020 – Bem Blogado – “O espectro de Marielle Franco é a urgência da resistência negra”:
https://bemblogado.com.br/site/o-espectro-de-marielle-franco-e-a-urgencia-da-resistencia-negra%C2%B9/

Negras que Movem – Portal Geledés

25/07/2020 – “Autocuidado e bem viver: Algo muito distante das periferias refém de Salvador- Bahia” – Por Luciane Reis:
https://www.geledes.org.br/autocuidado-e-bem-viver-algo-muito-distante-das-periferias-refe-de-salvador-bahia/

01/08/2020 – “Direito à Ancestralidade” – Por Lorena Borges:
https://www.geledes.org.br/direito-a-ancestralidade/ 

08/08/2020 – “Juventude e Política de Morte no Brasil” – Por Jenair Alves da Silva:
https://www.geledes.org.br/juventude-e-politica-de-morte-no-brasil/ 

15/08/2020 – “Meritocracia: Uma Piada de Mal Gosto” – Por Magna Barboza Damasceno:
https://www.geledes.org.br/meritocracia-uma-piada-de-mal-gosto/

22/08/2020 – “Mindfulness pode ser um aliado para lidar com a dor crônica e aliviar os sintomas da depressão” – Por Evânia Maria Vieira:
https://www.geledes.org.br/mindfulness-pode-ser-um-aliado-para-lidar-com-a-dor-cronica-e-aliviar-os-sintomas-da-depressao/

29/08/2020 – “O que nós temos a receber da política?” – Por Joice Santos:
https://www.geledes.org.br/o-que-nos-temos-a-receber-da-politica/

05/09/2020 – “O que se ganha com o que se perde?” – Por Giovana Xavier:
https://www.geledes.org.br/o-que-se-ganha-com-o-que-se-perde/

12/09/2020 – “Quantas professoras negras você já teve na universidade?” – Por Sulamita Rosa da Silva:
https://www.geledes.org.br/quantas-professoras-negras-voce-ja-teve-na-universidade/

19/09/2020 – “Medidas Socioeducativas: insustentabilidade desse sistema repressivo, que já nasceu abortado” – Por Sibele Gabriela dos Santos e Leandro Bozzola Guitarrara:
https://www.geledes.org.br/medidas-socioeducativas-insustentabilidade-desse-sistema-repressivo-que-ja-nasceu-abortado/

26/09/2020 – “Reparação social da população negra através da arte e cultura” – Por Meduza com Z:
https://www.geledes.org.br/reparacao-social-da-populacao-negra-atraves-da-arte-e-cultura/

03/10/2020 – “Eu, uma mulher negra da Geração Z, inventei a minha profissão” – Por Vitorí Barreiros da Silva:
https://www.geledes.org.br/eu-uma-mulher-negra-da-geracao-z-inventei-a-minha-profissao/

10/10/2020 – “Os aliciamentos para fins de exploração no trabalho continuam mesmo com a pandemia” – Por Brígida Rocha dos Santos:
https://www.geledes.org.br/os-aliciamentos-para-fins-de-exploracao-no-trabalho-continuam-mesmo-com-a-pandemia/

17/10/2020 – “Afro Turismo” – Por Renata Vaz:
https://www.geledes.org.br/afro-turismo/

24/10/2020 – “As tantas porteiras desnecessárias” – Por Marina Ribeiro:
https://www.geledes.org.br/as-tantas-porteiras-desnecessarias/

31/10/2020 – “Um livro independente, escrito por uma mulher negra, sobre o sucesso de mulheres negras, entre os finalistas do principal prêmio literário do país” – Por Jaqueline Fraga:
https://www.geledes.org.br/um-livro-independente-escrito-por-uma-mulher-negra-sobre-o-sucesso-de-mulheres-negras-entre-os-finalistas-do-principal-premio-literario-do-pais/

07/11/2020 – “Uma carta de amor às mulheres negras” – Por Mayara Silva de Souza:
https://www.geledes.org.br/uma-carta-de-amor-as-mulheres-negras/

14/11/2020 – “Notas para uma nova geração de políticas antirracistas” – Por Clara Marinho Pereira:
https://www.geledes.org.br/notas-para-uma-nova-geracao-de-politicas-antirracistas/

21/11/2020 – “Tecnologia ancestral” – Por Leandra Silva:
https://www.geledes.org.br/tecnologia-ancestral/

28/11/2020 – “O espectro de Marielle Franco é a urgência da resistência negra” – Por Dina Alves:
https://www.geledes.org.br/o-espectro-de-marielle-franco-e-a-urgencia-da-resistencia-negra%C2%B9/

05/12/2020 – “O SUS que não se vê” – Por Jéssica Remédios:
https://www.geledes.org.br/o-sus-que-nao-se-ve/

12/12/2020 – “Em caso de despressurização racial, máscaras antirracistas cairão automaticamente!” – Por Laiara Amorim Borges:
https://www.geledes.org.br/em-caso-de-despressurizacao-racial-mascaras-antirracistas-cairao-automaticamente/

Doações Emergenciais no Contexto da Covid-19

06/05/2020 – IFB – “Campus Riacho amplia campanha solidária”:
https://www.ifb.edu.br/riachofundo/23865-campus-riacho-amplia-campanha-solidaria  

12/05/2020 –  Mercadizar – “Famílias da periferia de Belém recebem cesta básica do projeto Telas em Movimento”:
https://mercadizar.com/noticias/familias-da-periferia-de-belem-recebem-cesta-basica-do-projeto-telas-em-movimento/  

18/05/2020 – OBIND – “CIR: Em isolamento, comunidade Canauanim recebe alimentos e orientações para se proteger da Covid-19”:
http://obind.eco.br/2020/05/18/cir-em-isolamento-comunidade-canauanim-recebe-alimentos-e-orientacoes-para-se-proteger-da-covid-19/  

07/07/2020 – Século Diário – “Quilombolas pedem atenção do Estado às comunidades”:
https://www.seculodiario.com.br/saude/quilombolas-pedem-atencao-do-estado-as-comunidades  

15/07/2020 – Yahoo – “Mulheres criam mercado solidário para famílias afetadas pela pandemia”:
https://br.noticias.yahoo.com/mulheres-criam-mercado-solidario-para-familias-afetadas-pela-pandemia-133042887.html  

16/09/2020 – Outras Palavras – “BA: Tecnologias sociais para encarar fome e desemprego”:
https://outraspalavras.net/crise-brasileira/ba-saidas-tecnologicas-para-combater-fome-e-desemprego/  

16/09/2020 – Jornal da USP –  “Como combater os efeitos da covid-19 na periferia?” – Entrevista com o Preta ID – Apoiado do Doações Emergenciais: https://jornal.usp.br/universidade/como-combater-os-efeitos-da-covid-19-na-periferia/ 

21/09/2020 – UOL Ecoa – “Alunos da USP criam projeto para combater Covid na periferia de São Paulo” – Matéria com o Preta ID – Apoiado do Doações Emergenciais:
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/09/21/alunos-da-usp-criam-projeto-para-combater-covid-na-periferia-de-sao-paulo.htm  

27/10/2020 – Correio Braziliense – “Covid-19 mostrou importância do funcionalismo público brasileiro”:
https://blogs.correiobraziliense.com.br/servidor/covid-19-mostrou-importancia-do-funcionalismo-publico-brasileiro/